O BRASIL VAI BEM. O POVO
VAI MAL
Lázaro Curvêlo Chaves
Os trabalhadores do Brasil há décadas pagam o preço da inflação gerada com a
finalidade manter os salários aviltados. No final do governo Sarney tínhamos o
“gatilho salarial”. A inflação estava bem elevada mas, a cada vez que chegava a
20% os salários eram reajustados em 20%. O sistema, eficiente para o capital,
era falho para o trabalho, pois a medição dos reajustes de preços era maquiada
e, assim, a medição da taxa de inflação era falha – coisas que não eram
consumidas entravam no cálculo da inflação e coisas de alto consumo não
entravam, etc. Apesar disso, havia reajuste salarial praticamente mensal e
o
poder aquisitivo caía, mas caía pouco.
Collor de Mello implantou um sistema que nenhum outro governante brasileiro
ousou antes, mas os seguintes continuaram praticando: manter os salários sob
rigorosíssimo controle e deixar livres os preços. A lógica do FMI, aqui
implantada por Collor de Mello, Zélia Cardoso de Mello, FHC, Armínio Fraga, Lula
e Vitor Meirelles é a de que, “só inibindo o consumo se consegue a
estabilidade econômica”. Esta lógica ignora a ganância do capitalismo
selvagem brasileiro, que busca lucros cada vez maiores
para aplicações de capital e cada vez menores para o trabalho produtivo.
Assim, aqui no Brasil, se há menos consumidores para um dado produto, seu preço
aumenta ainda mais para que a margem de lucro do comerciante não seja afetada.
Além disso o FMI sugere o aumento na taxa de juros, para
tornar as aplicações no mercado de capitais brasileiro mais atrativas, o
que na prática faz com que os preços sigam elevados e em crescimento constante
mas os lucros passam a destinar-se não mais ao aprimoramento da produção, mas à
especulação, que se tornou o setor mais atrativo da economia. Desnecessário
lembrar que os valores para o pagamento destes juros saem
do bolso do trabalhador através de impostos, que crescem ainda mais. E
assim o custeio da máquina governamental, cada vez mais “enxuta” por
privatizações, municipalizações e similares, cresceu de maneira descomunal.
No governo FHC, sempre que eu ia ao mercado, levando a mesma quantidade de
dinheiro, comprava menos coisas. A inflação foi contida, mas os preços seguiam
teimosamente aumentando. Sempre em valores acima da inflação, como sói acontecer
no Brasil.
Elegemos LULA para mudar esta situação insuportável e efetivamente mudou, há que
se reconhecer! Agora os preços de tarifas de energia
elétrica, combustível, telefonia, imposto e plano de saúde são reajustados em
patamares tão elevados (apesar de a inflação seguir controlada) que levo ao
mercado cada vez menos dinheiro e a proporção de coisas que trago para a casa
diminui pavorosamente. Damos graças a Deus por que a inflação está
controlada, ninguém a quer de volta! Se pelo menos o preço das coisas não
subisse com uma freqüência que os salários não acompanham, ainda seria
suportável.
Militar da Reserva Remunerada, ano passado recebi com tristeza o anúncio (que
infelizmente ficaria só no anúncio mesmo) de um reajuste de 1%;
meu contracheque ostenta hoje os mesmos valores (bruto e
líquido) desde 1994. Que fazer se meus proventos estão fixos? Cortar
gastos supérfluos e procurar novas fontes de renda, mais trabalho – o desemprego
impede a conquista desta última rubrica, fica-se na contenção de despesas...
Em 2003 fui cortando, nesta ordem: assinatura de jornal,
locação de fitas de vídeo, uso de telefone celular, ligações do telefone fixo,
aquisição de medicamentos, plano de saúde, depois o consumo diário de carne, que
passou a quatro vezes e hoje se mantém em três vezes por semana com tendência a
diminuir... Outras rubricas que ainda entravam em pauta em outros
tempos foram excluídas sequer de consideração ainda no desgoverno FHC e seguem
fora da pauta: aquisição de roupas, de obras literárias, assinatura de revistas
e jornais, aquisição de peças de reposição de eletrodomésticos (rezo para não
pararem de funcionar; se param, são desativados) ou compra de novos, etc.
