O DEUS IMPOSSÍVEL
Um ser que tivesse
criado todas as coisas não teria dado informações falsas sobre o universo, e sua
palavra não poderia informar a ocorrência de fatos que não aconteceram. Essas
coisas existem na palavra inspirada do deus predominante no mundo atual, o que é
prova de que ele é tão verdadeiro quanto os outros.
Está escrito que o deus adotado pelos judeus abriu o mar para passagem dos
israelitas e afogou o exército egípcio, livrando com perfeição os dois milhões
de hebreus, que passaram mais quarenta anos vivendo em um deserto.
Posteriormente, esse deus operou grandes prodígios, matando milhares de pessoas
em defesa do povo hebreu, que, sob a ordem divina, destruiu várias nações
ocupantes da terra prometida, sendo autorizados a pegar as meninas virgens de
algumas para uso próprio.
Vez ou outra, aquele povo perdia uma batalha, mas isso era somente castigo desse
deus por sua desobediência. Ele era um pai severo, que castigava porque amava,
mas sempre defendia seu povo.
Esse deus tinha uma regras um tanto incompreensíveis, como vingar "a maldade dos
pais nos filhos até a terceira e a quarta geração", mas era o deus perfeito,
justo e bom.
Até certa altura da história, esse deus destruía sem piedade quem fosse contra
seu povo escolhido; até mandou uma ursa para matar quarenta e dois meninos que
zombaram de um de seus homens inspirados, satisfazendo o instinto de vingança
dele (II Reis, 2:24). Esse deus até secou a mão de um rei que o desagradou (1
Reis 13:4).
Depois de determinado tempo, esse deus começou a deixar os adoradores de outros
deuses massacrarem seu povo escolhido, só fazendo alguns grandes milagres em
particular, como defender um de seus profetas jogado na cova dos leões e impedir
que três de seus servos jogados em uma fornalha se queimassem, mas a escravidão
de seu povo escolhido por adoradores de Marduque e outros deuses ele não
impedia.
Estranhamente, esse deus prometeu várias vezes que seu povo iria dominar as
outras nações e nunca mais seria molestado por ninguém, mas não cumpriu o
prometido. Seu povo foi sendo dominado por sucessivos impérios de adoradores de
outros deuses, mas a promessa de livramento e domínio do mundo não se cumpria,
até um dia esse povo ser expulso da terra que esse deus prometera ser deles.
Daí em diante, apareceu um novo grupo de adoradores desse deus dizendo que ele
havia abandonado seu povo escolhido e entregado sua missão aquele grupo, que
fazia parte de todas as nações.
Inexplicavelmente, esse deus não deu poder bélico ao seu novo povo, mas mandou o
próprio filho para ser humilhado e crucificado como sacrifício pelos pecados em
substituição àqueles animais que são sacrificados pelo seu antigo povo
escolhido, e deixou seus novos escolhidos à mercê dos outros povos, para serem
torturados e mortos em seu nome, prometendo seu filho que retornaria muito
brevemente para reunir seus adoradores e destruir aqueles que os perseguia.
Como esse deus filho não retornou dentro daquela geração como prometido (Mateus,
24:34 e 16: 28), aqueles novos escolhidos resolveram fazer a própria vingança.
Daí em diante, eram os que não acreditassem nesse deus tratante que eram
perseguidos, presos, torturados e assassinados das formas mais horríveis
possíveis.
Como sempre aconteceu com os dominadores, um dia esses novos representantes do
deus todo-poderoso perderam o poder também. Entretanto, a essa altura, mediante
a violência, esse deus já se tornara o único deus verdadeiro para a maior parte
do mundo.
Hoje, as análises arqueológicas dão conta de que não houve aquela peregrinação
de uma multidão pelos deserto por quarenta anos; não ocorreu uma inundação de
todo o planeta como diz a tal palavra divina; e os historiadores do primeiro
século da era atual não souberam da existência de um Yeshua crucificado e
ressuscitado; nem houve registro de uma escuridão de três horas sobre todo o
planeta (Mateus 27:45), que deveria ter sido vista por bem mais da metade do
mundo. Todavia, mais de dois bilhões de pessoas ainda acreditam nessa estória.
A tal palavra divina disse que esse deus "estendeu a terra sobre as águas"
(Salmos, 136: 6) e ele próprio escreveu em tábuas de pedra proibido fazer e
adorar imagens do que há "nas águas debaixo da terra" (Deuteronômio, 5:
8), o que prova que essa palavra sagrada reflete nada mais do que o pensamento
equivocado dos homens primitivos. Não obstante isso, esses dois bilhões de
pessoas dizem que não temos prova de que esse deus não exista!
Se um deus se engana sobre a forma do nosso mundo e de todo o universo, não é
possível ser o criador de todas as coisas. Se ele prometeu domínio do mundo a um
povo várias vezes e esse povo não o conseguiu, não pode ser ele um deus onipotente.
Se a palavra dele informa fatos que não ocorreram, ele não é um deus verdadeiro.
Acreditar em um deus quando o que se tem sobre ele é só informações equivocadas
não é uma decisão racional. É impossível a existência desse deus.
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