CRISTÃOS DECIDEM PEGAR EM ARMAS PARA SE DEFENDER
Cristãos decidem pegar em armas para
se defenderem dos ataques de jihadistas do Estado Islâmico
Por Dan Martins em 14 de setembro de 2014
Cansados da série de ataques que têm sofrido de jihadistas do
Estado Islâmico, uma minoria de cristãos no Iraque decidiu
enfrentar seus algozes em defesa de suas vidas e suas famílias na província de
Nínive. Um pequeno esquadrão de homens cristãos fugitivos,
cansados de dar a outra face aos ataques,
decidiram enfrentar os terroristas que os fizeram
fugir das suas aldeias agora devastadas, onde saquearam suas casas e lançaram
medo e horror.
A decisão veio após a queda de Monsul em junho passado, que resultou na
dispersão de cristãos que transformou os crentes em eternos fugitivos da
investida violenta do Estado Islâmico (ISIS).
- Perdemos tudo. Muitos optaram por fugir, mas os abusos que sofremos acabaram
convencendo alguns da necessidade de nos defender, a nossa terra e a nossa gente
– afirmou o cristão Odisho Yusef, um ex-soldado do exército iraquiano, ao El
Mundo.
Yusef, de 58 anos, é o líder de um pequeno batalhão de
cristãos autodenominado “Dwekh” (aqueles que se sacrificam, em tradução
antiga do idioma assírio).
- Somos um pequeno exército composto por cristãos de diferentes partes da
província de Nínive. Pegar em armas não foi uma decisão
fácil, mas não havia outra escolha, para ser realista – argumenta.
Emanuel Khoshaba, secretário-geral do Partido Patriótico Assírio, uma das
formações cristãs que operam na região autônoma do Curdistão, também comentou
sobre a necessidade de uma resistência armada dos cristãos contra o Estado
Islâmico.
- Temos cerca de 40 homens armados que estão preparados na linha de frente em
Dohuk (uns 80 quilômetros de Monsul). Queremos enviar uma mensagem para o nosso
povo. Não é o momento para nos exilarmos. É hora de defender a nossa terra –
afirmou Khoshaba.
- Todas as armas foram adquiridas pelo partido e os jovens que se alistaram
foram treinados pelo antigo exército iraquiano – ressaltou.
Yusef explica ainda que o grupo é apenas de defesa, e que a opção de comprar as
armas surgiu diante do flagelo sofrido pelos cristãos.
- Queremos formar uma milícia. Queremos continuar a cooperar com ‘peshmerga’
(força que combate o ISIS) e necessitamos receber apoio da União Europeia e dos
Estados Unidos – disse o líder dos cristãos combatentes.
http://noticias.gospelmais.com.br/cristaos-armas-estado-islamico-71127.html
Eles devem ter-se convencido da falácia daquela promessa "Nenhum
mal de sucederá" (Salmos, 91:10). Não admitem dizer, mas, na
prática demonstram que seu deus nada pode fazer por eles. São eles que tem
que proteger o deus a quem adoram. Mas ainda não entenderam isso.