A lógica de culpabilizar o pobre pela pobreza, aliada a uma propaganda maciça em
direção ao consumismo, com o surgimento, na década passada, de um sistema de
crédito e compras a prazos superiores a 12 meses – com juros superiores a 25% ao
ano – levou muitas famílias ao endividamento. A minha não é exceção,
infelizmente. Se outrora era possível comprar, por exemplo, uma geladeira a
prazo, mas desaconselhado pois os juros fariam pagar pelo preço de duas, hoje se
compra e se paga em suaves prestações o preço de quatro. Não raras famílias
concluem a transação de compra de uma geladeira só para constatar que não a
conseguem manter útil... Se os argentinos ainda conseguem comprar geladeiras e
fogões produzidos no Brasil, aos brasileiros só resta mesmo vender tais produtos
ao exterior. Não há utilidade prática para este tipo de bem no Brasil da
inflação controlada. Esta deve ser a raiz do crescimento tão celebrado das
exportações: o poder aquisitivo do brasileiro está reduzidíssimo!
E a poupança, a quantas anda? Não que haja brasileiros capazes de guardar algum
dinheirinho em caderneta de poupança, nem se faz mais propaganda disso, mas
ainda me recordo com saudade do tempo em que sabíamos a verdade sobre a inflação
através dos valores mensais da caderneta de poupança. Hoje
o leigo em economia percebe que todas as coisas sofrem reajustes periódicos
superiores à taxa da inflação divulgada, mas como é que se afere isso
concretamente?
Fiz uma pesquisa na página do jornal Folha de S. Paulo (www.folha.uol.com.br )
para verificar se esta percepção não estaria, de alguma forma, equivocada. Como
disse, há anos não disponho de recursos suficientes para assinar jornais, por
isso fiz a pesquisa pela Internet sobre os últimos 16 meses. Encontrei
referências a reajustes globais de preços, tarifas e
impostos, sempre em valores muito superiores aos da inflação, mas não
sobre os aumentos semanais dos supermercados que, pelo menos aqui no interior de
São Paulo, são concretos e seguem em prática. É terrível que os preços sofram
aumentos sempre superiores aos da inflação sem que os organismos de pesquisa de
inflação nos digam onde é que se pode comprar as coisas de que precisamos pelo
menos nos valores divulgados de reajuste inflacionário. Numa semana o preço do
óleo aumentou mais que a inflação, na outra o da carne, na outra o do leite, na
outra o do macarrão, na outra o de material escolar, na outra o de remédios, na
outra os aluguéis, na outra a prestação da casa ou do automóvel e por aí vai. Já
não falam que "aumentou mais do que o salário", sempre reajustado, quando
reajustado, em patamares irrisório, falam sempre "aumentou mais do que a
inflação". No período, para um reajuste anunciado de 1% em meu salário (que não
se transformou em realidade, infelizmente), eis os que aconteceram na prática e
foram manchete:
04/02/2003 - 12h28 – Gasolina sobe até 10% em SP; reajuste do álcool chega a 21%
10/02/2003 - 10h06 – General Motors reajusta preço dos veículos em até 6%.
28/02/2003 - 09h39 - Remédios sobem 8,63% amanhã; gasolina pode ter reajuste.
07/03/2003 - 08h07 - A Petrobras aumentou o preço de dois derivados de petróleo
no início deste mês. O gás de cozinha (GLP) para uso comercial e industrial
subiu, em média, 8,4% nas refinarias da estatal. O querosene de aviação teve
alta de 24,4%.
11/03/2003 - 04h26 - Passagens aéreas da Varig, TAM e Vasp já estão mais caras.
11/03/2003 - 21h03- Aumento em preços de remédios chega a 52%, mostra pesquisa.
Apesar do teto de 9,92% imposto pelo governo no último reajuste dos preços dos
remédios, no fim de fevereiro, alguns medicamentos chegaram a subir até 52%.
