A BÍBLIA DIZ QUE O MUNDO NÃO ACABA EM 2012?
A Bíblia afirma que o mundo não acabará em 2012?
PorCiro Sanches Zibordi | Colunista Convidado do The Christian Post
Casei em 21 de dezembro de 1991. À
época, minha esposa e eu não sabíamos que o calendário maia terminaria nessa
mesma data. E, se acreditássemos em profecias sobre o fim do mundo, talvez
tivéssemos mudado a data de nosso casamento. Afinal, para muitos o mundo acabará
em 2012, exatamente no dia 21 do último mês deste ano! Brincadeiras à parte, há
algum fundamento na notícia alarmante de que o mundo chegará ao fim em 2012?
Ciro
Roland Emmerich, no filme-catástrofe 2012 - estrelado por John Cusack, Danny
Glover e Woody Harrelson (Columbia Pictures, 2009) -, tomou como base o fim do
calendário maia para afirmar que grandes catástrofes ocorreriam em vários
lugares, gerando um colapso global e ocasionando a destruição da Terra. Sua
mensagem é clara: o mundo pode até não acabar tão cedo, mas precisamos nos
preparar para isso. O filme mostra que ocorrerão, em
breve, erupções solares e aquecimento do núcleo da Terra, provocando o
deslocamento da crostra terrestre. Isso culminará em grandes emissões de
materiais magmáticos de supervulcões, bem como em grandes terremotos em toda
parte.
Conquanto o enredo de 2012 seja ficcional, o alerta de que o mundo poderá acabar
em breve tem sido levado a sério por muitos cientistas. Discovery Channel,
National Geographic e History Channel têm produzido documentários sobre a
possibilidade de o fim do mundo acontecer nas próximas décadas. Além dos
recentes terremotos no Haiti e no Japão, que deixaram muita gente atônita,
ambientalitas estão preocupados com o crescimento da população global e a ação
predatória do ser humano. O renomado cientista James Lovelock alerta: “Não se
trata meramente de dióxido de carbono em excesso no ar nem da perda da
biodiversidade à medida que florestas são derrubadas;
a causa central é o excesso de pessoas, seus animais de estimação e gado -
mais do que a Terra consegue suportar”
(Gaia: Alerta Geral, Intrínseca, página 19).
Lovelock - formado em medicina, química e biofísica - descarta a ideia de que o
mundo acabará em 2012. Mas defende a tese de que a Terra poderá ser destruída em
pouco tempo: “A história da Terra e os modelos climáticos simples baseados na
noção de uma Terra viva e reativa sugerem que são mais prováveis mudanças
súbitas e surpresas [...]. Se o governo do Reino Unido persistir em forçar os
esquemas dispendiosos e nada práticos da energia renovável, em breve
descobriremos que quase tudo o que resta da nossa região rural será usado para a
produção de biocombustível, geradores de biogás e parques eólicos de escala
industrial - tudo isto no exato momento em que precisaremos de todo o campo
existente para o cultivo de alimentos” (idem, páginas 20-30).
Outra preocupação apresentada pelo cientista é o aquecimento global: “A mera
redução da queima de combustíveis fósseis, do uso de energia e da destruição de
florestas naturais não será uma resposta suficiente ao aquecimento global,
principalmente porque parece que a mudança climática pode acontecer mais rápido
do que somos capazes de reagir a ela. E ela pode ser irreversível. Consideremos:
o Protocolo de Kyoto foi elaborado há mais de dez anos e, desde então, parece
que fizemos pouco mais que gestos quase vazios para deter a mudança climática”
(idem, página 25).
Quanto a uma possível guerra nuclear, o cientista afirma: “Não demorará muito e
poderemos nos defrontar com uma devastação de alcance planetário pior até que
uma guerra nuclear ilimitada entre superpotências. A guerra climática poderia
matar quase todos nós e deixar os poucos sobreviventes com um padrão de vida
comparável ao da Idade da Pedra” (idem, página 44). Podemos ignorar a
mensagem transmitida por um filme de ficção e até rir dela. Entretanto, o alerta
de um cientista premiado, como James Lovelock - considerado pela revista
Prospect um dos maiores intelectuais do mundo -, não deve ser desprezado.
Chegará, sem dúvida, o período que o Senhor Jesus chamou
de a Grande Tribulação (Mt 24.29), em que males sem precedentes virão
sobre a humanidade. Mas isso ainda não causará o fim do mundo.
Após o período de grande aflição de sete anos, será
estabelecido o Milênio (Ap 20.1-10). Somente depois desse período de mil
anos de paz, em que a Igreja reinará com Cristo, o mundo chegará ao fim. Segundo
a Palavra profética, “os céus passarão com grande
estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nelas
há, se queimarão” (2 Pe 3.10), dando lugar a um novo céu e uma nova terra
(Ap 21.1). Segue-se que o servo do Senhor não precisa se preocupar com o fim.
