ESMALTE DE UNHA
14/02/2010
"Esmaltes são misturas químicas aplicadas a uma superfície. Ao solidificar, elas
formam uma camada brilhante. Por isso, muitas civilizações, dos gregos aos
celtas, já os usaram como revestimento para brasões e objetos de metal,
porcelana e madeira. Apesar dessas aplicações polivalentes, não se pode negar: é
nas unhas das mãos e dos pés que o esmalte, literalmente, brilha. Por isso,
também sua história está ligada ao cuidado com a unha ao longo dos séculos.
As antigas egípcias já se preocupavam com a estética das mãos em 3500 a.C. Elas
usavam nos dedos uma tintura preta de henna. Cores mais fortes eram exclusivas
da elite: Nefertiti gostava de cor rubi e Cleópatra era adepta do
vermelho-escuro. Na china do século 3 a.C., unhas compridas e coloridas com
vermelho e tons metálicos, tratados com soluções de prata eram sinal de nobreza.
Já em Roma, o importante não era pintar, mas polir com materiais abrasivos.
Muito tempo se passou, e as tintas ganharam a companhia de cremes e pós de
polimento. No século 19 surgiram os primeiros aparelhos para cutículas (antes
retiradas com ácidos). Com eles, começaram a aparecer salões de beleza, onde um
precursor dos esmaltes atuais era aplicado com um pincel de pelo de camelo. Mas
a tinta desaparecia em poucas horas.
O esmalte para unhas, como o conhecemos hoje, surgiu em1925, cinco anos depois
do equivalente para carros. O primeiro produto era transparente, rosa-claro,
aplicado apenas no meio das unhas. Ao fim da década, as grandes estrelas do
cinema, como Jean Harlow e Gloria Swanson, já se deixavam fotografar com as mãos
pintadas. Em 1932, os irmãos americanos Charles e Joseph Revlon criaram um novo
produto, brilhante e colorido com pigmentos.
De lá para cá, a paixão pelo esmalte só fez crescer. Os enfeites modernos têm
diversas cores e formas e já fazem a cabeça de muitos homens da atualidade.
(MAURÍCIO BARROS DE CASTRO, Aventuras na História, Ed. 76, novembro/2009, pág.
24).
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