03/04/2003 - 19h32 - Remédios sobem até 91% em abril, diz CRF-DF
O preço dos medicamentos subiu até 91,13% em abril, segundo pesquisa divulgada
hoje pelo CRF-DF (Conselho de Farmácia do Distrito Federal) e do Idum (Instituto
Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos).
O maior aumento foi registrado no anti-hipertensivo genérico Cloridrato de
Ranitidina, que custava R$ 13,87 e passou a custar R$ 26,51, um aumento de
91,13%.
10/06/2003 - 12h55 - IBGE prevê nova queda da inflação em junho
O resultado da inflação de maio, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor), revela uma queda generalizada dos preços e uma tendência de
estabilização em patamares semelhantes ao do período anterior à alta do dólar.
Ou seja, a inflação, que caiu de 0,97% para 0,61% entre abril e maio, deve
recuar ainda mais em junho.
14/06/2003 - 06h48 - Telefone subirá entre 14% e 17% em julho
O governo federal negocia um reajuste de 14% a 17% para a telefonia fixa em
julho, em vez dos 29% contratuais a que as concessionárias têm direito. Em
troca, deverá atender pedidos feitos pelas empresas para diminuir seus custos.
29/06/2003 - 03h00 - Conta de telefone fixo fica mais cara a partir deste
domingo
A conta de telefone fixo fica 28,75% mais cara a partir de hoje, com o aumento
concedido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) na semana passada.
29/08/2003 - 16h56 - Gasolina e álcool ficam mais caros a partir de segunda
As distribuidoras de combustíveis anunciaram hoje um aumento médio de 1,5% para
a gasolina e de 2,5% para o álcool. Os postos estimam que o reajuste deve chegar
ao consumidor a partir de segunda, já que as próximas entregas de combustíveis
serão feitas pelo preço novo.
02/10/2003 - 14h55 - Cesta básica sobe em 12 das 16 capitais pesquisadas pelo
Dieese
O custo médio da cesta básica aumentou em setembro na maioria das capitais
pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Sócio-Econômicos). Das 16 capitais que estão incluídas no levantamento do
Dieese, 12 registram alta na cesta no mês passado.
O maior aumento em relação a agosto foi verificado em Belo Horizonte, de 3,55%,
seguido por Rio de Janeiro (2,44%) e João Pessoa (2,13%). As quatro quedas que
ocorreram foram em Aracaju (-1,84%), Fortaleza (-0,92%), Goiânia e Florianópolis
(ambas -0,23%).
14/01/2004 - 10h10 - Tarifas puxam inflação medida pelo IPCA em 2003
As tarifas e preços administrados foram os principais responsáveis pelo estouro
da meta do IPCA para 2003, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Por grupos, a maior variação foi verificada em comunicação, de 18,69%, seguido
por habitação (+12,32%) e educação (+10,25%). O IPCA do ano ficou em 9,3%, acima
da meta de 8,5%.
29/01/2004 - 09h02 – Copom eleva previsão para reajuste do gás de 3,5% para 10%
em 2004. A gasolina, segundo o Copom, deverá ter um aumento de 9,5% neste ano
por conta do aumento da alíquota da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico).
03/02/2004 - 14h01 -Conta de luz aumenta no interior de SP, Paraná e Minas
A conta de luz aumenta a partir de hoje para os consumidores de algumas cidades
do interior de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) publicou hoje no "Diário Oficial
da União" os índices finais de revisão de dez das 27 concessionárias de
distribuição que serão submetidas este ano ao processo de Revisão Tarifária
Periódica. Juntas, elas atendem, aproximadamente, 650 mil unidades consumidoras
em municípios dos três Estados.
O maior reajuste será de 20,40%, da CPEE (Companhia Paulista de Energia
Elétrica). A distribuidora atende 43.368 unidades de consumo, localizadas nos
municípios paulistas São José do Rio Pardo, Sebastião da Grama, Divinolândia,
Casa Branca, Itobi, Tapiratiba e Caconde.
