AMEAÇA EVANGÉLICA DE UMA TEOCRACIA

 

Líderes evangélicos poderão apoiar Dilma Rousseff nas eleições caso a presidente garanta não defender aborto e ativistas gays
Publicado por Tiago Chagas em 19 de fevereiro de 2014

As negociatas por apoio nas próximas eleições podem reaproximar lideranças evangélicas e a presidente Dilma Rousseff (PT), caso a mandatária assuma novos compromissos de não flexibilizar o aborto e/ou conceder privilégios a ativistas gays.

A presidente, que será candidata à reeleição, teve sua relação desgastada com as lideranças evangélicas por conta de compromisso semelhante assumido em 2010, e descumprido, segundo os próprios pastores.

A Confederação dos Conselhos de Pastores Evangélicos do Brasil (CONCEPAB) pretende elaborar um documento com uma pauta unificada, e estabelecer um cronograma de reuniões com os pré-candidatos à presidência, de acordo com informações do portal iG.

Essa pauta unificada reuniria temas considerados delicados e essenciais pelos evangélicos, como por exemplo, o aborto e a homossexualidade. Os evangélicos cobram dos políticos que os temas sejam tratados respeitando a postura da maioria cristã no país.

Entre os líderes evangélicos que apoiaram Dilma em 2010 e poderiam voltar a apoiá-la, caso o compromisso seja firmado com garantias de cumprimento, estão o senador licenciado (atual ministro da Pesca) e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, bispo Marcelo Crivela (PRB-RJ), da Igreja Universal; o senador Walter Pinheiro (PT-BA), da Igreja Batista; e o bispo e ex-deputado federal Robson Rodovalho (PR-DF), da Sara Nossa Terra.

Dois dos apoiadores de Dilma em 2010 já não fazem parte do grupo: pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que rompeu com Dilma e o PT após as polêmicas envolvendo sua nomeação para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM); e o senador Magno Malta (PR-ES), que integra a base governista, mas sinalizou sua intenção de concorrer com Dilma ao mandato de presidente já este ano.

<http://noticias.gospelmais.com.br/aborto-gays-evangelicos-apoiar-dilma-rousseff-eleicoes-65255.html>

 

Esse é um começo que mostra o risco que corremos de vir a ter aqui uma teocracia, e as coisas ficarem como na Uganda:

 

Talvez não venham a queimar os homossexuais, porque a bíblia prescreve apedrejamento.  Mas, se eles tomarem o poder, poderão no futuro fazer isso legalmente, como lá no país africano, e muitas outras barbaridades, como matar também os adeptos de outras religiões não cristãs.  Aí, os nossos juízes terão que se curvar ao primitivismo.  Se os mandatários não evangélicos cederem às suas pressões em busca de apoio e lhes derem poder, um dia poderão estar sob o domínio deles e não ter mais a quem recorrer. É esse o risco que corremos.

 

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