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Recomposição de perdas do do Judiciário
Presidente da Câmara espera resolver impasse
sobre reajuste do Judiciário
06/09/11 - 13h18
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse
que espera encontrar uma “forma harmoniosa”
de atender as reivindicações do Judiciário
sobre reajuste salarial. Ele afirmou que o
impacto orçamentário do reajuste que
pretende o Judiciário talvez não seja
adequado à situação do País, mas disse que é
preciso buscar uma alternativa. “Precisamos
respeitar os poderes e respeitar os pleitos
do Judiciário”, declarou.
Marco Maia disse que conversou com o
relator-geral do Orçamento de 2012, deputado
Arlindo Chinaglia (PT-SP), para tentar achar
uma solução.
Impacto orçamentário
Chinaglia declarou
ontem que considera inviável o aumento
reivindicado pela categoria, pois tem um
impacto de R$ 7,7 bilhões que prejudicaria a
aplicação de recursos em outras áreas e o
ajuste fiscal do governo. O líder do
governo na Câmara, Cândido Vaccarezza
(PT-SP), também declarou ontem que não é
possível dar um aumento de 56% para os
servidores do Judiciário, como reivindica a
categoria.
Fonte: Agência Câmara
http://www.anajustra.org.br/noticias/noticia.asp?id=5810&cat=11
Base do governo no Congresso a favor do
reajuste do Judiciário
08/09/11 - 08h42
O governo vai ter mais dificuldade do que
esperava para convencer a base aliada de que
não há condições de conceder o reajuste
salarial pedido pelo Judiciário. Entre os
líderes governistas, predomina o clima de
boa vontade em relação ao aumento, que terá
impacto total de R$ 7,7 bilhões em 2012.
Para o Planalto, a prioridade é conter
gastos diante de uma expectativa de piora no
cenário econômico internacional e da redução
da atividade interna.
Mas para os aliados, deve-se abrir espaço no
Orçamento do próximo ano para um reajuste
que evite o acirramento dos ânimos entre o
Congresso e os ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF).
O Judiciário quer 56% de incremento para os
servidores e 14,7% para os magistrados. Com
isso, os ganhos dos ministros do STF
passariam de R$ 26,5 mil para R$ 30,6 mil,
além de permitir o efeito cascata nos
salários de cada servidor da Justiça, que
também poderiam ser corrigidos. O
atendimento integral, hipótese que apavora a
equipe econômica do governo, não deve
acontecer.
"Mas pelo menos uma reposição deve ser dada.
Há quatro anos que não se discute um
aumento para o Judiciário", pondera o líder
do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO).
Para o deputado, o debate sobre o aumento
salarial para ministros e servidores foi
postergado excessivamente. "Não dá mais para
protelar essa discussão", disse.
O líder do PT na Casa, Paulo Teixeira (SP),
afirmou que a possibilidade de se negar
qualquer reajuste para o Judiciário não é
razoável. "É necessário buscar uma mediação
para resolver esse impasse entre os
Poderes", defendeu Teixeira. Esse papel
caberia, necessariamente, ao relator do
Orçamento de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Recomposição
O Judiciário, porém, não está disposto a
facilitar a tarefa do relator. "Trata-se de
uma mera recomposição das perdas dos últimos
anos, que já chegam a 21%, ou seja,
um
quinto das rendas de magistrados e membros
do ministério público já se esvaiu", disse
ontem o procurador-geral da República,
Roberto Gurgel.
Ao sair de uma reunião com o presidente do
Senado, José Sarney (PMDB-AP), Gurgel
lembrou o pacote de reajustes concedidos no
fim do governo do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
"Houve uma série de recomposições para
várias categorias do serviço público, sem a
retirada dos recursos da Saúde e da
Educação. Tanto o Judiciário como o
Legislativo estão em diálogo permanente com
o Executivo para encontrar uma solução sem
reduzir um centavo sequer do montante da
Saúde e da Educação", afirmou o
procurador-geral.
Rombo
A ministra de Relações Institucionais, Ideli
Salvatti, lançou mão dos números
relacionados às principais políticas sociais
do governo para dimensionar o efeito do
aumento salarial nas contas públicas.
Para ela, os R$ 7,7 bilhões do Judiciário
representam metade do gasto do governo com o
aumento do salário mínimo e quase a metade
do Bolsa Família. "O valor é maior do que o
destinado às emendas parlamentares no ano
passado", acrescentou a ministra. "É um
reajuste grande demais para beneficiar um
número pequeno de pessoas", afirmou.
Postado no meio da queda de braço entre
Executivo e Judiciário, o relator da
proposta orçamentária de 2012 vê dificuldade
em atender o pleito dos magistrados. "No
momento, só temos a boa vontade. Faltam os
recursos", comentou Chinaglia.
Fonte: Correio Braziliense
Ministros do Supremo consideram que reajuste
é reposição
06/09/11 - 08h54
Os ministros do Supremo argumentam que, ao
propor reajuste ao Poder Judiciário, estão,
na realidade, pedindo uma reposição de
perdas.
O ministro do tribunal Marco Aurélio Mello
afirmou na segunda-feira que a discussão
girou em torno de uma "bandeira péssima",
mas que seria possível contemplar o pedido
se o Executivo cortasse despesas.
"É preciso enxugar a máquina administrativa
e não deixar que a arrecadação vá pelo ralo
com administradores corruptos", disse.
O presidente da Ajufe (Associação dos Juízes
Federais do Brasil), Gabriel Wedy, disse à
Folha que o aumento de gastos pelo Poder do
Judiciário nos últimos anos é consequência
da criação de novas vagas de juízes e
servidores.
Segundo ele, o aumento de servidores e de
gastos com pessoal no Judiciário é uma
compensação de cerca de 20 anos de
"estagnação". Em nota, a associação disse
"refutar" argumentos da presidente Dilma Rousseff, contrária aos reajustes.
Segundo dados do STF, o mais alto cargo
entre os servidores do tribunal, o analista
judiciário, tem salário inicial de R$ 6.551
e final de R$ 10.436. A ideia seria nivelar
a remuneração do servidor do Judiciário a de
um gestor do Executivo, que recebe até R$
18.474.
Fonte: Folha Online
http://www.anajustra.org.br/noticias/noticia.asp?id=5808&cat=11
É Justo os que trabalham para
o povo pagarem a dívida dos maus
administradores?
Nosso custo de vida aumenta tanto quanto o
das outras pessoas.