O
contraste entre o centro e
periferia
Pesquisas
realizadas pela Fundação do
Trabalho, no Panamá, apontam
dados reveladores do
subdesenvolvimento e da
dependência desse pequeno país
que já tentou ser soberano
nos tempos de
Omar Torrijo.
Ele foi
obviamente assassinado.
Depois desse tempo de tentativa
de soberania pouco se avançou no
país, que chegou a ser invadido
militarmente pelos Estados
Unidos em 1989.
Tudo isso porque
o pequeno Panamá ocupa um espaço
geopoliticamente estratégico,
com seu canal que liga os
oceanos Pacífico e Atlântico. É
de fundamental importância
para os países centrais manterem
o Panamá “sob controle”, com uma
pequena zona de desenvolvimento
e o restante do país mergulhado
na pobreza.
Segundo a
pesquisa, na área urbana
14 de cada
100 pessoas podem ser
consideradas pobres ou
indigentes, enquanto que
na área
rural esse número chega a 50 de
cada 100. Nas zonas
indígenas a situação é ainda
pior, chegando a
87% da população em situação de
completa indigência.
Outros dados
revelam que
a
qualidade do emprego piorou
bastante no ano de 2016,
sendo que os melhores postos
seguem sendo os empregos
públicos. A maioria da população
panamenha está envolvida em
trabalho independente ou
informal. Segundo a Fundação, de
cada quatro novos empregos
criados em 2016, três foram
informais.
O setor privado fechou cerca de
15 mil postos no ano.
E 33 de cada 100 trabalhadores
estão na área rural, em
atividades agrícolas que não
geram muitos recursos.
Os
empregos assalariados caíram
muito,
particularmente no setor da
indústria manufatureira,
agricultura, comércio e
transporte. Apenas a construção
civil registrou incremento nos
postos de trabalho e o setor de
hotéis mostrou leve subida,
embora se registre crise no
setor.
Na área rural a
situação é mais grave, pois dois
terços dos ocupados são
trabalhadores que atuam por
conta própria, familiares sem
remuneração e assalariados de
pequenas empresas, que estão em
condições muito ruins. A
Fundação levanta que, no campo,
sete de cada 10 trabalhadores
estão fora da seguridade social
e entre os informais o número
chega a 85%. Ou seja,
praticamente todo mundo sem
proteção.
A taxa
de desemprego no Panamá aumentou
no quarto ano consecutivo.
Entre os indígenas, mais de 102
mil estão sem ocupação – o que
significa quase 90% da população
- e a taxa geral está em 5,8%.
Os jovens de 20 a 24 anos são os
que mais sofrem com o
desemprego.
Com informações
de jornais do Panamá.
(IELA - Instituto de
Latino-Americanos - Universidade
Federal de Santa Catarina).
<http://iela.ufsc.br/noticia/panama-pobreza-cresce-e-e-maior-entre-os-indigenas>