DEUS É UM TORTURADOR COMO SEUS
CRIADORES
Psicóloga afirma que a Bíblia é a favor da tortura, e que
o próprio Deus é um torturador
Por Dan Martins em 7 de janeiro de 2015
A psicóloga e escritora norte americana Valerie Tarico comentou recentemente um
inquérito da CIA sobre a tortura e, sobretudo, a reação de grupos cristãos
diante da revelação de feita pelo Senado norte americano de que a agência de
inteligência do país torturou muitas pessoas, algumas inocentes, até a morte; e
que evidências sugerem que essa tortura não teria extraído nenhuma informação
que salvou vidas.
Em um texto publicado em seu site, Tarico afirma que a revelação foi dolorosa
para muitos cristãos moderados, que veem seu Deus como um Deus de amor; mas
ressalta que a maioria dos norte-americanos, sobretudo cristãos, são a favor da
tortura. Ela afirma ainda que os cristãos que desaprovam a tortura são
confrontados “dentro de suas próprias fileiras”, e que a própria Bíblia é a
favor da prática da tortura.
Segundo a psicóloga, que é autora do livro Trusting Doubt: A Former Evangelical
Looks at Old Beliefs in a New Light (“Confiar na Dúvida: Uma antiga evangélica
olha para velhas crenças a uma nova luz”, em tradução livre), a Bíblia
“subscreve tortura regularmente, por meio de histórias, leis, profecias e
sermões; incluindo a partir da boca do próprio Jesus”.
Para defender este argumento, ela lista vários pontos na Bíblia onde, segundo
ela, a Bíblia encoraja ou aprova a prática da tortura.
Valerie Tarico começa sua lista com a “Maldição de Eva”, afirmando que “dor
intensa e prolongada, aplicada como punição, aparece quase imediatamente nas
páginas da Bíblia, infligida pelo próprio Deus”. Citando a passagem de Gênesis
2:16, ela afirma que neste momento a Bíblia defende a tortura como forma de
punição.
Usando uma série de versículos bíblicos para apoiar seus argumentos, a psicóloga
afirma ainda que a Bíblia, e o próprio Deus, é também a favor da tortura como
teste de lealdade, citando os relatos sobre Jó, e afirmando que “um homem justo
torna-se objeto de uma aposta divina entre Deus e satanás”. Ao falar sobre os
relatos do Êxodo, ela afirma ainda que Deus usa a tortura como uma demonstração
de força, descrevendo a história de Moisés conduzindo o povo hebreu para fora do
Egito como “o conto de um ser sobrenatural brincando com os mortais, porque ele
pode, infligindo rodada após rodada de terror” com o objetivo de “exibir seu
poder”.
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Citando uma série de trechos das Escrituras Sagradas do cristianismo, a
escritora segue afirmando que a Bíblia é a favor da tortura, e finaliza usando o
inferno como exemplo da “tortura como forma de eternidade” que, segundo ela, é
apoiada pela Bíblia.
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A moral religiosa, ditada do alto, pode ser tão contraditória ou cruel quando o
deus que dita [essa moral], ou a cultura que criou esse deus.
Quando Deus é a versão sobrenatural de um caudilho da Idade do Ferro, é quando
tudo se torna possível, inclusive tortura – finaliza Tarico.