EU PODERIA TER SIDO UM TERRORISTA

 

Meditando sobre o perigo que a religião ainda representa para a humanidade, cheguei à conclusão de que, dependendo simplesmente do local de nascimento, eu poderia até ter sido um terrorista.

 

Nascido em família católica mineira, aos vinte anos de idade fui convencido por adventistas de que "a verdade" estava com eles.  Por quatro anos vivi pregando aquele evangelho para todas as pessoas que conhecia e procurava seguir o que aprendi na Bíblia.   Felizmente a teoria cristã bíblica é diferente daquele comportamento praticado pela igreja cristã que dominou o mundo, também daquela doutrina mais antiga que diz esse livro sagrado ter sido dada por Yavé aos hebreus. Assim, não me senti no dever de matar quem não acreditasse no meu deus.

 

Recentemente, imaginando a hipótese de eu ter nascido em um país muçulmano, pensei em como eu poderia ter sido. 

 

Se eu tivesse nascido em um daqueles países, tivesse ouvido desde a infância que o verdadeiro deus enviara seu anjo para transmitir a um homem suas leis sagradas, eu me sentiria no dever de seguir os santos ditames do Corão

 

Ao ler meu livro sagrado, logo no nono capítulo, eu iria encontra aquela determinação divina:  “Deus cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão mortos” (Alcorão, Surata 9:111).     Um pouco antes em já teria sido instruído sobre o que fazer:  "... matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os” (Surata 9,5).  

 

O que acham que eu iria escolher: ir me queimar eternamente no mármore escaldante do inferno, ou viver eternamente rodeado de mulheres bonitas?

 

Como a Bíblia é um livro extremamente contraditório, com tantos equívocos humanos, mostrando que um deus como ali descrito não pode existir, não foi difícil me livrar daquele pensamento primitivo que incutiram em minha mente.  No Alcorão, no entanto, não seria tão fácil eu perceber a estupidez a que me teriam submetido, além do que a falta de liberdade me obstaria muito a aquisição de conhecimento, e eu poderia ter chegado ao fim da vida cometendo barbaridades, convicto de que estivesse obedecendo ao deus criador e senhor de todas as coisas.

Por outro lado, acho que haveria a possibilidade de eu começar a perder a fé quando meditasse sobre o texto que diz que o meu deus onisciente fez sete céus e pôs as estrelas no mais próximo
(Suratas 2:29 e 41:12).  O fim da fé poderia chegar quando eu notasse que o anjo inspirador pensava que mel fosse excreção de abelha em vez de transformação do pólen depositado nos favos (Surata, 16: 68,69).

 

Em vez de ser hoje este ateu que procura fazer alguma coisa em prol de um mundo melhor, se eu tivesse nascido em um daqueles países, muito provavelmente eu já teria me explodido crendo estar cumprindo uma missão divina. Ou talvez tivesse percebido as bobagens do Alcorão e abandonado a fé como fiz com o Cristianismo.

 

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