DRÁUZIO VARELA, UM ILUSTRE ATEU
09/10/2009
Dráuzio Varela tornou-se ateu quando
pela primeira vez descobriu uma das mentiras religiosas, aos dez anos de idade.
Hoje, conhecendo outras, o grande médico reconhece que religião não admite
racionalidade.
Marie Claire: “Você é religioso?”
Dráuzio Varela: “Não”.
Marie Claire: “Então, a vida acaba aqui e pronto”.
Dráuzio Varela: Acaba aqui. Quando alguém diz que rezou para Deus ajudar, para
conseguir tal coisa, acho bonito. Se eu fosse assim, talvez a minha vida fosse
um pouco mais fácil.
Marie Claire: “Você nunca foi de rezar?”
Dráuzio Varela: “Rezava quando pequeninho, porque minha avó fazia eu rezar. Mas
eu repetia aquelas palavras e nunca entendia direito. Quanto tinha dez anos fiz
a primeira comunhão. A professora de catecismo dizia que não pode morder a
hóstia, porque um menino na França tinha mordido a hóstia e tinha saído sangue
pela boca. Fiquei com aquilo na cabeça. Na primeira comunhão não tive coragem,
mas, uma semana depois, um tio fez bodas de prata e teve uma missa. Aí fui lá
receber a hóstia, voltei para o meu lugar e mastiguei. Não saiu nada e eu virei
ateu naquele momento. A partir daí, sempre que ouvia aulas de religião no
colégio pensava que aquilo podia ser mentira. E quando você começa a fazer isso,
é devastador, porque é uma questão de fé, religião não admite racionalidade.”
(Marie Claire, Abril/2003, pág. 50).