Os povos indígenas habitam o Brasil
desde milênios antes dos portugueses colonizarem o país. Naquela época os povos
nativos vivam da caça, pesca, coleta e da agricultura do local.
A chegada dos portugueses fez trouxe diversas doenças para o país, fazendo com
que a população indígena fosse amplamente exterminada, e o número de índios caiu
para 150 mil em meados do século XX. A população continuou caindo até 1980,
quando a tendência invertida e ela começou a crescer em um ritmo acelerado.
Os índios ainda lutam para garantir as suas terras, e também são acusados de
promover retrocessos de maneira deliberada, o que atrai muitas críticas tanto de
brasileiros como no exterior. Eles possuem uma cultura própria, com tradições
que eles praticam há muitos anos. Possuem também celebrações específicas do seu
povo, com formas particulares de comemorar.
Nesse último período de governo de
estrema direita, houve certo agravamento de maus tratos às comunidades indígenas
brasileiras.
"Desde a ascensão de Jair Bolsonaro à
presidência do Brasil, a situação dos povos nativos se
agravou devido à sua postura abertamente contrária aos interesses indígenas.
Bolsonaro fez várias declarações preconceituosas e ofensivas e implementou
medidas que os ameaçam ou prejudicam.[49][50][51][52][53] Segundo Leonardo
Sakamoto, "Jair Bolsonaro tem deixado claro seu incômodo com os direitos das
populações indígenas aos seus territórios desde que era apenas deputado federal.
Agora, no controle do Poder Executivo, dá início a uma ofensiva contra esses
povos que tem tudo para repetir as ações de consequências genocidas levadas a
cabo na ditadura militar ao negar-lhes terras, forçar sua aculturação,
dificultar acesso a alimentos e permitir a exploração econômica de seus
territórios por terceiros, mesmo à revelia".[54] Em novembro de 2019 o Coletivo
de Advocacia em Direitos Humanos e a Comissão Arns apresentaram denúncia ao
Tribunal Penal Internacional acusando Jair Bolsonaro de "crimes contra a
humanidade" e "incitação ao genocídio contra os povos indígenas do Brasil". Em
julho de 2020 a APIB apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal
argumentando que existe um racismo institucionalizado e que "está em curso um
genocídio".[19] Segundo Fiona Watson, diretora de pesquisas da organização
Survival International, "continuamos recebendo dezenas de relatórios de todo o
Brasil sobre o que parece ser uma guerra aberta contra as comunidades
indígenas". Sydney Possuelo, ex-diretor da Funai e defensor dos direitos
indígenas, disse que "a situação dos povos indígenas do Brasil nunca foi boa.
Mas, durante 42 anos de trabalho na Amazônia, este é o momento mais perigoso que
já vi". David Karai Popygua, porta-voz dos guarani, declarou: "É
como se nós, agora, fôssemos um alvo do Governo a ser eliminado".[55]