Ataque ao Parlamento Iraquiano em 2007
refere-se a um ataque terrorista ao edifício do Conselho de Representantes do
Iraque, o parlamento iraquiano, em 12 de abril de 2007.
Desenvolvimento
Em 12 de abril de 2007, a cantina do prédio do Conselho de Representantes do
Iraque foi atacada por um homem-bomba, matando oito pessoas e ferindo outras 23
pessoas. O ataque, na fortificada Zona Verde de Bagdá, ocorreu dez minutos
depois que o Conselho de Representantes foi suspenso para o almoço. O atentado
aconteceu no primeiro andar do Centro de Convenções de Bagdá, que abriga o
parlamento. [1]
No início do dia, o prédio já havia sido revistado por cães - algo muito raro,
levando em conta que os cães são considerados ritualmente impuros pelos
iraquianos - sugerindo que as autoridades suspeitavam que um ataque era
iminente.[2] Após o ataque, mais dois coletes suicidas não detonados foram
encontrados perto da cantina. [1] O governo também encerrou as atividades das
redes de telefonia móvel e helicópteros Apache passaram a sobrevoar a área.[3]
Os primeiros relatos informaram que oito pessoas foram mortas, incluindo três
deputados, e pelo menos 23 pessoas ficaram feridas. Os deputados eram Mohammed
Awad, um membro da Frente Iraquiana para o Diálogo Nacional, Taha al-Liheibi, um
membro da Frente do Acordo Iraquiano e um parlamentar curdo não
identificado.[1][4]
Responsabilidade
As suspeitas inicialmente centraram-se na possibilidade do bombista suicida ser
guarda-costas de um parlamentar. Um porta-voz do governo declarou que "há alguns
grupos que trabalham na política durante o dia e fazem outras coisas além da
política à noite". [1][4]
Em 13 de abril, o Estado Islâmico do Iraque postou uma mensagem em um site
jihadista afirmando ter enviado "Um cavaleiro do estado do Islã ... [para] o
coração da Zona Verde" para realizar o ataque. Não está claro se essa
reivindicação é genuína, embora alguns que monitoram esses sites acreditem que
seja. [5]
Em fevereiro de 2009, dois guarda-costas do parlamentar da Frente Iraquiana para
o Diálogo Nacional, Mohammed al-Dayni, foram presos por suspeita de participação
no atentado. Alaa Khairallah Hashim, chefe de segurança de al-Dayni, e Ryadh
Ibrahim al-Dayni, sobrinho de Mohammed al-Dayni, confessaram na televisão o
envolvimento em vários ataques, incluindo o atentado bombista no Parlamento.
Eles disseram que o parlamentar deu autorização para que o bombista suicida
adentrasse na área do parlamento. As forças de segurança pediram ao Conselho de
Representantes do Iraque para que suspendessem a imunidade parlamentar de
al-Dayni. [6][7] Mohammed al-Dayni afirmou que as acusações eram mentiras e que
seus guarda-costas tinham sido torturados para fazer uma confissão falsa, haja
vista ele estava revelando abusos dos direitos humanos nas prisões iraquianas.
[8] Posteriormente, al-Dayni toma um voo para a Jordânia, mas o avião foi
forçado a voltar[9]; al-Dayni não foi preso por ainda ter imunidade parlamentar.
Mais tarde, no mesmo dia, os parlamentares concordam em remover sua imunidade,
numa altura em que o deputado já havia fugido. Acabou sendo preso em 10 de
outubro de 2009 no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur.[10]
Referências
Suicide bomber strikes at heart of Iraqi Parliament building, The Times, 12 de
Abril de 2007 (Arquivo)
Iraq parliament bombing raises questions, Press TV, 13 de Abril de 2007
Suicide bomber kills Iraqi MPs, Daily Telegraph, 13 de Abril de 2007.
Iraq MPs condemn parliament blast, BBC, 13 de Abril de 2007
Insurgents claim Baghdad attack, BBC, 13 de Abril de 2007
Iraq to lift immunity of Sunni MP for terrorism, Xinhua, 22 de fevereiro de 2009
MP accused in Iraq parliament suicide bombing, al-Arabiya, 22 de fevereiro de
2009
Iraqi Sunni MP denies terror charges, Xinhua, 23 de fevereiro de 2009
Iraqi lawmaker's immunity lifted, BBC, 2009-02-25
Alang Bendahara (17 de outubro de 2009). «Former MP from Iraq arrested at KLIA».
New Straits Times
Esse foi mais um dos atos que
provavelmente se perpetuarão pelo mundo ainda por muito tempo. Pois é muito
grande o contingente de religiosos que acreditam na suposta mensagem divina:
"Deus cobrará dos fiéis o
sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso. Combaterão pela causa de
Deus, matarão e serão mortos."
(Surata 9:111). "Infundiremos
terror nos corações dos incrédulos"
(Surata
3:151)