Segundo o catolicismo,
o dia de finados tem origem que remonta ao primeiro século da era cristã.
Mas conforme outros pesquisadores, a escolha do dia 2 de novembro na Idade Média
teve a finalidade de combater o Dia das Bruxas, de 31 de outubro.
A explicação católica é
a seguinte:
"Desde o século 1º, os
cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas
catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já
encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século
5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais
ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI, os
Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a
comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Desde o século XIII, esse dia
anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de
novembro é a festa de "Todos os Santos". O Dia de Todos os Santos celebra todos
os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os
Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração."
O dia de finado surgiu em razão do Dia
das Bruxas.
"A história desta data
comemorativa [Dia das Bruxas] tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta,
que acreditava que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saiam
dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes
fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por
exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.
Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando
passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram
perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.
Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja
cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).
Essa crença
adotada pelos judeus ao viverem na Babilônia de que os mortos ressuscitam é
um grande conforto para os religiosos, que passaram a suportar com menos
tristeza as agruras da vida diante da esperança de um dia ter uma vida eterna e
sem sofrimento. Mas como também aprenderam a ideia de que os que não
merecerem essa vida devam também ressuscitar e ter uma eternidade de tortura,
devem ter também momentos de considerável preocupação.
Tanto cristãos quanto
pagãos (nome dados aos povos que professavam outras religiões) acreditavam em
espíritos. Mas, para os cristãos, as crenças dos pagão eram falsas,
só
as dos cristãos seriam verdadeiras. Daí, a
intolerância e o esforço
para
eliminar as outras crenças.