O DILÚVIO NO CENTRO APOLOGÉTICO CRISTÃO DE PESQUISA
- 19/04/2006 -
O CENTRO APOLOGÉTICO CRISTÃO DE PESQUISA, através de Pr. João Flávio & Presb.
Paulo Cristiano, apresenta uma argumentação sobre o dilúvio bastante elaborada,
porém que se auto-anula. Veja abaixo.
"Antigamente era objetado que o dilúvio bíblico era algo fictício. Todavia, com
a descoberta do Épico de Atrahasis e Gilgamesh que relatavam antigas histórias
de um dilúvio, o pêndulo dos céticos oscilaram para outro lado: o de insinuar
que o dilúvio bíblico a exemplo da criação, fora um plágio destas narrativas.
Fora estes dois relatos encontramos ainda vestígios de um dilúvio nas
literaturas de vários povos do mundo tais como os gregos, hindus, chineses,
mexicanos, algonquinos, havaianos, sumerianos, guatemaltecos, australianos e
muitos outros povos ainda.
Escavações levadas a cabo pelo arqueólogo Woolley, encontraram a colina de Ur e
descobriram camadas de limo acima do nível do rio. O mar havia depositado restos
de pequenos animais marinhos naquele lugar.
"Ao pé da velha torre escalonada dos sumérios, em Ur, no baixo Eufrates,
podia-se descer por uma escada ao fundo dum estreito poço e ver e apalpar os
restos de uma imensa inundação - uma camada de limo de quase três metros de
espessura. E pela idade das camadas que indicavam estabelecimentos humanos e nas
quais se podia ler o tempo como calendário, podia-se também determinar quando
tivera lugar essa inundação. Ocorreu pelo ano 4.000 a.C." (E A Bíblia Tinha
Razão... pg.45). Outras escavações foram feitas em Quis cidade próxima à
Babilônia, assim como em Fará e Nínive, em todas elas constavam vestígios de uma
inundação repentina.
Tirando os detalhes fictícios o Épico Gilgamesh, narra de forma incrível como se
deu este dilúvio. Até mesmo a situação geográfica da tempestade e seus fenômenos
meteorológicos. Segundo a narração tudo indica que ocorreu um gigantesco ciclone
que culminou no dilúvio. Fenômenos naturais em escala menor ainda é visto em
muitas ilhas como na Baia de Bengala que em 1876 adentrou 141 milhas à terra com
ondas de até 15 metros de altura matando centenas de pessoas.
Outro fato interessante é que o principal veículo de escape de Noé é associado
intimamente com o dilúvio por tais documentos extrabíblicos. Os documentos
babilônicos falam dele como um barco em que um homem escapou da terrível
catástrofe. Este barco teria aterrado em um monte.
Contudo, surpreendentes relatos sobre arca ter sido vista nas geleiras do Monte
Ararat por várias pessoas de diferentes paises durante os dois últimos séculos,
não é ficção. O primeiro a relatar ter visto a arca presa nas geleiras do Ararat
foi um pastor de ovelhas de Bayzit na Armênia. Depois uma expedição em 1833
confirmaria o relato deste pastor. Em 1892 o arcediago de Jerusalém Dr. Nouri,
teria visto a arca e neste ano empreendeu uma expedição ao Monte Ararat para
pesquisá-la.
Durante a primeira e segunda guerra mundial, várias pessoas também afirmaram
terem visto a arca. Com isso o Czar Nicolau II mandou uma expedição ao Monte e
teria tirado até fotos da arca. Mas com o golpe dos comunistas no poder essas
fotos desapareceram para sempre.
Não obstante, outras expedições depois destas foram levadas a cabo, mas sem
sucesso, não encontraram nenhum vestígio da arca.
Além da incrível descoberta do Dr. Woolley confirmar o dilúvio, temos ainda a
confirmação deste evento pela boca de ninguém menos que Jesus que o comparou com
a sua segunda vinda: "E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do
Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam,
bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca. E
não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também
a vinda do Filho do homem" (Mt 24.37-39). Veja que Jesus admitiu o dilúvio.
"É bem provável que todas elas reflitam a mesma catástrofe universal. Mas esse
tão formidável acontecimento deve ter ocorrido num tempo em que já havia seres
pensantes que o presenciaram e lhe sobreviveram, podendo transmitir a noticias
às gerações futuras." (E A Bíblia Tinha Razão... 39) Sendo assim, aqueles que
identificam o dilúvio com a ultima grande modificação acontecida ao fim da Era
Glacial, em 7.500 a.C coloca o inicio da humanidade em tempos bem mais recuado.
Segundo esta teoria, o derretimento do gelo represado no Mar Negro causou um
súbito e violento vazamento de água, submergindo as terras férteis da Europa
Central. Teoria proposta pelos oceanógrafos William Ryan e Walter Pitman, da
Universidade Columbia.
