A FORÇA EVANGÉLICA NO BRASIL DE BOLSONARO
Bancada evangélica
Quem são e o que querem os deputados que formam a mais poderosa frente do
Congresso – e levaram Bolsonaro a vetar de imediato um imposto sobre as igrejas.
Toda quarta-feira às 8 horas o plenário 6 da Câmara dos Deputados se converte em
igreja. Com a Bíblia nas mãos, parlamentares e assessores, alguns acompanhados
da esposa, agrupam-se para o “culto devocional”. Religião e poder dão-se as
mãos. O culto de 27 de março, por exemplo, começou com aleluias e glórias ao
senhor, enquanto a deputada e cantora gospel Lauriete Rodrigues (PR) —
ex-mulher do ex-senador Magno Malta — puxava o louvor com seu violão.
O deputado e pastor Francisco Eurico da Silva (Patriota), capelão da bancada
evangélica, fez a pregação do dia. Depois, uma questão mundana se impôs: a
escolha do novo líder da Frente Parlamentar Evangélica, composta hoje de 120
parlamentares ativos, um recorde desde a sua fundação, em 2002 — e maior, muito
maior, do que qualquer partido político no Congresso Nacional.
Não há nem nunca houve votação para o posto de líder da frente religiosa: após
discussões por vezes ásperas, Silas Câmara (PRB) foi sagrado por aclamação. Há
diferenças e divisões na frente, mas a unidade de ação da bancada, nesta
legislatura, vem amparada por uma convicção renovada na força política que o
eleitorado evangélico demonstrou: foram os evangélicos que, proporcionalmente,
mais sustentaram a eleição de Jair Bolsonaro. E o presidente dá repetidas
mostras de alinhamento com o setor. Agora mesmo, matou no nascedouro a ideia de
um novo imposto que incidiria também sobre as igrejas, o que mostra a força da
bancada evangélica.
<http://nominuto.com/noticias/revistas-semanais/veja-mostra-a-forca-da-bancada-evangelica-no-governo-bolsonaro/185045/>
Não obstante nosso país seja
considerado laico, na prática já dá privilégios às igrejas. E agora, com o
poder político quase dominado por evangélicos, corremos sérios riscos de termos
que pagar mais coisas para elas.
Ver mais
POLÍTICA BRASILEIRA