EMPRESAS DE PUBLICIDADE CONTRA OS ATEUS
10/12/2010 - 18h51
Empresas barram campanha publicitária que questiona existência de Deus
HÉLIO SCHWARTSMAN
ARTICULISTA DA FOLHA
Empresas de mídia barraram uma campanha publicitária com dizeres contra a
religião patrocinada pela Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos). As
firmas se recusaram a veicular os anúncios mesmo depois de o contrato já ter
sido assinado. A Atea estuda as medidas judiciais cabíveis.
Campanha em ônibus diz que Deus pode não existir
As peças de propaganda, com frases como
"Religião não define caráter" e "A fé não dá respostas; ela só impede
perguntas", deveriam circular em ônibus de Salvador, São Paulo e Porto Alegre
pelo período de um mês. A recusa ocorreu primeiro em São Paulo e depois em
Salvador, sob a alegação de que as mensagens poderiam violar dispositivos das
respectivas leis de publicidade em espaços públicos. Há informações ainda não
confirmadas de que a empresa de Porto Alegre também vai romper o contrato.
"As seguidas recusas de prestação de serviço
são uma confirmação contundente da força do preconceito contra os ateus, e da
necessidade de acabar com ele. Nossas peças nada têm de ofensivas, e o teor de
suas críticas empalidece frente às copiosas afirmações dos livros sagrados de
que ateus são odiosos, cruéis, maus e devem ser eliminados. Existe um duplo
padrão em ação aqui", diz Daniel Sottomaior, presidente da Atea.
As chamadas campanhas do ônibus, com mensagens ateias, tiveram início no Reino
Unido em 2009 e desde então se espalharam por outros países, com resultados
distintos.
Nos EUA e na Espanha, a iniciativa deu certo, provocando a esperada polêmica. Na
Itália, a veiculação foi proibida. Na Austrália, a companhia responsável por
anúncios em ônibus também se recusou a exibi-los.
Metade dos cerca de R$ 10 mil que seriam utilizados na campanha brasileira vem
de pequenas doações e de recursos da própria Atea. A outra metade vem de um
único doador paulista que prefere permanecer anônimo.
OUTRO LADO
A empresa de publicidade Fast Mídia, de Salvador, informou que a desistência no
negócio ocorreu exclusivamente por que as peças publicitárias vão de encontro
á lei municipal que regulamenta o setor.
O representante da empresa, que preferiu se identificar apenas como Amaral,
disse que enviou uma minuta de contrato para a Atea apenas para análise dos
termos e que recebeu, para o mesmo objetivo, as peças publicitárias.
"Acreditamos que as peças contrariavam a Lei, principalmente em trechos como
os que citavam como mitos os deuses hindu, cristão e palestino" diz Amaral.
O artigo 15º da lei municipal 12.640/2000, ao qual a Fast Mídia se refere, diz
que é proibida a exibição de anúncio que favoreça ou estimule qualquer espécie
de ofensa ou discriminação racial, sexual, social ou religiosa.
A empresa de Porto Alegre, responsável pelo contato com a associação, não foi
localizada para comentar o assunto até às 20h40.
(http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/844028-empresas-barram-campanha-publicitaria-que-questiona-existencia-de-deus.shtml)
Tá vendo as propagandas em cima? Elas por
algum motivo são o pesadelo desses grupos de
publicidade. Os coitados estão sem dormir, tadinhos.
“As seguidas recusas de prestação de serviço são uma
confirmação contundente da força do preconceito contra
os ateus, e da necessidade de acabar com ele. Nossas
peças nada têm de ofensivas, e o teor de suas críticas
empalidece frente às copiosas
afirmações dos livros sagrados de que ateus são odiosos,
cruéis, maus e devem ser eliminados. Existe
um duplo padrão em ação aqui”, diz Daniel Sottomaior,
presidente da Atea.
A empresa de publicidade de Salvador, a Fast Mídia,
alega que desistiram do negócio porque as peças de
publicidade iriam contra as leis municipais que
regulamentam o setor. Como não viram isso antes? Pô,
Amaral, por que assinou o contrato então? A grana você
quer, né seu lazarento?
A lei citada pelos salvadorenses fala que é proibido
anúncio que seja de discriminação racial, sexual, social
ou religiosa. Tão vendo alguma coisa lá desse tipo? Ou
só dizer que Deus não existe já ofende as carolas da
igreja ao ponto de terem um ataque cardíaco? Bando de
amarelões isso sim…
A empresa de Porto Alegre “não foi localizada” para
comentar o assunto.
Agora, xingar
ateu na TV pode, publicar propaganda de crente falando
que a gente vai tudo pro inferno pode, fazer propaganda
do Papa pode…
Quero que o Sottomaior publique um cartaz que diz assim:
“Existem milhões de ateus no Brasil. São tudo gente
boa.” Quero ver que desculpa eles vão dar pra proibir
algo assim.
(Ateus do Brasil).
Ver mais sobre