EXALTAÇÃO À SANTA CRUZ

 

O dia 14 de setembro é, para os católicos, o dia de "exaltação da santa cruz", o que outros cristãos criticam, com uma certa lógica.  Imagine alguém adorando a santa forca ou a santa cadeira elétrica!

 

"A história mostra que é um ritual pagão e não cristão para além de que representa algo pouco...cristão...

“Diversas gravuras de cruzes se acham em toda a parte nos monumentos e túmulos egípcios, e são consideradas por muitas autoridades símbolo ou do falo [uma representação do órgão sexual masculino] ou do coito. . . . Nos túmulos egípcios, a cruz ansada [cruz com um círculo ou uma asa em cima] se acha lado a lado com o falo.”
A Short History of Sex-Worship (Londres, 1940), H. Cutner, pp. 16, 17; veja também The Non-Christian Cross, p. 183.

“Usavam-se essas cruzes como símbolos do deus-sol babilônico, e são vistas pela primeira vez numa moeda de Júlio César, 100-44 A.C., e daí numa moeda cunhada pelo herdeiro de César (Augusto), em 20 A.C. Nas moedas de Constantino, o símbolo mais freqüente é a cruz; mas, o mesmo símbolo é usado sem o círculo ao redor, e com os quatro braços iguais, verticais e horizontais; e este era o símbolo especialmente venerado como a ‘Roda Solar’. Deve-se declarar que Constantino era um adorador do deus-sol, e não quis entrar na ‘Igreja’ senão cerca de um quarto de século depois da lenda de ter visto tal cruz nos céus.” —
The Companion Bible, Apêndice N.° 162; veja também The Non-Christian Cross, pp. 133-141.

 

A palavra grega traduzida por “cruz” em muitas versões modernas da Bíblia é stau·rós. No grego clássico, esta palavra significava meramente uma estaca reta, ou poste. Mais tarde, veio também a ser usada para uma estaca de execução com uma peça transversal. The Imperial Bible-Dictionary reconhece isso, dizendo: “A palavra grega para cruz, [stau·rós], devidamente significava uma estaca, um poste reto, ou pedaço de ripa, em que algo podia ser pendurado, ou que poderia ser usado para estaquear [cercar] um pedaço de terreno. . . . Até mesmo entre os romanos a crux (da qual se deriva nossa cruz) parece ter sido originalmente um poste reto.” — Editado por P. Fairbairn, (Londres, 1874), Vol. I, p. 376.

Foi esse o caso no que diz respeito à execução do Filho de Deus? É digno de nota que a Bíblia emprega também a palavra xý·lon para identificar o instrumento usado. A Greek-English Lexicon, de Liddell e Scott, define isto como significando: “Madeira cortada e pronta para uso, lenha, madeiro, etc. . . . pedaço de pau, tora, viga, poste . . . porrete, cacete . . . estaca em que os criminosos eram pregados . . . de madeira verde, árvore.” Diz também “no NT, da cruz”, e cita Atos 5:30 e 10:39 como exemplos. (Oxford, 1968, pp. 1191, 1192) Entretanto, nesses versículos a Al, IBB, MC e BJ traduzem xý·lon por “madeiro”. (Compare esta forma de tradução com Gálatas 3:13; Deuteronômio 21:22, 23.)
 

FORMATO DA CRUZ CRISTÃ É DUVIDOSO


A obra The Non-Christian Cross, de autoria de J. D. Parsons (Londres, 1896), diz: “Não existe uma única sentença em qualquer dos inúmeros escritos que formam o Novo Testamento que, no grego original, forneça sequer evidência indireta no sentido de que o stauros usado no caso de Jesus fosse diferente do stauros comum; muito menos no sentido de que consistisse, não em um só pedaço de madeira, mas em dois pedaços pregados juntos em forma de uma cruz. . . . É um tanto desencaminhante, da parte de nossos mestres, traduzirem a palavra stauros por ‘cruz’ ao verterem os documentos gregos da Igreja para a nossa língua nativa, e apoiarem tal medida por incluírem ‘cruz’ em nossos léxicos como sendo o significado de stauros, sem explicarem cuidadosamente que esse, de qualquer modo, não era o significado primário dessa palavra nos dias dos Apóstolos, que não se tornou seu significado primário senão muito depois disso, e só se tornou tal, se é que se tornou, porque, apesar da falta de evidência corroborativa, presumiu-se, por uma razão ou outra, que o stauros específico em que Jesus foi executado tinha esse determinado formato.” — Pp. 23, 24; veja também The Companion Bible (Londres, 1885), Apêndice N.° 162.

Assim, o peso da evidência indica que Jesus morreu numa estaca reta e não na cruz tradicional."

 

ARGUMENTO DIVERSO APARECE NA MESMA DISCUSSÃO:

 

"O Primeiro é do Escritor Eclesiástico Tertuliano, que viveu entre os anos 160 e 220, que afirma" em todas as nossas viagens e movimentos, em todas as nossas chegadas e saídas, ao colocar os nossos sapatos, ao tomar banho, na mesa, ao acender as nossas velas, ao deitar, ao levantar (...) em qualquer tarefa que nos ocupemos, nos marcamos com o sinal da cruz" (Apologeticum 32).


