HOSPITAL DOS OLHOS DE SOROCABA JOGANDO CÓRNEAS FORA
02/10/2009
"Desinformação.
Sobram córneas no Hospital Oftalmológico de Sorocaba
No dia 27 de junho de 2002, o Jornal Bom Dia São Paulo apresentou
reportagem sobre o Hospital Oftalmológico de Sorocaba onde se realizam
transplantes de córneas.
Médico de pequena empresa paulista ouviu a reportagem e divulgou
mensagem, na rede interna da empresa, afirmando que, em razão da baixa
demanda, córneas estariam sendo desprezadas após o período limite de
uso.
A mensagem deixou o ambiente da empresa e rapidamente se espalhou pela
Internet a fora gerando indignação devido ao suposto desperdício de
córneas.
Frase contida na mensagem enviada pelo médico provocou toda a confusão:
Muitas córneas são desprezadas ( jogadas fora) após o seu período limite
de uso.
O que o médico quis dizer segundo ele próprio:
Acontece que no intuito de informar a pessoas leigas em medicina, usei
um termo que agora me apresenta inadequado, que foi referindo que
córneas estavam sendo desprezadas, no sentido de informar a essas
pessoas que existe um tempo adequado para serem realizadas as cirurgias
para que o transplante obtivesse o sucesso esperado.
O esclarecimento do médico não tornou as coisas mais claras, mas tudo
foi explicado pelo Hospital Oftalmológico de Sorocaba e o jornal O
Estado de São Paulo matou a charada:
O Hospital Oftalmológico de Sorocaba, ..., arrecada 300 córneas por mês,
tem capacidade e estrutura para realizar esse número de transplantes,
mas faz apenas 120, por falta de pacientes. Embora o Estado tenha 5 mil
pessoas aguardando córneas, no hospital de Sorocaba não há fila de
espera. As 180 córneas que sobram todo mês, porém, não são perdidas:
são repassadas à Central de Transplantes do Estado e redistribuídas a
hospitais de todo o País.
Segundo Edil Vidal de Souza, do Hospital Oftalmológico de Sorocaba, "nunca
nenhuma córnea foi jogada fora aqui no hospital, coisa que é
proibida. As operações são controladas pela Secretaria de Transplantes".
E tudo ficou esclarecido.
Essa história muito se assemelha à velha brincadeira do "telefone sem
fio": o que chega ao final do circuito é bem diferente da história
inicial. Na brincadeira, é bem divertido, mas na vida real pode trazer
complicações para muita gente." (Fonte: Quatro Cantos).
Hoje essa notícia distorcida enche as caixas postais por milhares de pessoas que a encaminha aos seus amigos pensado estarem fazendo algo de utilidade públcia.