CONCÍLIO DE TRENTO
1545 e 1563
O Concílio de Trento foi uma reunião do clero da Igreja Católica, entre os anos
de 1545 e 1563, para reafirmar os ensinamentos doutrinários do catolicismo que
foram questionados pelas novas religiões cristãs originárias da Reforma
Protestante, de 1517, bem como para elaborar ações
missionárias com vistas a conter o avanço protestante na Europa e difundir a fé
católica para as outras regiões que estavam sendo descobertas por meio da
expansão marítima, como a América e a Ásia.
História do Concílio de Trento
A Reforma Protestante, iniciada em 1517, teve enorme impacto religioso, pois
o domínio católico sobre o cristianismo estava em xeque. A doutrina católica
era debatida e criticada, bem como novos ensinamentos cristãos não reconhecidos
pelo Vaticano ganhavam força na Europa.
Essa reforma não se restringiu ao âmbito religioso, mas alcançou a economia e a
política. Os burgueses logo aderiram à nova fé, pois as religiões protestantes
não condenavam o lucro oriundo de um trabalho justo. Além disso, os reis
aproveitaram os questionamentos ao poder do Papa para desvincular seus reinos de
qualquer interferência católica.
O Papa Paulo III decidiu agir e convocou um concílio, ou seja, uma reunião do
clero católico, para discutir sobre a doutrina e ações que pudessem reforçar o
poder da Igreja Católica, conter o avanço protestante e conquistar novos fiéis.
O concílio aconteceu na cidade italiana de Trento.
Essa reação da Igreja Católica contra a Reforma Protestante foi chamada de
Contrarreforma. O Concílio de Trento começou com Paulo III, e seus
sucessores deram continuidade aos trabalhos.
O concílio é uma assembleia realizada pela Igreja Católica e convocada pelo Papa
para discutir algum tema oportuno ou definir diretrizes a serem seguidas pelo
clero do mundo inteiro. Após o encerramento do concílio, são divulgados
documentos que orientam e ordenam as ações eclesiais nas paróquias católicas.