"Em todo o mundo, o Dia Mundial do
Refugiado, celebrado em 20 de Junho, é uma oportunidade para celebrar a força, a
coragem e a resistência das pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e
seus países por causa de guerras, perseguições e violações generalizadas de
direitos humanos. O deslocamento forçado devido a conflitos atingiu níveis
recordes no mundo e está acelerando rapidamente."
Número de refugiados e deslocados
em todo o mundo passa de 65 milhões em 2015, aponta ONU Na comparação com 2014, alta foi de 9,7%. Cenário é tratado como um recorde
pelo Acnur
Por: AFP
20/06/2016 - 07h44min | Atualizada em 20/06/2016 - 07h52min
Em 2015, o número de refugiados e
deslocados que foram obrigados a deixar as suas casas ou os seus países em
consequência de guerras ou como vítimas de perseguições chegou a 65,3 milhões,
conforme o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). O
cenário é tratado como um recorde pela agência da ONU.
No ano passado, na comparação com 2014, a alta foi de 9,7%. Desde 2011, quando a
guerra na Síria começou, o número aumenta ano após ano.
Esta é a primeira vez que a quantidade de deslocados supera 60 milhões de
pessoas, contingente que equivale à população do Reino Unido. O alto comissário
para os refugiados, Filippo Grandi, que assumiu o cargo no início de 2016,
destacou que "os fatores de ameaça se multiplicaram".
— Vivemos em um mundo desigual. Há guerras, conflitos, e é inevitável que as
pessoas queiram seguir para um local mais seguro — disse Grandi, durante a
apresentação do relatório, em Genebra, na Suíça.
O documento foi publicado nesta segunda-feira, o Dia Mundial do Refugiado.
Jan Egeland, secretário-geral da ONG Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC),
que ajudou na elaboração do levantamento, afirmou que os migrantes "são vítimas
de uma paralisação geral" dos governos em todo o mundo, que "renunciam a suas
responsabilidades".
De acordo com Grandi, as crises que empurram os deslocados para o exílio são as
mesmas em sua maioria, ano após ano, com a Síria com o principal conflito no
mundo. No entanto, em 2015, surgiram novas situações de emergência, do
Burundi ao Sudão do Sul e o Afeganistão. Grandi também indicou que
atualmente os afegãos são o segundo grupo de refugiados mais numerosos em todo o
planeta, atrás apenas dos sírios, que somam quase 5 milhões de pessoas.
O número geral da pesquisa representa uma forte alta na comparação com 2014,
quando 59,5 milhões de pessoas se viram obrigadas a abandonar suas casas no
mundo. O número de refugiados subiu para 21,3 milhões, e a quantidade de
deslocados que migraram dentro das fronteiras de seus próprios países chegou a
40,8 milhões. Os demais são 3,2 milhões de demandantes de asilo nos países
ricos.
Segundo o Acnur, "um em cada 113 seres humanos no mundo hoje está desarraigado,
é demandante de asilo, deslocado interno ou refugiado". Das 65,3 milhões de
pessoas, 16,1 milhões dependem do Acnur, "o maior número em 20 anos". Os demais
são 5,2 milhões de refugiados palestinos.
Releva notar que o fator mais
preponderante em toda essa
tragédia humana está relacionado aos fiéis seguidores de um livro sagrado que
orienta: “
Deus
cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso.
Combaterão pela causa de
Deus, matarão e serão mortos”
(Alcorão, Surata 9:111)
Pois eles seguem outro versículo que diz:
"Infundiremos
terror nos corações dos incrédulos" (Surata
3:151). E, assim, pessoas dos
lugares onde eles dominam se veem obrigadas a emigrar temendo ser mortas por não
seguirem as crenças do grupo do local.