COMETA ATLAS SE DESPEDAÇA NA ÓRBITA DE
MARTE
Hubble flagra cometa Atlas se
desintegrando na órbita de Marte
O telescópio forneceu uma visão nítida do momento em que o objeto, que estará
mais próximo da Terra em maio, se despedaçou enquanto viajava pelo Espaço
Redação Galileu
29 Abr 2020 - 12h13 Atualizado em 29 Abr 2020 - 15h32
The NASA/ESA Hubble Space Telescope has provided astronomers with the
sharpest view yet of the breakup of Comet C/2019 Y4 (ATLAS). The telescope
resolved roughly 30 fragments of the comet on 20 April and 25 pieces on 23
April. The comet was first discove (Foto: NASA, ESA, D. Jewitt (UCLA), Q. )
Hubble flagra cometa Atlas se desintegrando na órbita de Marte (Foto: NASA, ESA,
D. Jewitt (UCLA), Q. )
O Telescópio Hubble forneceu aos astrônomos uma visão nítida do momento em que o
cometa C/2019 Y4 (Atlas) se despedaçou enquanto viajava pelo Espaço nas últimas
semanas. Segundo os especialistas, o aparato registrou a presença de 30
fragmentos do cometa em 20 de abril, e mais 25 pedaços três dias depois.
O cometa foi descoberto em dezembro de 2019 pelo Sistema de Alerta
Terrestre de Impacto de Asteroide (Atlas) situado no Havaí, nos Estados Unidos.
Por conta de seu brilho, os especialistas especulavam que talvez fosse
possível ver o objeto a olho nu em maio deste ano.
Entretanto, conforme viajava pelo universo, o C/2019 Y4 foi perdendo o brilho,
levando os astrônomos a acreditarem que seu núcleo de gelo (comum em todos os
cometas) poderia estar se fragmentando. Foi graças às observações do Hubble que
a equipe pode constatar que sua hipótese estava correta: o cometa estava de fato
se desintegrando.
"A aparência dele mudou substancialmente entre os dois dias [de observação],
tanto que é bastante difícil conectar os pontos", disse David Jewitt, líder de
uma das duas equipes que fotografou o cometa, em comunicado. "Não sei se isso
ocorre porque os pedaços individuais 'piscam' quando refletem a luz do sol, como
luzes cintilantes em uma árvore de Natal, ou porque fragmentos diferentes
apareceram em dias diferentes."
Como a fragmentação do cometa ocorreu muito rapidamente, os astrônomos ainda não
sabem ao certo o que a causou. Segundo Jewitt, uma hipótese é que o núcleo
original se desmanchou por conta dos jatos de vapor que saem do objeto quando o
gelo nele presente evapora. "Uma análise mais aprofundada dos dados do Hubble
pode mostrar se esse mecanismo é ou não responsável", ponderou Jewitt.
"Independentemente disso, é muito especial dar uma olhada com o Hubble neste
cometa moribundo."
O cometa estava na órbita de Marte, a uma distância de aproximadamente
145 milhões de quilômetros da Terra, quando as últimas observações do Hubble
foram feitas. Os astrônomos calculam que ele chegará mais perto do nosso
planeta em 23 de maio, a uma distância de 115 milhões de quilômetros.
<https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2020/04/hubble-flagra-cometa-atlas-se-desintegrando-na-orbita-de-marte.html>
Ver mais CIÊNCIA