DEMOCRACIA CORRUPTA OU DITADURA?
O quadro acima foi criado em resposta
ao preocupante movimento de pessoas que propugnam o retorno desse regime tão
nocivo, sob a alegação de que não podemos suportar tanta corrupção.
Um dos membros do movimento respondeu o seguinte:
"O
Brasil é o campeão mundial de homicídios, amigo. Nem em países em guerra tantas
pessoas são assassinadas como aqui. Já ouviu falar no caso Celso Daniel? E no
caso toninho do PT? Sabe quem foi Mario Kozel filho? Respeito sua opinião, mas
você está delirando se acha que está numa democracia. Quando a "revolução"
petista estiver completa, todos irão se arrepender por não ter impedido. Mas
enfim, você é quem sabe."
Ante tal comentário, achei necessário
uma explicação da diferença entre a violência criminosa existente hoje e a
violência institucionalizada na ditadura:
"O Brasil pode ser o campeão de homicídios, mas os homicídios em tese são
punidos. Celso Daniel foi assassinado? Foi um crime. Políticos desviam dinheiro
público? Sim, mas isso está sendo julgado.
O que não queremos é voltar a um governo que manda torturar
e matar como se tudo fosse legal; um governo onde todos têm que ficar de
boca fechada; um governo onde a imprensa não pode denunciar nada, e quem tenta
fazê-lo acaba como Vladmir Herzog; etc."
Entretanto, embora apareçam muitas pessoas para apoiar minha explicação, ainda
continuaram a surgir alguns defendendo o lado que prefere o retorno de uma
situação que podemos ilustrar assim:
Estamos cansados dos furtos. Então, vamos tirar esses caras do poder e
colocar aqueles que assaltam e matam as vítimas e as testemunhas do crime.
"O regime foi marcado
pelas restrições ao trabalho do Legislativo e do
Judiciário, blindagem do Executivo – e, consequentemente, de todas as
instituições civis e militares subordinadas ao governo federal –, censura à
imprensa e repressão à sociedade civil.
A falta de fiscalização autônoma a agentes públicos,
segundo o historiador Pedro Henrique Pedreira Campos, praticamente impedia o
combate à corrupção. "Era um cenário ideal para
práticas corruptas", diz ao UOL o historiador, autor do livro "Estranhas
Catedrais - As Empreiteiras Brasileiras e a Ditadura Civil-militar", que aborda
a ligação das empresas de construção com o regime.