O Dia do
Agricultor foi instituído no Brasil pelo Presidente Juscelino Kubitschek, por
meio do Decreto 48.630, de 27/07/19560, a ser comemorado no dia 28 de
julho.
DECRETO Nº 48.630, DE 27 DE JULHO DE
1960
Institui o "Dia do Agricultor" a ser comemorado em todo o país em 28 de julho.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da suas atribuições e de acôrdo com o art. 87,
inciso I, da Constituição Federal:
CONSIDERANDO que o país deve grande parte de sua prosperidade à economia
agrícola;
CONSIDERANDO ser de justiça reverenciar aqueles que se dedicam ao cultivo da
terra, transformando em riqueza dinamizada as dádivas naturais;
CONSIDERANDO que a 28 de julho de 1960 se comemora o centenário do Ministério da
Agricultura,
DECRETA:
Art. 1º Fica instituído como "Dia do Agricultor" o dia 28 de julho a ser
comemorado festivamente nos país.
Art. 2º Fica o Ministro de Estado dos Negócios da Agricultura autorizado a
adotar providências necessárias ao alcance dos propósitos dêste Decreto.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 27 de julho de 1960, 139º da Independência e 72º da República.
JUSCELINO KUBITSCHEK
Antonio Barros Carvalho
<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-48630-27-julho-1960-387999-publicacaooriginal-1-pe.html>
"Em algum momento, em sua evolução, o homem descobriu que podia tirar
da terra o seu alimento. Desde o século XIX, quando se estabeleceram
hipóteses de como teria sido o seu desenvolvimento, foram
estabelecidas quatro fases: na primeira fase, o homem foi selvagem;
na segunda, nômade (sem habitação fixa) e domesticador; na terceira,
agricultor e somente na quarta, se civilizou. O momento da passagem
de caçador para pastor e agricultor nunca ficou muito preciso, não
se concluiu exatamente qual foi, ou onde foi.
Dia do Agricultor
Estudos arqueológicos, etnográficos e históricos mostram que ao
mesmo tempo, em várias partes do mundo, o homem passou a mexer na
terra com o objetivo de se alimentar, que é o que conhecemos como
Agricultura: uma arte, a arte de cultivar a terra.
No Dia do Agricultor, é interessante conhecer um pouco mais sobre
essa importante e antiqüíssima atividade humana.
A Busca pelo alimento
Notáveis trabalhos de irrigação na China, de 2200 aC., sinalizam que
ali se desenvolvia a agricultura nessa época, assim como também há o
registro da existência de represas, espécies de tanques, de máquinas
debulhadoras e de implementos para cultivar a terra. Acredita-se que
a técnica da irrigação deve ter ido da China para a Babilônia.
Por
muito tempo o aparecimento da agricultura foi creditado ao Oriente
Médio, por volta de 4000 aC.
Recentemente, pesquisas arqueológicas levaram essas hipóteses para
7000 aC., além da suposição de que uma fase preliminar de cultivo da
terra deve ter existido na Palestina, pelos vestígios que ficaram de
espécies de foices naquela região, que remontam a 9000 aC.
Dessa mesma época são os vestígios da colheita de feijões, ervilhas
e cabaceira, no norte da Tailândia. Existem provas do cultivo de
feijões e de abóbora na América, no México, em 7000 aC. Presume-se
que entre 4000 e 2000 aC., acontecia a transição da caça e da coleta
para a agricultura na Amazônia, porque restos de alimentos de origem
animal e vegetal, que remontam a esse período, têm sido encontrados
em cavernas do Brasil e da Venezuela.
A Agricultura de Hoje
A agricultura como é feita hoje, a chamada agricultura convencional,
se baseia num conjunto de técnicas produtivas que surgiram em meados
do século XIX, conhecida como a segunda revolução agrícola, e que se
baseou no lançamento dos fertilizantes químicos. Expandiu-se após as
grandes guerras, com o advento do emprego de sementes manipuladas
geneticamente para provocar o aumento da produtividade, associado ao
emprego de agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes) e de
maquinaria agrícola.
Esse modelo de agricultura industrial, envolvendo uso intensivo de
produtos químicos e grande especialização, tem predominado na
agricultura e produção de alimentos mundial.
Agricultura Orgânica
A agricultura orgânica apareceu entre as décadas de 20 e 40, fruto de trabalhos
de pesquisadores na Índia. Ela se baseia na manutenção da fertilidade do solo e
da sanidade geral das plantas e animais pela adubação orgânica e pela
diversificação e rotação de culturas. Utiliza também a reciclagem de resíduos
sólidos, adubos verdes e restos de culturas, de rochas minerais, de manejo e
controle biológico de insetos, mantendo a fertilidade e sanidade do solo para
suprir as plantas de nutrientes e controlar insetos, pragas, moléstias e ervas
invasoras.
Essa forma de cultivar a terra tem hoje muitos adeptos, tanto nos países em
desenvolvimento quanto nos desenvolvidos, que a experimentam como uma
alternativa à agricultura convencional.
O estudo dos efeitos das atividades humanas sobre o meio ambiente trouxe o
conhecimento das más conseqüências da disseminação da poluição dos cursos d'água
e dos lençóis freáticos subterrâneos pelo uso indiscriminado de fertilizantes e
pesticidas na agricultura. Descobriu-se também que a agricultura intensiva
oferece riscos de erosão aos solos e danos à vida selvagem.
Hoje, o consumidor é suficientemente informado e se preocupa com o efeito de
alimentos contaminados por pesticidas, hormônios e resíduos de antibióticos para
a saúde humana. Aumentou então o interesse por métodos menos convencionais,
métodos mais naturais de cultivar a terra.
Fonte: www.ibge.gov.br
O Dia do Agricultor no Brasil foi instituído pelo
Decreto Nº 48.630, 27/07/1960, a ser comemorado no dia 28 de julho,
por ser o dia em que foi criado o Ministério da Agricultura.