"... após a morte de
Manaém e dos principais líderes da revolta, uniu-se aos sacerdotes do
Sinédrio (Sanhedrin) que, naquele momento, aguardavam a chegada das
tropas de Cássio para sufocar a revolta, o que não se concretizou pela
derrota destas. O Sinédrio então o designou governador militar da
província, que fez fortificar. Defrontou-se com a oposição dos
extremistas liderados por João de Giscala, que o acusavam de tender à
contemporização.
Enfrentou as forças de Plácido, enviadas por Géstio Galo para a
região. Em 67, as tropas de Vespasiano tomaram Jotapata, e Josefo,
com quarenta homens, escondeu-se em uma cisterna. Com a descoberta do
esconderijo, foi-lhes proposto que se rendessem em troca das próprias
vidas. Josefo teria sugerido então um método de suicídio coletivo:
tirariam a sorte e matar-se-iam uns aos outros, de três em três pessoas;
restaram apenas Josefo e mais um homem. Há quem veja o ocorrido como um
problema matemático, por vezes designado como problema de Josefo ou
Roleta Romana[7]). Josefo convenceu este seu soldado a se entregar às
forças romanas que invadiram a Galileia, em julho de 67, tornando-se
prisioneiro de guerra. As tropas romanas do imperador romano, (Flávio)
Vespasiano, eram comandadas por seu filho, Tito, ele próprio futuro
imperador. Em 69, Josefo foi libertado[8] e, de acordo com seu próprio
relato, teria tido um papel de relevo como negociador com as tropas
de resistência durante o cerco de Jerusalém, em 70 após a queda de
Jerusalém, foi bem aceito, assumindo o nome romano de seu protetor
Flávio Vespasiano, e recebido a cidadania romana. Passou também a
receber uma generosa pensão. Além disso, tratou de aumentar suas rendas,
obtendo permissão de Vespasiano para, através de seus agentes, adquirir,
a preço vil, terras na Judeia, confiscadas dos envolvidos na revolta.[9]
As honrarias prosseguiram sob o reinado de Tito e de Domiciano."
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Fl%C3%A1vio_Josefo>
O "Messias" (Machiach), segundo as profecias, seria um homem
poderoso, que libertaria o povo do domínio gentio. Nunca existiu,
mas os judeus ainda espera que venha a existir, quando pensam eles
poderem dominar o mundo.
Josefo, como todos os guerreiros que tentaram libertar os judeus de seus
dominadores, devia pensar ser o tal messias. Ao ser
capturado pelos romanos, deve ter percebido que estava enganado, que não
seria o libertador.
Embora nunca tenha deixado sua religião como fariseu, procurou construir
a paz entre judeus e romanos, sendo um negociador com as tropas de
resistência, mas isso durou pouco, e depois da morte dele, os judeus
continuaram enfrentando os romanos até serem expulsos da terra que
pensavam terem recebido como dádiva divina.
Por séculos depois da morte de Josefo, nunca alguém disse que ele
tivesse dita alguma coisa sobre Jesus, personagem que nenhum historiador
conheceu. Entretanto, muito tempo depois, quando o
Cristianismo dominava o mundo e tinha destruído as obras que o
desmentiam, apareceu em cópia da obra de Josefo um parágrafo falando de
Jesus:
"Naquele tempo, nasceu Jesus, homem sábio, se é
que se pode chamar homem, realizando coisas admiráveis e ensinando a todos os
que quisessem inspirar-se na verdade. Não foi só seguido por muitos hebreus,
como por alguns gregos, Era o Cristo. Sendo acusado por nossos chefes, do nosso
país ante Pilatos, este o fez sacrificar. Seus seguidores não o abandonaram nem
mesmo após sua morte. Vivo e ressuscitado, reapareceu ao terceiro dia após sua
morte, como o haviam predito os santos profetas, quando realiza outras mil
coisas milagrosas. A sociedade cristã que ainda hoje subsiste, tomou dele o nome
que usa."
"se Josephus realmente tivesse feito esta referência a Jesus, os Pais da Igreja
pelos 200 anos seguintes certamente o teriam usado para se defender das
acusações de que Jesus seria apenas mais um mito. Contudo, Justino, Irineu,
Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes nunca citam este trecho."
(Lee Salisbury, History's Troubling Silence About Jesus).
Josefo nunca conheceu nada sobre o tal Jesus, mas, como todos os
guerreiros que tentaram libertar os judeus de seus dominadores, devia
pensar ser ele próprio o tal messias. Somente ao ser
capturado pelos romanos, deve ter percebido que estava enganado, que não
seria um libertador como previsto pelos profetas judeus.
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