Primeiramente, se traçava o sinal da cruz na testa, como sinal de identificação entre os cristãos na época das perseguições, junto com o símbolo do peixe, que em geral se colocava nas portas das casas.

Depois gostaria de colocar o testemunho pagão, manifestado na inscrição encontrada no Fórum Romano, por volta do ano 210, o assim chamado Grafite de Alexamenos, onde se representa o Asno crucificado, onde temos uma cruz no sentido q usamos hoje.

Gostaria tb de colocar todas as lápidas das catacumbas, onde a arqueologia manifesta de maneira clara a maneira de representar a cruz, tal e qual a temos hoje, já que nossos modelos são tirados daí."

<http://quemtembocavaiaroma.livreforum.com/t516-origem-do-sinal-da-cruz>

 

"ICTUS, ICThUS ou IChThUS () é a tradução no grego antigo para peixe. Esta palavra foi considerada pelos cristãos primitivos como um acróstico da expressão Iesus Christos Theou Uios Soter, que quer dizer Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador. Atualmente o peixe é o símbolo da igreja cristã primitiva, e continua sendo usado por algumas denominações cristãs da atualidade."

"Crucifixo (Cruz de Cristo) é um símbolo de veneração, que foi iniciado pelos cristãos durante o período após a crucificação de Jesus. Naquele período os seguidores de Jesus, se organizavam e reuniam-se às escondidas para confabularem, pois eram perseguidos, e para se identificarem como cristãos, usavam um símbolo, que era o desenho de um Peixe."

"Outros símbolos do cristianismo primitivo, por vezes ainda utilizados, eram o Alfa e o Ómega (primeira e última letras do alfabeto grego, em referência ao facto de Cristo ser o princípio e o fim de todas as coisas), a âncora (representando a salvação da alma chegada ao bom porto) e o "Bom Pastor", a representação de Cristo como um pastor com as suas ovelhas."

<http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080115193734AAFxrcH>

 

"A palavra PEIXE em grego é ICHTUS, foi o símbolo dos cristãos primitivos, porque suas letras iniciais formavam o ideograma que significava: Iesus Christos Theos Uios Soter (Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador), além do que, o maior símbolo da fertilidade e multiplicação não é o coelho e sim o peixe, através de sua extraordinária quantidade de ovos."

<http://nucleodafe.com.br/igreja/index.php?option=com_content&view=article&id=170&Itemid=112>

 

 "Correspondente ao verbo “stauroo” que era mais comum; stauros pode significar uma estaca, onde um criminoso era executado e ficava exposto publicamente para vergonha, numa forma adicional de punição. Era usado para enforcamento (provavelmente Diod.Sic.2,18,2), empalamento ou estrangulamento. Stauros poderia também ser uma instrumento de tortura, talvez no sentido do Latim patibulum, patíbulo, uma simples trave ou viga colocada nos ombros. Finalmente, poderia ser um instrumento de execução na forma de uma estaca vertical e uma viga do mesmo comprimento formando uma cruz, no sentido mais restrito da palavra. Tinha a forma de um “T” (do Latim crux commissa - cruz comissa) ou de um + ( crux immissa - cruz imissa) - ( Vol. 1, pg. 391).

A palavra grega “xylon” significa "madeira, um pedaço de madeira, ou qualquer coisa feita de madeira" e pode se referir a uma cruz conforme indicado no Dicionário expositivo, de Vine (Vine’s Expository Dictionary Vol. 4, p. 153.)"

<http://vigiandoatorre.com/cruz.htm>

 

É fato não negado que os romanos crucificavam criminosos.  E os hebreus, segundo informam suas escrituras sagradas chamadas pelos cristãos de Velho Testamento, penduravam criminosos em madeiro também. Mas a forma do instrumento de tortura continua mesmo duvidosa.    Pois o artigo citado acima informa que existiam vários tipos de cruz, entre eles, a estaca simples, bem como a cruz que se conhece hoje.

 

A grande dúvida que paira no pensamento dos bons historiadores de hoje não é simplesmente se a cruz era de uma peça, duas, ou três, mas também se existiu mesmo esse Jesus que dizem ter sido crucificado.  Quando se considera o seguinte fato: nos dias em que Jesus teria vivido, nenhum escritor fez qualquer referência a ele.  Aliada a falta de referências ao grande número de contradições que encontramos desde o nascimento até a ressurreição,  é de se desconfiar que Jesus tenha sido mesmo um personagem inventado.  E, para um personagem fictício, cada grupo pode escolher o tipo de cruz que melhor lhe convier.

 

O que parece mais estranho no Cristianismo é a adoração da cruz.   Há um grupo cristão que afirma que os cristãos primitivos não usavam a cruz como símbolo do cristianismo, jamais adorando esse instrumento de tortura. Argumenta:

 

"Como você se sentiria se um de seus mais queridos amigos fosse executado sob falsa acusação? Você faria uma réplica do instrumento de execução, ou seja uma forca ou uma cadeira elétrica? Beijaria tal réplica, acenderia velas ou a usaria em seu pescoço como enfeite? Poderia dizer - Claro que não."   É uma esquisitice mesmo!  Mas, como outros detalhes do cristianismo, parece que a cruz cristã teve muita inspiração no uso da cruz pelos povos antigos.

 

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