COPIANDO O QUE JÁ DEU
ERRADO
Os nosso políticos têm
tradição em copiar as coisas que já deram errado em outros lugares. E
cansamo-nos de esperar que isso mude, mas parece que vai continuar sempre assim.
Quando vimos o primeiro congelamento
de preços em 1986, surgiram críticos que mostravam que isso já tinha sido feito
no Império Romano e tinha sido negativo. E vimos que aqui não foi
diferente. Apenas serviu de base para medidas posteriores que mais
deterioraram a situação do povo. Semelhantemente,
há um movimento
para liberar uso de drogas hoje proibidas, mesmo após isso já ter sido feito e
desfeito na Suíça no século passado, e em alguns lugares hoje já estar começando
um certo arrependimento quanto à liberação. Mas
o mais preocupante é
a atual legislação de terceirização, que também já deu errado fora daqui, mas
está sendo feita, e, quando o país sofrer as consequências e alguém do poder
procurar voltar atrás, já deverá haver estragos difíceis de se consertar.
"Enquanto no Brasil o projeto de lei
que amplia a possibilidade de terceirização de mão de obra para as
atividades-fim das empresas foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue agora
para o Senado, na Rússia esse modelo de contratação será proibido a partir do
ano que vem. A decisão foi tomada em janeiro pela Assembleia Federal russa
depois de longa negociações entre os sindicatos de trabalhadores e o governo do
presidente Vladimir Putin, disse o integrante do conselho nacional do Sindicato
dos Trabalhadores da Construção da Rússia, Abdegani Shamenov.
Advogado e engenheiro civil, Shamenov
também é presidente regional da entidade na província de Samara, no oeste do
país, e participa nesta terça-feira de uma palestra sobre precarização do
trabalho em seminário do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção
Civil de Porto Alegre. De acordo com ele, a terceirização começou a ser
praticada na Rússia em diversos setores sem previsão em lei a partir do início
dos anos 1990, após a dissolução da União Soviética.
“O fim da terceirização é um grande
orgulho para os sindicatos russos”, afirmou Shamenov. Segundo ele,
a prática não
aumentou a oferta de emprego no país, ao mesmo tempo em que
reduziu a
arrecadação de impostos e também diminuiu salários e benefícios dos
trabalhadores, como férias remuneradas e abonos de fim de ano. Muitas empresas
terceirizadas não recolhem contribuições previdenciárias e em caso de acidente
seus empregados ficam sem renda, acrescentou o sindicalista."