O Dia Internacional de Ação Pela Saúde
da Mulher foi definido no IV Encontro Internacional Mulher e Saúde que
ocorreu em 1984, na Holanda, durante o Tribunal Internacional de Denúncia e
Violação dos Direitos Reprodutivos, ocasião em que a morte materna apareceu com
toda a sua magnitude. A partir dessa data, o tema ganhou maior interesse e no V
Encontro Internacional Mulher e Saúde, realizado em São José da Costa Rica, a
Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe - RSMLAC, propôs que a
cada ano, no dia 28 de maio, uma temática nortearia ações políticas que
visassem prevenir mortes maternas evitáveis.
A mortalidade materna é um importante indicador da qualidade de saúde ofertada
para as pessoas e é fortemente influenciada pelas condições socioeconômicas da
população. Em média, 40% a 50% das causas podem ser consideradas evitáveis. O
atraso no reconhecimento de condições modificáveis, na chegada ao serviço de
saúde e no tratamento adequado, está entre as principais causas das altas taxas
de mortalidade materna ainda presentes na maior parte dos estados brasileiros. O
principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal é garantir o bem-estar
materno e fetal. Para isso, as equipes de saúde da Atenção Primária devem
acolher a mulher desde o início da gravidez (o mais precocemente possível, no
início ou até antes da gestação); reconhecer, acompanhar e tratar as principais
causas de morbimortalidade materna e fetal; e estar disponíveis quando ocorrerem
intercorrências durante a gestação e puerpério.
Fontes:
Fundação Oswaldo Cruz
Núcleo de Telessaúde UFRGS
Rede Feminista de Saúde