Nós antitabagista fazemos um benefício à
humanidade. Mas não é simplesmente por altruísmo, até por egoísmo mesmo o
fazemos. Pois, quanto menor o número de fumantes, melhor para todos nós.
É verdade que queremos fazer o bem a toda a humanidade. Mas, em primeiro lugar,
procuramos fazê-lo a nós mesmos. Uma vez que droga fumada prejudica a todos que
ficam nas proximidades, quanto menos pessoas fumarem, será melhor para nós que
não fumamos. Drogas usadas de outras formas só atingem quem as usa; mas as
fumadas fazem mal aos outros; razão maior de combatermo-las com mais esforços.
Mas, além disso, a OMS tem o tabagismo como “a maior causa de mortes do
planeta”, o que é uma outra razão para concentrarmos esforços na luta contra o
vício.
Verificando em meus escritos antigos, como o livro “LIVRE-SE DO CIGARRO” e o
“DROGAS, VOCÊ DECIDE”, reuni alguns textos aqui sobre a gravidade do tabagismo
até para os que não fumam.
“O TABAGISMO constitui-se em sério problema de saúde, porque, comprovadamente,
afeta a saúde dos fumantes, bem como das pessoas que com eles convivem em
ambientes poluídos pela fumaça do fumo...
Os fumantes, quando comparados aos que nunca fumaram têm risco de 100% a 800%
mais de contrair infecções respiratórias bacterianas, viróticas agudas e
crônicas, câncer de boca, laringe, esôfago, pâncreas, rim e bexiga, doenças
circulatórias como aneurisma da aorta e distúrbios em vários órgãos” (Ely Marcus
Joviano Santos, Diga Não às Drogas, pág. 22).
"... num informe do Hospital Infantil de Toronto (Canadá): foram encontrados
resíduos de nicotina e cotinina em fios de cabelos de 23 bebês cujas mães não
consumiram tabaco, mas respiraram a fumaça dos maridos ou colegas de trabalho,
durante a gravidez. Os bebezões só tinham entre 1 e 3 dias de nascidos, quando
tiraram um bocadinho do cabelo deles. As mães aspiraram uma fumaça que não era
delas e a nicotina chegou até a pontinha dos cabelos dos filhos que ainda
estavam dentro da barriga (Dr. Jorge Alexandre Sandes Milagres, http://www.cigarro.med.br/).
Por ser um vício tão danoso, diminui também as chances de emprego. Há doze anos,
já noticiavam as revistas:
"Do ponto de vista profissional, empresas do Primeiro Mundo têm adotado
critérios de admissão que consideram o profissional fumante como de maior risco
potencial para o desenvolvimento de doenças." (Desfile, dezembro de 1991, pág.
111).
“Um empregado fumante pode custar à empresa, anualmente, 5 000 dólares mais do
que um não-fumante. O cálculo, da American Lung Association (Associação
Americana do Pulmão), é baseado nos custos médicos provocados pelo uso do
cigarro e nas faltas ao trabalho relacionadas a doenças decorrentes do vício."
(Cláudia, outubro/96, pág. 285).
Agora, aqui também, o fumante já está virando candidato de segunda em muitas
empresas.
As empresas contratadoras de serviços atualmente têm quase sempre no seu
questionário a pergunta se o candidato é fumante ou não-fumante. Para que isso?
Será curiosidade? A realidade é que a maioria das empresas preferem as pessoas
que não fumam, por várias razões, entre elas as acima citada.
Há poucos anos, uma empresa foi condenada a pagar uma indenização a um
trabalhador que teve doença relacionada ao tabaco por respirar fumaça de
cigarros dos seus colegas. Assim, cada fumante é um problema a mais para a
empresa. Inferniza o ambiente de trabalho dos demais empregados e pode trazer
para a empresa consequências desagradáveis, como pagar pelos danos causados.