EX-EX-GAY, O PROBLEMA DA CURA GAY
É assim que se processa a cura gay.
Um tremendo esforço para se livrar daquilo que o indivíduo crê se uma abominação
pode fazê-lo reprimir os próprios instintos.
"Ex-gay, ex-ex-gay e a tal da ‘cura gay’
29/11/13 - 19:46
POR ANNAVIRGINIA
Sérgio Viula era um menino que
amava meninos. Entrou na puberdade e se apaixonou por um amigo. Com esse
primeiro namoradinho, iniciou a vida sexual.
Aos 16 anos, Sérgio era um rapaz que amava Jesus Cristo. Seduzido pelo papo da
colega de trabalho, passou a frequentar uma igreja evangélica. A família,
daquelas de formação bem “catolicona”, se converteu junto.
Um ano depois, ele se casou com uma moça da igreja. Era
como se os desejos homoafetivos tivessem sido trancados no armário, no fundo da
gaveta de meias, dentro de uma pastinha cor-de-rosa onde se lia: “PERIGO”.
A união durou 14 anos e gerou dois filhos. Nesse
período, ele se formou e se pós-graduou em teologia. Virou “ex-gay”, pastor
batista, líder do Moses (Movimento pela Sexualidade Sadia) e, como tal, feroz
crítico de alas mais liberais da igreja.
Sem conversa: Deus reprovava “a intimidade entre iguais”. Deu na Bíblia. Mais
precisamente no texto de Levítico. Lá consta:
homens que se deitam com outros homens
praticaram uma “abominação” e precisam ser executados
(coordenadas dessa batalha naval bíblica: Lv 20:13).
Em 2002, Sérgio era um homem que não amava Deus. Na verdade, sequer acreditava
nele. Era ateu. Ateu e gay. Ou “ex-ex-gay”.
Chegou à conclusão que, se a humanidade era tratorada por
tanto sofrimento (no seu caso, não conseguir debelar a atração por
homens), restavam três alternativas sobre Deus:
1) Não é todo-poderoso
2) Não é bom
3) Não existe de modo algum
Ficou com a última. Como líder do Movimento pela Sexualidade Sadia, afinal,
conheceu apenas um gay
“curado”. “E ele tinha sempre a gaveta cheia de antidepressivos.”
O caso de Sérgio, agora professor de inglês numa escola particular do Rio, foi
um dos que mais marcou a jornalista Marília de Camargo César.
Por dois anos, ela entrevistou líderes evangélicos, desde denominações
tradicionais a igrejas inclusivas (que aceitam gays). Conversou com cristãos
gays e “ex-gays”, fora psicólogos, filósofos, profissionais da saúde e pais de
homossexuais.
O resultado está no livro “Entre a Cruz e o Arco-Íris – A Complexa
Relação dos Cristãos com a Homoafetividade” (Ed. Gutenberg, R$ 29,90).
http://religiosamente.blogfolha.uol.com.br/2013/11/29/ex-gay-ex-ex-gay-e-a-tal-da-cura-gay/
Esse é o perigo de se aceitar a
chamada "cura gay": aumentar o sofrimento de muitas pessoas. O
indivíduo ouve que
sua sexualidade é uma abominação e que, se persistir nela,
irá se queimar eternamente no inferno. Diante
dessa ameaça, submete-se a qualquer martírio que julgue menos tormentoso do que
ir para esse lago de fogo inapagável. E aí vêm os religiosos
crentes: "JESUS TEM PODERRRRRR!!!!!!!"
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RELIGIÃO
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