"Corpus Christi (expressão latina que
significa Corpo de Cristo) é uma festa que
celebra a presença real e substancial de Cristo na
Eucaristia.
É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da
Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no
domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de
'preceito', isto é, para os católicos é de
comparecimento obrigatório participar da Missa neste
dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do
país respectivo.
A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende
a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cân.
944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie,
onde for possível, "para testemunhar publicamente a
veneração para com a santíssima Eucaristia,
principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de
Cristo." É recomendado que nestas datas, a não ser por
causa grave e urgente, não se ausente da diocese o Bispo
(cân. 395).
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo
remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu
necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo"
no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi
instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’
de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na
quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que
acontece no domingo depois de Pentecostes.
(Fonte: Wikipédia)
A LENDA
"O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago
Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de
Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da
freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que
exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. Conta
a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de
costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas
sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então
ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo
em Roma, para pedir o Dom da fé. Ao passar por Bolsena
(Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi
novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração
veio-lhe a resposta em forma de milagre: a
Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando
sangue, manchando o corporal, os sangüíneos e as
toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do
sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus
dedos, conservou as características de pão ázimo. Por
solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a
igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em
grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua
santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca.
Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A
11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o
mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o
preceito de uma festa com extraordinária solenidade em
honra do Corpo do Senhor.
A festa de Corpus Christi foi decretada em 1264. O
decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o
Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas
igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde
Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A
procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na
Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é
encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído
na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu
corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de
mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na
Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre
numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.
Corpus Christi é celebrado 60 dias após a páscoa.
Tapete
de Corpus Christi em Poá - São Paulo.
Procissão de
Corpus Christi, Moosburgo, Alemanha, 2005
Em muitas cidades portuguesas e
brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa
a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de
inspiração religiosa. Esta festividade de longa data se
constitui uma tradição no Brasil, principalmente nas
cidades históricas, que se revestem de práticas antigas
e tradicionais e que são embelezadas com decorações de
acordo com costumes locais.
Em Pirenópolis, Goiás, é uma tradição os tapetes de
serragem colorida e flores do cerrado, cobrindo as ruas
por onde passa-se a procissão de Corpus Christi, também
efeita-se 5 altares para a adoração do Santíssimo
Sacramento, e execussão do cântico latino Tamtum Ergo
Sacramentum, esta procissão é acompanhada pela Irmandade
do Santíssimo Sacramento e pela Orquestra e Coral Nossa
Senhora do Rosário. É neste dia que o Imperador do
Divino recebe a coroa, para a realização da Festa do
Divino de Pirenópolis, do ano seguinte.
Em Castelo, no estado do Espírito Santo, as ruas são
decoradas com enormes tapetes coloridos formados por
flores, serragem colorida e grãos. Em São Paulo, o
município de Matão é famoso por seus tapetes coloridos
feitos de vidro moído, serragem e flores que formam uma
cruz no centro da cidade. A cidade de Mariana - MG
comemora a festa de Corpus Christi enfeitando as ruas
com tapetes de serragem e pinturas. Jaguáriúna - SP,
Santo André -SP, Santana de Parnaíba - SP, São Joaquim
da Barra - SP e Jacobina - BA também seguem o mesmo
estilo, as ruas ao redor da matriz são enfeitadas com
serragem, raspa de couro, areias coloridas, tudo o que a
criatividade proporciona para este dia santo. Em
Caieiras - SP a Juventude da Cidade promove com sua
criatividade tapetes que se estendem no trajeto da
procissão deste solene dia, desde a Igreja Matriz de
Santo Antonio até a igreja de São Francisco de Assis,
este trabalho dura doze horas e é coroado com a
procissão luminosa em torno ao Santíssimo Sacramento.
Em Porto Ferreira - SP, a festa tem como finalidade a
partilha, em comunhão com as três paróquias da cidade, é
arrecado alimentos que vão servir para os enfeites nas
ruas por onde o Santíssimo Sacramento irá passar, e após
a solenidade serão doados a famílias que são assistidas
por pastorais, como a Pastoral da Criança e Pastoral da
Saúde, que realmente necessitem. Esta iniciativa perdura
desde 2008.
[editar] Em Portugal
Em todas as 20 dioceses de Portugal fazem-se solenes
procissões a partir da igreja catedral, tal como em
muitas outras localidades, que são muito participadas.
Estas procissões atingem o seu esplendor máximo em
Braga, Porto e Lisboa.
Ordenada por D.Dinis, a festa do Corpus Christi começou
a ser celebrada em 1282, embora haja referências à sua
comemoração desde os tempos de Dom Afonso III.[1] Em
Portugal a festa de longa tradição era antigamente
celebrada com danças, folias, e procissões em que
sagrado e o profano se misturavam. Representantes de
várias profissões, carros alegóricos, diabos, a serpe,a
coca, gigantones, ao som de gaitas de foles e outros
instrumentos desfilavam pelas ruas.[2] Das danças dos
ofícios, em Penafiel ainda se celebra o baile dos
ferreiros, o baile dos pedreiros e o baile das
floreiras.[3][4]
Esta celebração tem uma conotação muito forte no Minho,
particularmente em Monção e em Ponte do Lima. Em Ponte
de Lima a tradição d´O Corpo de Deus perdura já há
vários séculos. O Corpo de Deus é celebrado no 60º dia
após a Páscoa, ou mais correctamente na Quinta-feira que
se segue ao Domingo da Santíssima Trindade (que por sua
vez é o primeiro Domingo a seguir ao Pentecostes)
seguindo a norma canónica. a diferença prende-se no
facto de no dia posterior ao feriado nacional, se
realizar uma celebração, própria e exclusiva da vila,
tendo sido decretado desde 1977 feriado para todos os
Limianos. As celebrações do Corpo de Deus realizam-se
durante todo o dia, sendo os Limianos presenteados com
uma procissão da parte da manhã e outra da parte da
tarde em volta da vila e uma missa para todos os
habitantes do Concelho no próprio dia, sempre ao meio
dia(12h00), na Igreja Matriz.
Em Braga, é também tradição desde 1923 a presença
massiça de Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas -
Escutismo Católico Português, pois foi nessa procissão
que os mesmos se apresentaram em público naquele ano."
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpus_Christi>.
Dizem, como registrado na Wikipédia, que:
"Na hora da Consagração
veio-lhe a resposta em forma de milagre: a
Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando
sangue, manchando o corporal, os sangüíneos e as
toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do
sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre
seus dedos, conservou as características de pão ázimo.
Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época
governava a igreja, os objetos milagrosos foram para
Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente
por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca."
Se alguém
atualmente for a essa catedral para ver
esses "objetos milagrosos", certamente deverá haver uma
explicação de que eles desapareceram milagrosamente
também, assim como outros prodígios do passado
não
deixaram quaisquer vestígio que pudessem atestar sua realidade.
Assim se formam os milagres.