EXPULSÃO DE JUDEUS E MOUROS DE PORTUGAL
 

Com a ascensão de Dom Manuel I ao trono português, em 1495, e o anúncio do seu casamento com a princesa Isabel da Espanha a situação dos judeus em Portugal sofreu uma alteração radical. O contrato de casamento incluía uma cláusula que exigia a expulsão dos hereges (mouros e judeus) do território português. Apesar do rei ter tentado fazer com que a princesa reconsiderasse (já que precisava dos capitais e do conhecimento técnico dos judeus para o seu projeto de desenvolvimento de Portugal), não conseguiu. Em 5 de Dezembro de 1496, Dom Manuel I assina o decreto de expulsão dos hereges, concedendo-lhes prazo até 31.10.1497 para que optassem pela conversão ou desterro.

Esperava, D. Manuel I que muitos se batizassem, ainda que apenas pro-forma. Não obstante, a grande maioria optou por abandonar o país e a partir de 1506 inicia-se uma nova diáspora judaica. Muitos rumaram para o norte da Europa (Holanda e Alemanha), outros para o sul da França (Bordéus, Biarritz, Tartas etc), e até mesmo para a Inglaterra. Alguns judeus preferiram retornar ao Oriente Médio, tendo sido bem recebidos pelos turcos otomanos e outros deslocaram-se para Pernambuco (então sob domínio holandês) e consecutivamente para toda região setentrional do Nordeste brasileiro, fundando no Recife a primeira sinagoga das Américas, a Sinagoga Kahal Zur Israel, sob a direção do grande Hakham Isaac Aboab da Fonseca (foi autor dos primeiros textos literários e religiosos escritos em língua hebraica nas Américas).

Com a reconquista portuguesa do Nordeste setentrional do Brasil, e a proibição de praticar o judaísmo, a comunidade dispersou-se, sendo que alguns voltaram para Amesterdão, outros migraram para outras colónias holandesas nas Américas do Sul, Central e do Norte e uma parcela permaneceu, refugiando-se nos sertões, interior do Nordeste Brasileiro onde se converteram em cripto-judeus. As últimas informações sobre a presença de judeus ibéricos no Brasil datam de meados do século XVIII. Nessa época, com o desenvolvimento da mineração na colónia, milhares de portugueses deslocaram-se para a região de Minas Gerais, entre eles, um número considerável de cristãos-novos. (em Wikipédia)

<www.consuladoportugalportoalegre.com/nacionalidade-judeus-sefardita>

 

Esse era um dos expedientes da igreja para a imposição do Cristianismo.  Mesmo que o indivíduo não acreditasse na doutrina, muitas vezes se convertia formalmente para evitar a expulsão, que dificultava em muito a vida das pessoas.

 

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