O QUE ERAM OS GIGANTES DA BÍBLIA
15/11/2005
A Bíblia fala de pessoas gigantes, com quase três metros de
altura. A arqueologia, contrariamente, constata que a população do passado era
menor do que a da atualidade. Mas os autores da Bíblia não inventaram
simplesmente essa estória de gigantes. Eles tinham alguns indícios para crer
nisso. O que ocorre é que eles se enganaram com os vestígios encontrados.
Assim afirmam alguns textos bíblicos sobre gente gigante:
“Naqueles dias estavam os nefilins na terra, e também depois, quando os filhos
de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Esses
nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na Antigüidade”
(Gênesis, 6: 4).
“Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes
dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos
seus olhos” (Números, 13: 33).
“Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo nome
era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo.
(I Samuel, 17: 4).
Conforme uma tabela de pesos e medidas do Velho Testamento, o côvado equivalia a
45cm; o palmo era 22,5cm. Assim, a altura de Golias equivaleria a 292,5cm,
quase três metros.
Todos os dados que podem se relacionar às estaturas das pessoas do passado
mostram que os humanos antigos eram menores do que os atuais. As buscas
arqueológicas jamais chegaram a uma população humana que se aproximasse da
estatura dos gigantes bíblicos. Até mesmo o extinto homem de neanderthal, que
tinha uma estrutura física mais forte do que o homem moderno, tinha uma estatura
próxima de 1,60m, pouco mais da metade da altura dos ditos nefilins.
Entretanto, não é de se pensar que os escritores bíblicos tenham simplesmente
inventado a existência de homens gigantes, sem qualquer indício de terem
existido. Eles tinham alguma razão para supor que houvesse gente gigante em
algum lugar.
Como já tenho dito a respeito de outras informações equivocadas contidas na
Bíblia, suas histórias não são puramente inventos, mas se baseiam quase sempre
em dados mal interpretados.
"No Século 17, ingleses pensavam que fósseis eram ossos de gigantes" (Galileu,
junho/2004, pág. 60).
À semelhança dos ingleses do Século XVII, alguém dos tempos pré-bíblicos deve
ter encontrado algum osso de dinossauro e interpretado ser de um homem, passando
a informar aos seus contemporâneos que encontrara vestígio desse povo
gigantesco, dando inícios às lendas de gigantes, o que veio a influenciar às
fantasias dos autores bíblicos. Existiram mesmo os gigantes, só que não eram
humanos, e sim dinos.
Mas a maior incongruência está
na sobrevivência dos gigantes. Como teriam os gigantes antediluvianos deixado
descendentes, se não se salvou ninguém mais além da família de Noé? (Ver mais em
OS NEFILINS).