02/02/2004 - 11h59 - Prestação da casa própria vai subir até 7,97% neste mês
A prestação da casa própria vai subir até 7,97% neste mês, segundo a Abecip
(Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
O índice é válido para contratos de financiamento do SFH (Sistema Financeiro da
Habitação) vinculados ao PES (Plano de Equivalência Salarial) por categoria
profissional com data-base para aumento salarial em dezembro e prazo de 60 dias
para repasse às prestações.
05/02/2004 - 08h44 -Preço de carro tem maior alta desde 99
Os consumidores ainda não assimilaram o reajuste médio de 4,1% dos carros em
janeiro, e algumas montadoras já divulgaram novos aumentos para fevereiro. O
percentual do mês passado representou a maior remarcação mensal desde agosto de
1999, segundo levantamento de preços realizado pela Agência AutoInforme.
Desde ontem, os preços de toda a linha Fiat estão em média 2% maiores. A
montadora distribuiu comunicado no qual afirma que o aumento complementa o
reajuste de 3% adotado em janeiro. A Toyota deve anunciar hoje elevação de 3,0%
a 3,5% nos preços da linha Corolla, que tiveram alta semelhante em janeiro.
Não há posição oficial das demais montadoras, mas a Folha apurou que o mercado
espera que outras marcas elevem seus preços na próxima semana.
06/02/2004 - 14h18 -Educação pressiona custo de vida de SP em janeiro
As mensalidades escolares pressionaram a inflação na
cidade de São Paulo em janeiro. No mês passado, o ICV (Índice do Custo de
Vida), calculado pelo Dieese, subiu 1,46%.
Esta variação representa uma forte alta frente a dezembro, quando o ICV ficou em
0,32%. No acumulado nos últimos doze meses, o ICV caiu para 8%. Em dezembro, o
indicador registrava uma variação acumulada de 9,55%.
Os dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Sócio-Econômicos) apontam que a inflação paulistana foi puxada pelos aumentos de
preços dos itens pertencentes ao grupo educação e leitura, que subiu 8,55% em
janeiro.
06/02/2004 - 17h19 -Ligação para celular ficará 6,99% mais cara a partir de
quarta
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) autorizou o reajuste para as
tarifas das chamadas de telefones fixos para celulares. O preço ficará 6,99%
mais caro e deve entrar em vigor na próxima quarta-feira, dia 11.
11/02/2004 - 09h16 - Ligação para celular fica mais cara a partir de hoje
As tarifas das chamadas de telefones fixos para celulares estão 6,99% mais caras
a partir de hoje. O aumento foi anunciado na semana passada pela Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações).
26/02/2004 - 10h38 -Remédios podem subir até 7,71%
Os consumidores devem se preparar, pois, após altas de até 3,5% entre 2002 e
2003, o preço dos medicamentos vai ficar ainda mais alto.
Em 31 de março, vem mais um reajuste. A data para o aumento dos remédios foi
definida ontem pela CMED (Câmara de Medicamentos), em Brasília.
03/03/2004 - 08h49 - Eletrodoméstico tem reajuste de até 2,2%.
04/03/2004 - 19h22 - Preços de remédios sobem 20,69%, mas Anvisa contesta
reajuste
Os preços dos medicamentos subiram 20,69%, em média, neste mês de março, segundo
pesquisa do Idum (Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos)
em parceria com o CRF-DF (Conselho de Farmácia do Distrito Federal).
O maior aumento foi verificado no antitérmico Dorico, do laboratório Sanofi
Synthelabo que custava R$ 0,84 e passou a custar R$ 1,05.
A pesquisa identificou que foram reajustados 36 itens de medicamentos largamente
consumidos, como a Ranitidina e Flogoral.
18/03/2004 - 18h01 - Impostos sobre salários crescem 6% e derrubam poder de
compra
A carga tributária sobre salários em 2003 aumentou 6%
na comparação com 2002. No ano passado, os descontos do INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social), IR (Imposto de Renda) representaram
19,89% do salário dos empregados. Em 2002, a mordida fiscal era de 18,76%.
