A DEMOCRACIA BANG-BANG

"Todos sabem que a Libia não foi "libertada" pelos rebeldes. Todos sabem que a OTAN bombardeou o país, a CIA e & forneceram armas, instrutores entraram no país para ajudar o "rebeldes", e finalmente conseguiram encurralar Kadafi e assassiná-lo, desfecho já esperado por todos desde que a OTAN se intrometeu na Líbia, apoiada nos "rebeldes", para retomar o controle do petroleo da Líbia, um dos depósitos maiores do mundo. Nâo foi uma libertação. Foi uma guerra de conquista, uma guerra dos mais fortes contra o mais fraco, uma guerra de dominação, pelo controle dos depósitos de petróleo. Isto, todo mundo sabe.
O assasinato de Kadafi, aprisionado com vida, bem como seu filho, é mais uma página dos crimes contra a Humanidade, semelhante ás bombas sobre Hiroshima, Nagasaki,  semelhante ao apoio que os EUA deram aos golpes no Brasil, em 64, ao Chile, em 73, levando á morte de seu presidente eleito, Salvador Allende, á Argentina em 76, Bolivia, Uruguai, Nicarágua e outros países da América Latina. Mas, no caso da Líbia, os EUA não agiram sozinhos. Foram acompanhados pela França, Inglaterra e demais aliados da OTAN.
Entretanto, como vemos o que acontece na Grécia, na Espanha e nos próprios EUA, com o movimento Ocupy Wall Street, percebemos que o Imperialismo, abrindo todas as suas mãos para dominar o mundo, não consegue fazer o movimento de contrair os dedos para segurar tudo. As contradições entre os países dominadores e os dominados, as contradições do próprio capitalismo no interior dos próprios Estados Unidos, levam a que os dominados sigam seus caminhos de luta, em busca de um mundo melhor para todos." (Mensagem de uma amiga).

Sorte dos líbios.  Ao ver Kadafi morto, parece que ninguém pensa em quantos morreram sob seu comando.  Sem ajuda externa, eles não se libertariam, continuariam oprimidos e executados sem chances de defesa.

Muitas tentativas foram feitas pelas nações unidas para terminar seu regime bárbaro de forma civilizada.  Mas ele resistiu e matou o quanto pôde.  Politicamente correto seria prendê-lo e julgá-lo pelos crimes que cometeu.  Mas o povo de lá, após tanta humilhação, não devia ter mais paciência diante de um mostro desse.

No passado, os presidentes americanos estiveram ao lado dos tiranos.  Se hoje ajudam a combatê-los, a coisa está ficando melhor.

Tivessem os brasileiros, chilenos, argentinos, etc. a sorte dos líbios, não teríamos passado por uma período tão cruel quando foi a ditadura militar.