A extensão do dilúvio. Diz a narrativa bíblica que "As águas prevaleceram
excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo do
céu foram cobertos. Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e
assim foram cobertos. Pereceu toda a carne que se movia sobre a terra, tanto ave
como gado, animais selvagens, todo réptil que se arrasta sobre a terra, e todo
homem. Tudo o que tinha fôlego do espírito de vida em suas narinas, tudo o que
havia na terra seca, morreu. Assim foram exterminadas todas as criaturas que
havia sobre a face da terra, tanto o homem como o gado, o réptil, e as aves do
céu; todos foram exterminados da terra; ficou somente Noé, e os que com ele
estavam na arca." (Gn 7.19-23)
O dilúvio em si não é mais polêmica hoje em dia, agora o ponto
nefrálgico da questão se concentra na extensão do dilúvio. Foi ele local ou
universal? Devemos levar em conta a concepção que eles tinham de mundo
naquela época ou a nossa atual? Se levarmos em consideração a geografia do ponto
de vista bíblico antediluviano o dilúvio foi local e a frase "exterminadas
todas as criaturas que havia sobre a face da terra" pode se referir simplesmente
ao mundo povoado e conhecido de então. É quase impossível crer que dentro de
dez gerações uma simples família poderia povoar toda a terra.
Também há o fato de que a palavra terra ereç usada na passagem significa também
país ou região. A palavra para terra como a extensão total do planeta seria
tebhel. Fora estas há ainda outras fortes objeções levantadas contra a concepção
de um dilúvio universal: se formos considerar a nossa geografia como sendo a
mesma daquela época sem nenhuma alteração durante todo esse tempo, então
teríamos dificuldade em colocar tanta água sobre a terra. Para cobrir a terra
inteira seria necessário 8 vezes mais água do que existe hoje em dia no planeta.
Também se a ausência de tanta água não bastasse teríamos a dificuldade em
descobrir para onde foi tanta água, quando o dilúvio acabou. Sem falar na
dificuldade da flora e fauna. Por exemplo se as águas do dilúvio permanecesse
salina todos os peixes de água doce morreriam e vice-versa. Também certas
áreas da superfície terrestre se mostram intactas, sem nenhum vestígio de uma
inundação diluviana.
Por outro lado há da mesma maneira algumas objeções que se levanta contra a
concepção de um dilúvio local.
A primeira e mais forte se encontra no próprio texto que diz foram cobertos
pela água "todos os altos montes que havia debaixo do céu". Ora, a expressão
debaixo do céu parece indicar muito mais além do que a região da mesopotâmia.
Todas as vezes que a Bíblia usa tal expressão é para se referir ao mundo em sua
extensão total. Outro ponto dificultoso é que mesmo crendo que um dilúvio
local fosse possível a ponto de cobrir o monte Ararat que mede mais ou menos
5000 metros de altura, isso não explicaria como somente este monte local foi
afetado. Uma inundação local desta proporção teria reflexo em outros montes do
mundo também.
Outra forte objeção a um dilúvio local é que os mais variados povos dos mais
distantes continentes do mundo falam de uma inundação mundial em suas tradições
primitivas. Também há o vestígio de fissuras enormes contendo resto de centenas
de animais que foram, num passado longínquo, submersos por uma inundação. Isso
parece ser evidência, porém não conclusiva, em prol da tese de um dilúvio
universal.
Estes, ao que parece, são os principais pontos onde as duas teses se chocam
mais. Mesmo entre os mais abalizados estudiosos não se chegou a uma conclusão
satisfatória. Mas de uma coisa temos certeza: sendo o dilúvio local ou
universal, sabemos que ele ocorreu realmente e os propósitos de Deus de qualquer
modo foram concretizados."CACP http://www.cacp.org.br/criticismo-objecoes.htm).
Agora vejam bem em que se resume a argumentação dos mestres cristãos:
1- a -"foram cobertos pela água "todos os altos montes que havia debaixo do
céu". Todas as vezes que a Bíblia usa tal expressão é para se referir ao mundo
em sua extensão total.
b- cobrir o monte Ararat que mede mais ou menos 5000 metros de altura, isso
não explicaria como somente este monte local foi afetado. Uma inundação local
desta proporção teria reflexo em outros montes do mundo também.
2- "certas áreas da superfície terrestre se mostram intactas, sem nenhum
vestígio de uma inundação diluviana".
Com suas próprias palavras, os autores deixaram claro que:
a) A linguagem bíblica é conclusiva que o dilúvio foi universal.
b) A terra nunca foi coberta por um dilúvio universal.
Uma afirmação que até podemos considerar verdadeira é que:
"dilúvio em si não é mais polêmica hoje em dia".
Mas que "o ponto nevrálgico da questão se concentra na extensão do dilúvio"
é algo apenas para as cabeças dos que não querem aceitar as provas geológicas
por deporem contra a palavra dita divina.
A ciência confirma que houve uma inundação naquela região. Também dá certeza de
que nenhuma inundação cobriu toda a terra. E a própria argumentação dos
referidos mestres religiosos se anula, provando que a bíblia é taxativa em dizer
que o dilúvio foi universal, mas a terra nunca sofreu um dilúvio universal.
Veja mais em
Ver mais POR QUE SE CRÊ...