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O
VOLUME DE ÁGUA EXISTENTE NA ATMOSFERA E O DILÚVIO BÍBLICO
O Dilúvio Bíblico e as Evidências Científicas
Ruy
Miranda (Ele não é pessoa religiosa)
Textos da Bíblia e a Ciência |
Existe um desacorde entre a
informação da Bíblia, no Livro do Gênesis, relativa ao
dilúvio, e dados científicos e técnicos disponíveis hoje.
Tal desacordo situa-se no volume de água envolvido no
processo.
Segundo o texto bíblico, choveu muito, a terra foi coberta
pela água da chuva, incluindo-se os montes. Segundo os dados
obtidos por medições da água em suspensão na atmosfera e da
área que essa água poderia cobrir, é impossível que o nível
da água proveniente dessa chuva cobrisse sequer 1 (um) metro
de toda a superfície do planeta.
Acontecimentos Anteriores
Deus resolveu destruir o homem e os
outros animais que habitavam a terra. Achou por bem,
contudo, poupar Noé, sua família e representantes de cada
espécie animal. Instruiu Noé a fazer uma arca que os
manteria vivos durante um dilúvio.
Quando Noé, a família e os animais já se achavam dentro da
arca, começou a chover.
A chuva caiu sobre a terra durante quarenta dias e
quarenta noites.
As águas cresceram e levantaram a arca, que foi elevada
sobre a terra. As águas iam sempre crescendo, engrossando e
subiam muito acima da terra, e a arca flutuava à superfície
das águas. A enchente aumentava cada vez mais, e tanto que
cobriu os altos montes existentes sob os céus; as águas
ultrapassaram quinze côvados o vértice dos montes por ela
cobertos.
A questão que se coloca é: havia tanta água em suspensão na
atmosfera para cobrir os montes? As evidências apontam para
uma resposta negativa.
Água na Atmosfera e Água na Terra
O que teria acontecido se toda a água existente na atmosfera
tivesse caído durante aqueles quarenta dias e quarenta
noites?
Os cálculos indicam que na atmosfera do planeta existem
aproximadamente 0,013 x 1015 m3 de
água. Isso corresponde a aproximadamente 13 x 1018cm3
de água. Então a pergunta fica sendo assim: o que teria
acontecido na superfície do planeta se, durante quarenta
dias e quarenta noites, 13 x 1018cm3
de água caíssem em forma de chuva?
Para responder esta pergunta precisamos saber a área da
superfície do planeta. Ela é de aproximadamente 510.067.000
Km2. Isso corresponde a aproximadamente 51 x 1017cm2.
Se admitíssemos que o planeta é todo plano e que os mares,
lagos, rios e córregos ficassem no mesmo nível do que é
terra, essa água ficaria em uma altura que é fornecida por
uma equação simples, a saber:
V = A x h onde V é volume, A é área e h a altura. Para se
obter a altura a equação é a seguinte: h = V/A
Substituindo-se V pelo volume de água existente na atmosfera
e A pela área da superfície do planeta, temos:
h = 13 x 1018cm3/51 x 1017cm2
= 2,55 cm
Logo, se toda a água existente na atmosfera caiu sobre o
planeta, independente do tempo da chuva, a altura atingida
foi de 2,55 centímetros, segundo os dados disponíveis.
Deparamo-nos então, com o primeiro desacordo entre a Bíblia
e nossos conhecimentos atuais no que diz respeito ao
dilúvio.
Água nos Mares
Uma vez que a existência de montanhas compromete a conclusão
acima, vamos admitir que toda a água em suspensão caísse
sobre os mares, lagos, rios e córregos. Sabemos que eles
ocupam 70% da área do planeta, ou seja, 35,7 x 1017
cm2. Neste caso, os mares, lagos, rios e córregos
aumentariam de altura segundo a equação:
h = V/A = 13 x 1018cm3/35,7 x 1017cm2
= 3,64 cm
Logo, se toda a água caísse somente sobre os mares, lagos,
rios e córregos ou, se a água da chuva que caísse sobre o
planeta escorresse para essas áreas líquidas, o aumento no
volume de água seria de 3,64 cm de altura. Isso também é
insuficiente para causar inundação.
