DISCURSO DE DILMA  A ONU EM25/09/2012

 

Comentário de Arnaldo Jabor

 

"Ontem a presidente Dilma Rousseff abriu a assembléia geral da ONU com Um discurso Brasileiro, como é a tradição desde 1947, porque o primeiro secretário geral da ONU foi Oswaldo Aranha,daí ficou a tradição, sempre um brasileiro, o presidente brasileiro abre o discurso da assembléia geral.


So que o discurso de Dilma foi muito neutro, nem no cravo, nem na ferradura. Cada afirmação que ela fez foi anulada na frase seguinte. Por exemplo, ela condenou o governo da Síria, aliás pela primeira vez, mas depois disse que os rebeldes também são culpados e que a solução tem que ser diplomática. Mas todas tentativas de diálogo fracassaram, enquanto o assassino Assad despeja bombas que já mataram milhares de pessoas em seu país. Ah, mas ela não pode falar mal da Síria, porque isso contraria os assessores comunas do Governo, que consideram os islamitas inimigos do inimigo prinicipal, que é quem? Os Estados Unidos, claro. Como ela pode condenar uma suposta islamofobia no Ocidente, como ela falou, quando um filmezinho vagabundo deflagra uma revolta de malucos da Idade Média que se julgam no sagrado direito de matar milhares de inocentes nos Estados Unidos, na Espanha, no Nimbare, em Mumbai na Índia, na Inglaterra? Eles é que estão islamizando a política entre nós, provocando a revolta de fanáticos de Cristo nos Estados Unidos e no resto do mundo. Este é o perigo. Eles, islamitas, islamizam gente do mundo todo, misturando deus e político. Esse discurso da ONU é tão vacilão quanto o seu governo aqui dentro. Porque Dilma continua travada, com medo de assumir sua administração sem desagradar o Lula e os fanáticos amigos do Ahmadinejad. Seu discurso foi um ensopadinho de terceiro-mundismo velho, terceiro-mundismo do PT, com declarações abstratas. Na verdade, a gente vê que o governo Dilma não tem uma política internacional.

(Arnaldo Jabor, comentarista da CBN)

<http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2012/09/26/DILMA-FAZ-UM-DISCURSO-QUE-NAO-DAVA-NEM-NO-CRAVO-NEM-NA-FERRADURA.htm>

 

E o mais difícil de entender é uma pessoa que pegou em armas e lutou bravamente contra uma ditadura em sua pátria, agora, condenar os que estão lutando contra um tirano em outro país.

 

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