O DILÚVIO UNIVERSAL E SEUS ABSURDOS
 

Em uma época primitiva, sem arqueologia, inexiste a área científica da Geologia, para um povo para o qual o mundo se circunscrevia à Europa, a Ásia e a África, e desconhecendo eles a maioria dos seres vivos existentes no planeta, não parecia tão absurdo um homem reunir exemplares de todos os animais em um grande barco.  Todavia, no século 21, quando sabemos que é simples verificar que os animais existente em dois lados de um oceano não são as mesmas espécies, é admirável haver tanta gente acreditando em uma lenda tão grotesca. 

 

Quando informamos que a Arqueologia constata não haver vestígio de uma inundação global, religiosos até imaginam que esses indícios poderia desaparecer dentro de quatro ou cinco mil anos, algo que sabemos ser impossível.  Mas alguns detalhes relativos aos seres vivos de todos os continentes são claros demais para se perceber que é impossível uma coisa tão fora da realidade.

 

A lama é um dos meios formadores de fósseis. Se todos os animais do mundo tivessem sido afogados sobre uma inundação por cento e cinquenta dias há quatro mil e quinhentos anos, ter-se-ia formado uma camada de lama de metros de espessura.  Nessa camada os arqueólogos iriam encontrar fósseis de bois, cavalos, cachorros, gatos, porcos, etc.  E, se nunca encontraram, é porque não houve um evento capaz de soterrar esses animais.  Se não existem fósseis desses animais onde eles escavam, temos certeza de que as camadas onde os fósseis são encontrados se formaram quando esses animais ainda não existiam.   Tão simples, mas religiosos não entendem.

 

"Os tamanduás, também chamados papa-formigas, são membros da ordem Pilosa que vivem nas florestas e savanas das Américas Central e do Sul, desde o Belize até a Argentina.  Alimentam-se de formigas e principalmente de cupins (térmitas), que retiram dos cupinzeiros com a sua longa língua – chega a ter 50 cm de comprimento – alojada dentro de um focinho também afunilado. Para desfazer os cupinzeiros, os tamanduás têm garras fortes e curvas nas patas dianteiras, que lhes dificultam o andar." (Wikipédia).

 

Sem falar de outros animais que só existem na América do Sul, podemos perguntar: Como teria Noé descido do monte Ararat e atravessado o Oceano Atlântico transportando o casal de tamanduás para nosso continente?  Como o casal teria vivido os cinco meses na arca onde teoricamente só foi colocado um casal de formigas e um de cupins?  E, para trazer todos os animais do continente americano, seria necessário uma embarcação bem maior do que a dita arca de Noé.

 

"Canguru é o nome genérico dado a um mamífero marsupial pertencente a quatro espécies do género Macropus (ver caixa) da família Macropodidae, que também inclui os wallabees. As características incluem patas traseiras muito desenvolvidas e a presença de uma bolsa (o marsúpio) presente apenas nas fêmeas na qual o filhote completa seu desenvolvimento. O canguru é o animal-símbolo da Austrália.1 Conhecido por seus pulos, é bastante encontrado na Austrália." (Wikipédia).

 

Aos religiosos cristãos e judeus, parece nunca ter ocorrido a pergunta:  Uma vez que o canguru não existe na Ásia nem na Europa, teria Noé transportado o casal de canguru para a Austrália?

 

Não percebem os religiosos o quanto fica claro o entendimento quando um cientista afirma que as espécies animais que se espalharam por toda a terra na época da Pangeia foram sofrendo mutações ao longo dos milhões de anos, tornando os animais de cada porção geográfica diferentes dos de outros lugares.  Acham mais simples aceitar cegamente a lenda que explica que todos foram criados conforme suas espécies seis mil anos atrás.

 

Há dois milênios, ainda podemos compreender que uma pessoa inteligente acreditasse em um conto sobre a reunião de todos os animais do mundo em um espaço tão pequeno.  Mas hoje, é difícil entender como ainda cabe em cabeças pensantes a possibilidade de ter ocorrido tal dilúvio universal.  Mas o pensamento primitivo prevalece em boa parte da população atual, graças a um lenda primitivamente assimilável.

 

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