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O FIM DO MUNDO NÃO SERÁ AGORA
Calendário Maia identifica o ano de
2012 como o fim de um grande ciclo
No dia 21 de dezembro de 2012 termina o calendário criado pela civilização maia.
Não há registro sobre o que aconteceria depois, mas não faltam especulações. E
arqueólogo afirma: "calendário não fala de fim do mundo"
No centro de São Paulo, no coração da cidade, uma voz anuncia o juízo final: “vai
haver terremotos em vários lugares, está acontecendo. A bíblia não fala que ano,
mas fala que vai haver”, informa o pastor Edvaldo Silva.
Há 13 anos, o pastor repete a mesma pregação e ele tem certeza que o apocalipse
vai chegar, só não sabe quando. “O Livro de Apocalipse fala das tragédias, mas
não fala o dia nem a hora. Fala que as tragédias iam acontecer”, afirma.
Na cidade Canela, no Rio Grande do Sul, encontramos danças, rituais, meditação,
uma vida simples, onde as pessoas plantam para comer. No local, um grupo se
prepara para a chegada de uma nova era.
No Rio de Janeiro, as profecias do fim do mundo atraem crianças e adultos ao
espetáculo multimídia. E o tema virou até brincadeira no carnaval de rua.
Mas, afinal, nossos dias estariam mesmo contados? Catástrofes, colapso da
economia ou o simples encerramento de um ciclo: as teorias sobre o fim do mundo
dividem opiniões e esbarram nas evidencias científicas. Até hoje, nenhuma
previsão deu certo. Ainda assim, novas profecias decretam: o fim da humanidade
está chegando.
Os místicos estão de olho no calendário. Faltariam 316 dias para uma data
fatídica: 21 de dezembro de 2012. É exatamente nesse dia que termina o
calendário criado pela civilização maia. Não há registro sobre o que aconteceria
depois, mas não faltam especulações.
“Eu acredito que ele já vem acabando há bastante tempo”, declara uma senhora. “O
mundo não vai se acabar, as pessoas vão se acabar”, comenta uma mulher.
“Não tem nenhuma prova científica. O calendário maia é diferente do calendário
cristão”, aponta um homem.
Uma civilização extremamente desenvolvida, os maias viviam no sul do México e em
alguns países da América Central, entre o ano dois mil antes de cristo até o
século 16.
“Os maias construíram cidades muito grandes para sua época, cidades maiores que
as européias, por exemplo. Também tiveram um avançado sistema de escrita”,
declara o historiador e arqueólogo Alexandre Navarro, da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA).
Excelentes astrônomos, eles tinham vários calendários que funcionavam
simultaneamente, como uma engrenagem. O ano 5126 corresponde a 2012 e marca o
fim de um grande ciclo. “A única coisa que eles deixaram é que o calendário tem
um início e tem um fim”, aponta o arqueólogo.
Em Tortuguero, no México, encontramos um registro misterioso: o fim do
calendário, a volta de deuses a Terra. “Nesse monumento, existe uma inscrição
que diz respeito à volta, ao retorno de algumas divindades maias, mas
especificamente não fala de um fim de mundo”, declara Alexandre Navarro.
Através de lendas e profecias, 2012 se transformou em um ano mítico. Pegando
carona nessa onda, Hollywood produziu um filme catástrofe, em que o Rio de
Janeiro é uma das vítimas.
Mas a garotada não acredita muito nessa história. “Acho que é mentira, porque
falaram que o mundo ia acabar muito antes disso e não acabou”, diz Gabriel Braga
Pereira, de 9 anos. “Eu acho que é tudo uma farsa, porque só Deus sabe se o
mundo vai acabar”, comenta Lucas Magalhães, de 11 anos.
Os jovens foram conferir o programa baseado em estudos científicos realizados no
Planetário do Rio. Nele, não existem dúvidas: o mundo vai mesmo acabar, mas
daqui a milhões e milhões de anos. “O fim do mundo é inexorável. Ele vai
acontecer, mas não em uma escala humana. É outro tipo de tempo, é um tempo
astronômico”, explica o astrônomo Alexandre Cherman.
Os maiores perigos viriam do espaço. A queda de um grande asteróide poderia por
em risco o planeta. Há milhões de anos, foi essa a causa da extinção dos
dinossauros. “Diferente dos dinossauros nós temos tecnologia para observar o
céu”, declara Alexandre Cherman.
Por isso, os astrônomos estão de olho. Eles observam com atenção especial a rota
do asteróide Apofhis. Em princípio, é o que tem mais chance de nos causar
problemas. “Nós sabemos que, em 2029, ele vai passar perto da Terra. Não vai se
chocar com a Terra, temos certeza. Mas com a proximidade que ele vai passar da
Terra pode ser que a gravidade da Terra altere a órbita desse asteróide e, na
próxima passada, já gere um risco maior. Seria em 2036, mas ainda assim não é
uma coisa com que a gente precisa perder o sono”, aponta o astrônomo Alexandre
Cherman.
<http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2012/02/calendario-maia-identifica-o-ano-de-2012-como-o-fim-de-um-grande-ciclo.html>
Parece que o pastor Edvaldo Silva não
sabe que, quando algumas pessoas escreveram os evangelhos já ocorriam
"terremotos em vários lugares". E como os autores dos evangelhos acreditavam que
o mundo teria fim antes das vidas deles próprios, escreveram isso. O mais
influente dos cristãos disse que ainda estaria vivo quando Jesus voltasse.
Ele não existe mais... E cadê Jesus? Fim do mundo é idéia cristã. As
escrituras judaicas nem falavam de fim do mundo, e sim de domínio do mundo pelos
judeus; domínio esse que foi marcado para quando acabasse o reino da Assíria,
depois com a queda de Babilônia, depois com o fim de Antíoco IV, e, depois de
tudo isso, esperavam que fosse depois do fim do Império Romano, depois do fim do
domínio papal, e ainda insistem em crer que irão dominar o mundo
brevemente; enquanto os cristãos ainda não desistiram de esperar que apareça um
Jesus Cristo nas nuvens e acabe com todo o mundo não cristão. Ver
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