BRASIL CAI TRÊS POSIÇÕES EM
DESENVOLVIMENTO HUMANO
Brasil recua três posições no Índice de
Desenvolvimento Humano divulgado pela ONU; pela primeira vez, país caiu dois
anos seguidos
O Brasil ocupa agora a 87ª posição entre 191 países avaliados pelo IDH da
Organização das Nações Unidas
Por Luiz Henrique Oliveira
08/09/2022 - 20:10hs BRT
Nesta quinta-feira (08), a ONU divulgou o relatório com a atualização do Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH), composto pela expectativa de vida ao nascer,
a
escolaridade e a renda dos cidadãos de 191 países.
O Brasil teve uma queda em três posições no ranking.
Agora, o país ocupa a 87ª posição na lista da ONU entre os países analisados
pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Em 2020, o Brasil
tinha o IDH de 0,758 e recuou para 0,754 em 2021 -- uma queda de -0,004.
Para entender o índice, é preciso saber que, quanto mais perto do 1 estiver um
país, melhor será o seu IDH.
Pela primeira vez, o
Brasil apresentou queda em dois anos seguidos: em 2019, o país já havia
recuado 0,766, após 11 anos de crescimento.
Rodrigo Prando, doutor em sociologia e professor Universidade Presbiteriana
Mackenzie, disse para a 'Folha de São Paulo' que a pandemia foi uma das causas
da queda brasileira, mas não a única. "É importante observarmos outros rankings
a serem divulgados em breve, ainda mais os que dizem respeito à educação. O
Brasil deve piorar em todos. Podemos creditar isso à conjuntura pandêmica, mas
as ações governamentais só trabalharam para piorar um
país que já era muito desigual", afirmou o especialista.
Só poderíamos a atribuir a piora da colocação no ranking à pandemia,
se essa queda não tivesse começando antes da pandemia,
e se só o Brasil tivesse sofrido a pandemia.
Pode até ter sofrido mais que outros por causa do negacionismo, mas
já estava em queda antes da pandemia.
Assim, só nos resta considerar a
política de descaso com a educação e o neoliberalismo, que aumentou as
disparidades, empobrecendo mais a maioria da população.
Um pequeno aumento do PIB
tem-se dado em razão do aumento da riqueza dos mais ricos, apesar do
empobrecimento dos pobres.