A BUSCA DA ESCOVA PERFEITA
A busca da escova perfeita
Novos modelos prometem acabar com a placa bacteriana,
clarear as manchas nos dentes e evitar problemas
gengivais
LUCIANA VICÁRIA
Stuart Mccly Mont
A escova de dentes é uma das cinco invenções mais
importantes da história da humanidade, segundo um estudo
do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados
Unidos. Ela é responsável por dentes limpos, hálito puro
e boca saudável. Evita um monte de doenças. Os 15 novos
modelos lançados neste ano nem parecem descendentes da
singela escova chinesa feita de pelo de porco e cabo de
madeira. Eles prometem limpar, polir e penetrar em
espaços mínimos. Cumprem a promessa? Descubra aqui. E
saiba como escolher o modelo que melhor se adapta a sua
boca, a seu jeito e a suas necessidades.
Nos últimos 30 dias, testei 27 modelos de escova de
dentes. A experiência é parecida com a de dirigir carros
de marcas e tamanhos diferentes. Há sempre uma que se
encaixa melhor. Mas há qualidades e defeitos
indiscutíveis em todas elas (leia o quadro abaixo).
Uma boa escova de dentes tem cabeça pequena e cerdas
macias, afirmam especialistas. O objetivo é alcançar os
dentes do fundo sem agredir o esmalte ou machucar a
gengiva. Mas há uma terceira – e nova – regra, que só
surgiu com a diferenciação das escovas: escolhe-se
também pela ênfase que se deseja dar a um ou outro
aspecto da higiene bucal: há escova para atacar a placa
bacteriana, para clarear os dentes e até modelos que
penetram entre espaços que antes só o fio dental
conseguia alcançar (leia o quadro abaixo).
Para descobrir o que faz cada uma delas, é preciso
reparar na cabeça, pois é lá que estão dispostas as
cerdas. Ao testá-las, foi possível estabelecer algumas
relações: cerdas de níveis diferentes são boas para
remover o tártaro. Para polir os dentes, tufos
circulares e centrais. Para fazer a limpeza fina, cerdas
ultraflexíveis e desalinhadas na borda. Todas devem ter
cabo anatômico que facilite a pegada e dê segurança ao
polegar. As mulheres tendem a preferir os cabos mais
finos. Os dentistas recomendam evitar cabos que trazem
muitos detalhes de borracha, pois são menos higiênicos.
Mas há um detalhe arrasador – e sem ele a tecnologia não
tem efeito: a técnica da escovação. As novas escovas só
vão remover mais placa, tirar mais manchas ou alcançar
espaços improváveis se o usuário executar movimentos da
base do dente (onde ele encontra a gengiva) para baixo.
Só a coroa dos dentes deve ser escovada com movimentos
de vaivém. Boa parte das pessoas, porém, escova os
dentes de qualquer jeito, inclusive com pressa: a escova
fica na boca por menos de 60 segundos. Escova nova? Só a
cada seis meses. “A tecnologia das cerdas não adianta
nada se a escovação for ruim”, diz Heitor Panzeri, da
Associação Brasileira de Odontologia.
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(Fonte: Época, 26/04/2010)
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