18 de julho
“A Trova tomou-me inteiro,
tão amada e repetida,
que agora traça o roteiro
das horas da minha vida!…”
(Luiz Otávio)
De tradição medieval, rápida de ler e
fácil de gravar, a trova é uma
manifestação literária europeia formada
por um poema em quadra, com uma estrofe
dividida em quatro versos e rimas
alternadas. No Brasil, o Dia do
Trovador é comemorado em 18 de julho,
data de nascimento do poeta carioca Luiz
Otávio, pseudônimo literário de Gilson
de Castro, que foi um dos principais
difusores do gênero no país.
Segundo Ercy Maria de Faria, delegada da
União Brasileira de Trovadores (UBT), as
trovas podem seguir rimas de diferentes
estilos, sendo alternadas ou
interpoladas. “É a quadrinha, como é
conhecida popularmente. O importante é
ter um verso só, seguir a métrica e
fazer sentido dentro dessas limitações.
As quatro frases rimadas devem contar
uma história completa”, explica.
Na década de 1940, o trovadorismo ganhou
força no Brasil, com os poetas Tomaz
Antonio Gonzaga, Manuel Bandeira,
Mário de Andrade, Carlos
Drummond de Andrade, Gonçalves
Dias e Castro Alves. Em 1966,
o próprio Luiz Otávio fundou a
UBT, no Rio de Janeiro (RJ).
Trova moderna
Ganhadores de sete prêmios da
Funarte e um do Ministério da Cultura, o
grupo Palhaços Trovadores adapta obras
universais, como de William Shakespeare,
com tradições populares brasileiras:
folguedo, cantigas, danças folclóricas,
trovas, entre outros. “Desde a primeira
oficina de formação, as trovas motivaram
nossa união e, depois, nossos
espetáculos. Usamos a trova para chamar
as cenas e ela faz parte dos elementos
poéticos do grupo”, explica Marton
Maués, diretor do Palhaços Trovadores.
As principais obras literárias do
trovadorismo são separadas por temas. Os
mais frequentes são as trovas líricas,
que falam dos sentimentos, do amor e da
saudade. As trovas filosóficas focam em
pensamentos e ensinamentos e as
satíricas fazem graça das pessoas e
situações.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura
<http://cultura.gov.br/dia-do-trovador-destaca-tradicao-poetica-brasileira/>
No Dia Nacional do Trovador, eu não poderia deixar de consignar a minha própria trova:
“Certo dia eu parei,
parei para pensar,
em parar eu pensei,
parei de acreditar
.”