DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
O Dia Internacional pela Eliminação da
Violência contra a Mulher celebra-se anualmente no 25 de novembro para denunciar
a violência contra as mulheres no mundo todo e exigir políticas em todos os
países para sua erradicação. A convocação foi iniciada pelo movimento feminista
latinoamericano em 1981 para marcar a data em que foram assassinadas as irmãs
Mirabal na República Dominicana. Em 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas
em sua resolução 54/134 assumiu o 17 de dezembro como data para a jornada de
reivindicação convidando a governos, organizações internacionais e organizações
não governamentais a convocar atividades dirigidas a sensibilizar a opinião
pública sobre o problema da violência contra a mulher.[1]
A violência de gênero tornou-se um problema estrutural que afeta as mulheres
aumentando a subordinação ao gênero masculino.[2] Origina-se na falta de
igualdade das relações entre homens e mulheres em diferentes âmbitos e a
discriminação persistente para as mulheres.[3] Trata-se de um problema social
presente tanto no âmbito doméstico quanto no público em diferentes vertentes:
física, sexual, psicológica, econômica, cultural, etc. e afetam as mulheres
desde o nascimento até a idade avançada. Não está confinada a uma cultura,
região ou país específico, nem a grupos particulares de mulheres na
sociedade.[4]
O combate contra a violência de gênero tem uma importante dimensão política,
afirmam especialistas de diferentes âmbitos.[5] A educação e uma resposta
adequada da justiça que evite a impunidade são importantes chaves para lutar
contra a violência que oprime as mulheres. Atingir a igualdade de género passa
necessariamente por «transformar as regras sociais» e os papéis que subordinam a
mulher, defende a diretora regional de ONU Mulheres para as Américas e o Caribe,
Luiza Carvalho.[6]
A forma mais comum de violência experimentada por mulheres a nível mundial é a
violência física infringida por um casal íntimo, incluindo mulheres golpeadas,
obrigadas a ter relações sexuais ou abusadas de alguma outra maneira. Entre as
formas cotidianas de violência contra as mulheres —denuncia a ONU— encontra-se
também o tráfico de mulheres, a mutilação genital feminina, o assassinato por
causa de dote, o "homicídio por honra", a violência sexual nos conflitos
armados, etc.[4]
Até 70 por cento das mulheres sofrem violência ao longo da suas vidas.[4]
"A violência contra as
mulheres também é um problema sério em muitos países de maioria
islâmica. De acordo com a Organização das Nações Unidas, uma em cada
três mulheres em todo mundo sofre violência física ou sexual durante a
vida. No entanto, em alguns países esse número é ainda mais alarmante."