Nesta quinta-feira, 5 de março, comemoramos o Dia Nacional da Música Clássica
ouvindo Heitor Villa-Lobos. A data justamente celebra o aniversário do
compositor, maior nome da história da música de concerto brasileira.
Um decreto do governo federal de 13 de Janeiro de 2009, colocou essa
comemoração em13 de janeiro.
Música de concerto, chamada
popularmente de música clássica ou música erudita, é a principal variedade de
música produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica
ocidental. Abrange um período amplo que vai aproximadamente do século IX até o
presente[1] e segue cânones preestabelecidos no decorrer da história da música.
Apesar do nome que remete a algo do 'passado' ou 'antigo', esta variedade de
música é escrita também nos dias de hoje, através de compositores do século XXI
que criam obras inéditas, originais e atuais.
Alguns estudiosos definem a música de concerto como aquela que se baseia
principalmente na clareza, no equilíbrio, na objetividade da estrutura formal,
em lugar do sentimentalismo exagerado ou da falta de limites de linguagem
musical. Já segundo o Dicionário Grove de Música, este tipo de música seria
fruto da erudição e do estudo formal e não apenas das práticas folclóricas e
populares.[2] Esta última definição porém é controversa ao não observar a
existência de gêneros musicais normalmente associados à música popular e que
simultaneamente são fruto do estudo. Dessa forma, a linha que separa a chamada
música erudita da música popular seria muito frágil, e nunca houve de fato um
consenso de onde estaria o ponto em que ocorreria uma suposta separação. Segundo
grandes estudiosos da música e de teoria musical, o termo que melhor representa
a música dos grandes compositores é música de concerto, o que demonstra a
impossibilidade de classificá-la, pois como afirma Ênio Squeff, "Beethoven não
tem nada de erudito, nem Villa-Lobos. A música de concerto é aquela
inclassificável. É a gênese da atividade musical".[3]