Água na Terra
Imaginemos agora que, por vontade divina, a água em
suspensão na atmosfera caiu apenas na parte sólida e não
escorreu para os mares, lagos, rios e córregos. Ou seja,
caiu apenas sobre a área sólida, que corresponde a cerca de
30% da superfície do planeta - e nela ficou estancada. Neste
caso, a altura atingida teria sido:
h = V/A = 13 x 1018cm3/15,3 x 1017cm2
= 8,5 cm
Logo, se toda a água da atmosfera caiu somente sobre a parte
sólida do planeta e ficou estancada nela, essa água atingiu
a altura de 8,5 cm. Isso é também insuficiente para
caracterizar uma inundação.
Chuva Circunscrita ao Oriente
Admitindo-se que, por vontade divina,
a água tenha caído sobre a "humanidade" de então, e ficado
estancada em uma parte do Oriente Médio, o que teria
acontecido? Antes de responder, vamos circunscrever a
região. Deduz-se do Livro do Gênesis, que a história bíblica
que vai da criação, passa pelo dilúvio e chega até Moisés,
ocorreu em uma área geográfica do Oriente que englobaria, no
máximo, o que são hoje os territórios de Israel, Palestina,
Líbano, Jordânia, Iraque, Turquia, Síria, Arábia Saudita,
Irã, Egito. Esses territórios, somados, correspondem a uma
área aproximada de 6.437.900 Km2. Esta área é,
aproximadamente, 1/80 da área do planeta.
Logo, se a chuva caiu apenas nessa área e ficou sem escorrer
para os mares, a altura alcançada foi de 80 vezes a altura
encontrada para todo o planeta, ou seja, 2,55 cm x 80 = 204
cm = 2,04 m. Esta altura ainda é muito pequena em comparação
com a descrição bíblica.
Área Ainda Mais Limitada
A narrativa bíblica, até a época do
dilúvio, permite deduzir que o cenário dos eventos foi uma
parte do que são hoje os territórios do Iraque, Síria,
Turquia, Jordânia, Palestina, Israel e Líbano. Contudo, é
impossível estabelecer esse cenário com precisão.
Considerando-se os territórios na sua integralidade, tal
como são hoje, os três somam uma área de 1.537.886
Km2. Isso corresponde a aproximadamente 1/331 da superfície
total do planeta. Ou seja, se a água que se achava na
atmosfera caiu, por vontade divina, apenas ali e ficou
estancada, a altura atingida foi de 2,55 cm x 331 = 844 cm =
8,44 m. Isto ainda está muito longe de atingir o que está
descrito na Bíblia, mesmo que consideremos as áreas ocupadas
por montanhas.
Discussão Complementar
Pode-se argumentar que:
-- A água existente na atmosfera à época do dilúvio era
maior.
-- O volume de água que cai hoje durante um ano, com as
chuvas, na superfície do planeta, é maior do que o volume
citado de 13 x 1018cm3.
É improvável que o volume de água na atmosfera fosse maior
do que é hoje. Se fosse o dobro, causaria muito
desequilíbrio ambiental e, ainda assim, a altura alcançada
seria insignificante quando comparada com as proporções
bíblicas.
O volume de água que se precipita sobre a terra durante um
ano é cerca de 30 vezes o volume que fica em suspensão na
atmosfera. Isso se deve ao movimento contínuo de
evaporação-precipitação-evaporação. No dilúvio bíblico,
choveu durante quarenta dias e quarenta noites, e, por isso,
não houve evaporação - teria caído a água que se achava na
atmosfera.
Conclusão
Conclui-se, finalmente, que existe um
desacordo muito grande entre a Bíblia e os nossos
conhecimentos atuais, adquiridos pela pesquisa científica,
no que diz respeito ao dilúvio.
(Fonte: http://www.biblia-ciencia.com/art/a-12-noe-diluvio-ciencia.htm)
Veja outras provas de que NUNCA OCORREU UM DILÚVIO UNIVERSAL |
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