18/03/2004 - 18h41 -Brasil tem a segunda maior carga tributária sobre salários
do mundo
O brasileiro tem a segunda maior carga tributária sobre salários do mundo. A
carga tributária sobre salários --incluindo a parte dos trabalhadores e das
empresas-- do Brasil foi de 42,15% em 2003. Com esta carga, o Brasil perdeu
apenas para a Dinamarca, onde a carga tributária é de 43,1%.
Os países vizinhos ao Brasil possuem uma carga tributária muito menor que a
nossa. Esse é o caso do Uruguai e da Argentina, onde a mordida fiscal sobre
salários é 28,4% e 25,7%, respectivamente.
As menores cargas tributárias foram registradas an Coréia do Sul (8,7%), México
(9,1%) e Japão (16,2%).
30/03/2004 - 10h27 - Remédios terão reajuste médio de 5,7% a partir de amanhã
Os preços de 12 mil apresentações de medicamentos (um mesmo remédio pode ser
vendido em gotas ou em comprimidos) terão um reajuste médio de 5,7% a partir de
amanhã. A CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) autorizou os
fabricantes de medicamentos a aplicarem um reajuste máximo de 6,2% em suas
tabelas de preços.
08/04/2004 - 08h01 -Conta de luz sobe nesta quinta em 4 Estados e reajuste
máximo supera 28%
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgou os percentuais de
aumento das distribuidoras CPFL (SP), Cemig (MG), Cemat (MT) e Enersul (MS).
Juntas, essas distribuidoras atendem a 10 milhões de consumidores. O aumento
valerá a partir desta quinta-feira (8).
O reajuste médio da Cemig será de 19,13%, mas
indústrias vão ter um aumento máximo de 28,31%. Já o aumento da CPFL será de
12,74%, em média. A Enersul vai reajustar suas tarifas em 17,02%, em média,
enquanto a Cemat vai aplicar um aumento médio de 14,81%.
26/05/2004 - 17h30 -BR e Shell aumentam gasolina em 1,5%
A BR Distribuidora, distribuidora de combustíveis da Petrobras, e a Shell
decidiram aumentar em 1,5%, em média, o preço da gasolina vendida em seus
postos.
29/06/2004 - 17h53 - Anatel autoriza reajuste médio de 6,89% para o telefone
As tarifas locais de telefone fixo sobem em média 6,89% a partir de sexta-feira,
dia 2. Os valores dos pulsos, assinatura básica e cartão telefônico subirão
7,43%.
05/07/2004 - 17h02 - Gasolina subiu 5,4% para o consumidor em um mês
A gasolina está 5,4% mais cara desde que a Petrobras reajustou o preço do
produto vendido em suas refinarias. A alta foi verificada pela ANP (Agência
Nacional de Petróleo), por meio de pesquisa realizada em cerca de 12.500 postos
de todo o país.
A Petrobras aumentou o preço da gasolina em 10,8% no dia 15 de junho. A estatal,
entretanto, estimou na época uma alta em torno de 4,5% para o consumidor.
De acordo com o levantamento da ANP, o preço médio do litro da gasolina foi de
R$ 2,114 na semana passada. Na semana anterior ao reajuste (de 6 a 12 de junho),
o litro da gasolina estava em R$ 2,005, na média do país.
São Paulo, terça-feira, 06 de julho de 2004 - Fipe aponta alta de 0,92% nos
preços, maior variação desde fevereiro de 2003; combustíveis e frio são os
vilões
SP registra a maior inflação em 16 meses
O frio fora de época e o aumento dos combustíveis elevaram a inflação do
município de São Paulo em junho. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) superou
as expectativas e atingiu 0,92% no mês passado, a maior taxa apurada desde
fevereiro de 2003, quando chegou a 1,61%.
A previsão da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) era a de que a
alta em junho ficasse em torno de 0,80%. Essa, na realidade, era a mais recente
previsão -a inicial era de uma inflação no mês de apenas 0,50%. Em maio, a taxa
havia sido de 0,57%.
