João Batista teria sido
o primo de Jesus, a quem teria batizado no rio Jordão.
A palavra batismo
significa mergulho, o que nos informa que o ritual adotado pelos cristãos
primitivos era imergir o novo convertido nas água, como símbolo de morte e
ressurreição. O quadro ao lado, por ser pintado por católicos, mostra João
despejando água na cabeça de Jesus, porque, quando de sua pintura, a igreja já
havia mudado o ritual.
O Batismo de Cristo,
quadro dos artistas Andrea del
Verrocchio e Leonardo da Vinci
que mostra São João Batista batizando
Jesus Cristo.
Assim diz a tradição
cristã:
"O aprisionamento de
João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26
d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido
por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava
para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha,
conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa
bandeja de prata e depois foi queimado em uma fogueira numa das festas
palacianas de Herodes. Os discípulos de João trataram do
sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus."
(Wikipédia).
Essa é a razão da
fogueira que fazem nesse dia.
"Para alguns judeus a destruição do
exército de Herodes pareceu intervenção divina, certamente uma punição pelo
tratamento dado a João, o chamado Batista. Porque Herodes condenara-o à morte,
mesmo ele tendo sido um homem bom e tendo exortado os judeus a levar uma vida correcta, praticar a justiça para com o próximo e a viver piamente diante de
Deus, e fazendo por se batizar; porque a lavagem seria aceitável para ele, se o
fizessem não para o perdão de pecados mas apenas para a purificação do corpo;
pressupondo uma alma previamente purificada por uma conduta de rectidão. Quando
outros também se juntaram à multidão em torno dele, pelo facto de que eles eram
agitados ao máximo pelos seus sermões, Herodes ficou alarmado. Eloquência com
tão grande efeito sobre os homens poderia levar a alguma forma de sedição.
Porque dava a impressão de que eles eram liderados por João em tudo que faziam.
Herodes decidiu então que seria melhor agir antes, executando João, do que
arrepender-se mais tarde. Por esta suspeita de Herodes, João foi trazido
acorrentado a Machaerus, a fortaleza de que falamos antes, e lá executado. Porém
o veredicto dos Judeus era de que a destruição que atingiu o exército de Herodes
foi um castigo, um sinal de desagrado de Deus."
Josefo fala sobre a vida e a morte de
João Batista. Sobre Jesus, não diz nada. Entretanto, há na obra citada um parágrafo que, conforme os historiadores
concluíram, com base no contesto dos parágrafos anteriores e posteriores,
foi adicionado séculos depois pela igreja
para ter uma referência a ele.
Até o presente, jamais foi
encontrada, fora dos escritos cristãos, referência ao Cristianismo na época
de João Batista. As poucas referência que dizem ser de algumas décadas
depois são todas suspeitas, e estudiosos criteriosos as rejeitam. A conclusão a que muitos historiadores chegam é que não
há dúvida sobre a existência de João Batista, mas Jesus é um
mito criada pelos romanos.