Afinal, se Jesus viesse buscar a sua Igreja hoje, o mundo só acabaria daqui a
1.007 anos!
O fim do mundo, propriamente dito, ocorrerá somente depois de vários eventos
escatológicos previstos nas Escrituras: o Arrebatamento da
Igreja, o Tribunal de Cristo, as Bodas do Cordeiro, a Grande Tribulação, a
batalha do Armagedom, o Milênio, a última revolta de Satanás e o Juízo Final.
Isso não significa que devemos ficar desapercebidos e ignorar o cumprimento
profético e a bem-aventurada esperança (Tt 2.13). Em Mateus 24.3, vemos que os
discípulos do Senhor Jesus, após ouvirem a sua predição de que o Templo em
Jerusalém seria destruído - profecia que se cumpriu no ano 70 d.C. -, lhe
fizeram uma indagação tripartida, a qual abarcou: (a) o futuro próximo: “quando
serão essas coisas”; (b) o futuro remoto: “que sinal haverá da tua vinda”; e (c)
o “fim do mundo”.
Considerar as três partes da pergunta dos discípulos é a chave para o
entendimento de todo o plano escatológico descrito em Mateus 24, o qual
apresenta sinais alusivos ao primeiro século, à Segunda Vinda e à consumação de
todas as coisas. Ao ouvir o mencionado questionamento tríplice, o Senhor
alertou: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu
nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mt 24.4,5). Isso mostra
que, nos dias que antecedem o Arrebatamento da Igreja, aumentará o número de
enganadores (Mc 13.22; 2 Pe 2.1,2) e de seguidores do erro, inclusive entre os
cristãos (2 Tm 4.3).
Depois do Rapto, entrarão em cena, em pessoa, o
Anticristo e o Falso Profeta (Ap 13). Enquanto isso não acontece, inúmeros
precursores desses agentes do mal têm agido no mundo (1 Jo 2.18; 4.1-3; 2 Pe
2.2). E não são poucos os propagadores de doutrinas falsas e falsificadas. Na
mesma resposta à pergunta tripartida dos seus discípulos, o Senhor profetizou:
“Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24.11). A cada
dia, aumenta o número dos lobos (At 20.29), que, com a sua aparência de piedade
(2 Tm 3.5), se passam por ovelhas (Mt 7.15) e enganam os desavisados (Ef 4.14).
Mas a Noiva já está pronta! Os salvos, preparados, estão fazendo a última oração
da Bíblia: “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).
Ciro Sanches Zibordi é pastor, escritor, articulista, palestrante em escolas
bíblicas. Autor dos best-sellers “Erros que os pregadores devem evitar” e “Erros
que os adoradores devem evitar” das obras, além de “Mais erros que os pregadores
devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria”, “Adolescentes S/A”,
“Perguntas intrigantes que os jovens costumam fazer” e “Teologia Sistemática
Pentecostal”. Acesse este link para obter maiores informações sobre os livros.
<http://portugues.christianpost.com/news/a-biblia-afirma-que-o-mundo-nao-acabara-em-2012-12346/>
Na realidade, a Bíblia não diz
que o mundo não acabaria em 2012. O sermão profético de Mateus, 24 diz
que o mundo acabaria muito antes deste ano:
"Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta
Daniel no lugar santo (que lê entenda)" (Mateus, 24: 15). O desolador
"no lugar santo" quer dizer em Jerusalém,a "cidade
santa". Para confirmar com mais clareza, compare-se
com a versão de Lucas:
"Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua
devastação" (Lucas, 21: 20). Aí não fica dúvida. Se um período de
1260, chamado de "grande tribulação" teve início com a destruição de
Jerusalém, mesmo contando um dia por ano, chegaria somente ao século
XIV. E, "logo em seguida à tribulação daqueles dias" teria que ocorrer o
escurecimento do Sol e da Lua, a queda das estrelas e a volta de Jesus.
E nem se diga que haverá outro período
de grande tribulação; pois o evangelho diz que não poderia haver outro:
"Porque nesse tempo haverá grande
tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem
haverá jamais" (Mateus, 24: 21).
Mas o mais contraditório do autor do
texto é isso: "Arrebatamento da Igreja, o Tribunal de
Cristo, as Bodas do Cordeiro, a Grande Tribulação, a batalha do Armagedom, o
Milênio, a última revolta de Satanás e o Juízo Final". Como a
igreja poderia ser arrebatada antes da tribulação, se só "após a tribulação",
deveria vir Jesus para ajuntar os seus escolhidos? Ou a igreja não está entre os
escolhidos de Jesus?
Ademais, os cristãos não percebem que
o Apocalipse acrescenta muitas coisas que não poderiam ocorrer com base no
sermão profético de Mateus 24. Não percebem que nunca se cumprirá o que
eles esperam.
Ver mais sobre o
arrebatamento cristão.
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PREVISÃO DO FUTURO