O que causou surpresa foi o aumento nos preços do vestuário. Impulsionado pelo
frio (mais intenso que o esperado), o grupo subiu 1,31% no mês passado, depois
de registrar variação de 0,28% em maio.
O coordenador-adjunto do IPC da Fipe, Juarez Rizzieri, avalia que o aumento no
vestuário já era esperado, mas em torno de 1%.
"A economia está melhorando um pouquinho, o que de certa forma viabilizou a
demanda", afirmou.
Porém os itens que mais pesaram na inflação de junho foram transportes e
alimentos.
Por causa do reajuste dos combustíveis, o grupo transportes subiu 2,09% no mês
passado, maior avanço mensal desde fevereiro de 2003 (+4,46%).
A alta do dólar, somada ao avanço do preço do petróleo no mercado internacional,
fez com que a Petrobras anunciasse, em 12 de junho, aumento de 10,8% na gasolina
e de 10,6% no diesel para as refinarias.
O índice da Fipe captou em junho aumentos de 4,80% na gasolina e de 11,83% no
álcool combustível -elevações de preços nas bombas dos postos de gasolina.
O grupo alimentação continua em alta, mas de forma menos acentuada. O preço dos
alimentos subiu em média 1,39%.
Dos 32 produtos que mais contribuíram com a inflação de junho, 15 eram de
alimentos, principalmente "in natura", que são os mais sensíveis ao frio.
A alface, por exemplo, ficou 26,46% mais cara. A cebola subiu 24,50%, e o
tomate, 20,53%.
São Paulo, sábado, 10 de julho de 2004 - Inflação medida pelo IPCA acelera e
atinge 0,71% em junho, puxada por reajustes dos combustíveis e dos alimentos
Preços registram maior alta desde janeiro
O aumento dos combustíveis e dos alimentos provocou aceleração da inflação em
junho. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu para 0,71%, após alta
de 0,51% em maio, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
Embora já esperada pelo mercado, a taxa foi a maior desde janeiro, quando ficou
em 0,76%. Com o resultado de junho, o IPCA acumulado em 12 meses ficou em 6,06%,
acima do centro da meta de inflação para este ano, de 5,5%, fixada pelo governo
federal.
São Paulo, sábado, 10 de julho de 2004 - Escola e remédio aumentam mais no 1º
semestre
Os gastos com colégios e remédios foram os que mais pesaram no bolso do
consumidor no primeiro semestre deste ano, segundo o IBGE. Do total da inflação
acumulada no período, de 3,48%, medida pelo IPCA, os colégios responderam por
0,39 ponto percentual -a maior contribuição isolada. Os colégios subiram 10,12%
em seis meses.
Os remédios, cujo reajuste foi concentrado no primeiro trimestre deste ano,
subiram 6,59% no primeiro semestre e contribuíram com 0,26 ponto percentual da
inflação acumulada.
Os carros novos (8,76%) e os carros usados (7,98%) também exerceram pressão
sobre a inflação, por causa do repasse do aumento da cotação do aço no mercado
internacional.
Os outros itens que mais pesaram foram as tarifas e os preços administrados,
como energia elétrica (4,90%), planos de saúde (4,58%), taxa de água e esgoto
(5,78%) e gás de cozinha (6,70%). Todo o grupo de alimentos registrou inflação
de 2,09% no primeiro semestre. Embora a variação dos alimentos tenha sido menor,
o grupo contribuiu com 0,49 ponto percentual do IPCA. Só o grupo alimentação e
os oito itens que mais pressionaram os preços corresponderam a 60% do IPCA.
O preço da pinga continua baixo:
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São José do Rio Pardo, 12 de julho de 6004 A.'.V.'.L.'.
Sociólogo, professor universitário desempregado. Mantenedor da página Cultura
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Isso foi escrito
em 2004 (6004 foi um erro de digitação. Dizem que o mundo não chegará a essa
data). Como estará vivendo o autor hoje? É triste a realidade!
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