O MASSACRE DE JUDEUS EM LISBOA

 

"Massacre de Lisboa de 1506

No Massacre de Lisboa de 1506, também conhecido como Pogrom de Lisboa ou Matança da Páscoa de 1506, uma multidão perseguiu, torturou e matou milhares de judeus (mais de 4000, segundo o relato contemporâneo de Garcia de Resende[1]), acusados de serem a causa de uma seca, fome e peste que assolavam o país. Isto sucedeu antes do início da Inquisição e nove anos depois da conversão forçada dos judeus em Portugal, em 1497, durante o reinado de D. Manuel I.

 

Cerca de 100 mil judeus[2] refugiaram-se em Portugal nos anos que se seguiram à sua expulsão de Espanha em 1492 pelos reis católicos. D. Manuel I mostrou-se mais tolerante com a comunidade judaica, mas, sob a pressão de Espanha, também em Portugal, a partir de 1497, os judeus foram forçados a converterem-se para não serem mais humilhados e mortos em praças públicas.

A historiografia situa o início da matança no Convento de São Domingos de Lisboa, no dia 19 de abril de 1506, um domingo, quando os fiéis rezavam pelo fim da seca e da peste que grassavam em Portugal, e alguém jurou ter visto no altar o rosto de Cristo iluminado — fenómeno que, para os católicos presentes, só poderia ser interpretado como uma mensagem de misericórdia do Messias - um milagre.

Um cristão-novo que também participava da missa tentou explicar que esse milagre era apenas o reflexo de uma luz, mas foi calado pela multidão, que o espancou até a morte.

A partir daí, os judeus da cidade que anteriormente já eram vistos com desconfiança tornaram-se o bode expiatório da seca, da fome e da peste: três dias de massacre se sucederam, incitados por frades dominicanos que prometiam absolvição dos pecados dos últimos 100 dias para quem matasse os "hereges", e que juntaram uma turba de mais de quinhentas pessoas incluindo muitos marinheiros da Holanda, da Zelândia e de outras terras com as suas promessas.

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Lisboa_de_1506>

 

É assim que agiam os ditos seguidores do manso e humilde Jesus. Quando a igreja detinha o poder, pouca coisa era suficiente para práticas de barbaridades.  É por isso que devemos tomar cuidado ao escolher nossos representantes, para diminuir os riscos de um dia vivermos outra era de trevas.

 

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