A GUERRA FRATICIDA NO TUCANATO
Violação da lógica
Leandro Fortes 22 de outubro de 2010 às 9:26h
A mídia rebola para esconder o fato: a quebra do sigilo da turma de Serra é
fruto de uma guerra tucana. A PF revelou ter sido o jornalista Amaury Ribeiro
Jr. (foto), então a serviço do jornal O Estado de Minas, que encomendou a
despachantes de São Paulo a quebra dos sigilos. Por Leandro Fortes
A mídia rebola para esconder o fato: a quebra do sigilo da turma de Serra é
fruto de uma guerra tucana
Apesar do esforço em atribuir a culpa à campanha de Dilma Rousseff, o escândalo
da quebra dos sigilos fiscais de políticos do PSDB e de parentes do candidato
José Serra que dominou boa parte do debate no primeiro turno teve mesmo a origem
relatada por CartaCapital em junho: uma disputa fratricida no tucanato.
Obrigada a abrir os resultados do inquérito após uma reportagem da Folha de
S.Paulo com conclusões distorcidas, a Polícia Federal revelou ter sido o
jornalista Amaury Ribeiro Júnior, então a serviço do jornal O Estado de Minas,
que encomendou a despachantes de São Paulo a quebra dos sigilos. O serviço
ilegal foi pago. E há, como se verá adiante, divergências nos valores
desembolsados (o pagamento teria variado, segundo as inúmeras versões, de 8
mil a 13 mil reais).
Ribeiro Júnior prestou três depoimentos à PF. No primeiro, afirmou que todos os
documentos em seu poder haviam sido obtidos de forma legal, em processos
públicos. Confrontado com as apurações policiais, que indicavam o contrário, foi
obrigado nos demais a revelar a verdade. Segundo contou o próprio repórter,
a
encomenda aos despachantes fazia parte de uma investigação jornalística iniciada
a pedido do então governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que buscava uma forma
de neutralizar a arapongagem contra ele conduzida pelo deputado federal e
ex-delegado Marcelo Itagiba, do PSDB. Itagiba, diz Ribeiro Júnior, agiria a
mando de Serra. À época, Aécio disputava com o colega paulista a indicação como
candidato à Presidência pelo partido.
Ribeiro Júnior disse à PF ter sido escalado para o serviço diretamente pelo
diretor de redação do jornal mineiro, Josemar Gimenez, próximo à irmã de Aécio,
Andréa Neves. A apuração, que visava levantar escândalos a envolver Serra e seus
aliados durante o processo de privatização do governo Fernando Henrique Cardoso,
foi apelidada de Operação Caribe. O nome sugestivo teria a ver com supostas
remessas ilegais a paraísos fiscais.
Acuado por uma investigação tocada por Itagiba, chefe da arapongagem de Serra
desde os tempos do Ministério da Saúde, Aécio temia ter a reputação assassinada
nos moldes do sucedido com Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão, em
2002. Naquele período, a dupla Itagiba-Serra articulou com a Polícia Federal a
Operação Lunus, em São Luís (MA), que flagrou uma montanha de dinheiro sujo na
empresa de Jorge Murad, marido de Roseana, então no PFL. Líder nas pesquisas,
Roseana acabou fora do páreo após a imagem do dinheiro ter sido exibida
diuturnamente nos telejornais. Serra acabou ungido a candidato da aliança à
Presidência, mas foi derrotado por Lula. A família Sarney jamais perdoou o
tucano pelo golpe.
Influente nos dois mandatos do irmão, Andréa Neves foi, por sete anos,
presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) de Minas Gerais,
cargo tradicional das primeiras-damas mineiras, ocupado por ela por conta da
solteirice de Aécio. Mas nunca foi sopa quente ou agasalho para os pobres a
vocação de Andréa. Desde os primeiros dias do primeiro mandato do irmão, ela foi
escalada para intermediar as conversas entre o Palácio da Liberdade e a mídia
local. Virou coordenadora do Grupo Técnico de Comunicação do governo,
formalmente criado para estabelecer as diretrizes e a execução das políticas de
prestação de contas à população. Suas relações com Gimenez se estreitaram.
Convenientemente apontado agora como “jornalista ligado ao PT”, Ribeiro Júnior
sempre foi um franco-atirador da imprensa brasileira. E reconhecido. Aos 47
anos, ganhou três prêmios Esso e quatro vezes o Prêmio Vladimir Herzog, duas das
mais prestigiadas premiações do jornalismo nativo. O repórter integra ainda o
Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos e é um dos fundadores da
Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Entre outros
veículos, trabalhou no Jornal do Brasil, O Globo e IstoÉ. Sempre se destacou
como um farejador de notícia, sem vínculo com políticos e partidos. Também é
reconhecido pela coragem pessoal. Nunca, portanto, se enquadrou no figurino de
militante.
Em 19 de setembro de 2007, por exemplo, Ribeiro Júnior estava em um bar de
Cidade Ocidental, em Goiás, no violento entorno do Distrito Federal, para onde
havia ido a fim de fazer uma série de reportagens sobre a guerra dos traficantes
locais. Enquanto tomava uma bebida, foi abordado por um garoto de boné, bermuda,
casaco azul e chinelo com uma arma em punho. O jornalista pulou em cima do rapaz
e, atracado ao agressor, levou um tiro na barriga. Levado consciente ao
hospital, conseguiu se recuperar e, em dois meses, estava novamente a postos
para trabalhar no Correio Braziliense, do mesmo grupo controlador do Estado de
Minas, os Diários Associados. Gimenez acumula a direção de redação dos dois
jornais.
Depois de baleado, Ribeiro Júnior, contratado pelos Diários Associados desde
2006, foi transferido para Belo Horizonte, no início de 2008, para sua própria
segurança. A partir de então, passou a ficar livre para tocar a principal pauta
de interesse de Gimenez: o dossiê de contrainformação encomendado para proteger
Aécio do assédio da turma de Serra. O jornalista tinha viagens e despesas pagas
pelo jornal mineiro e um lugar cativo na redação do Correio em Brasília,
inclusive com um telefone particular. Aos colegas que perguntavam de suas
rápidas incursões na capital federal, respondia, brincalhão: “Vim ferrar com o
Serra”.
Na quarta-feira 20, por ordem do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, a
cúpula da PF foi obrigada a se movimentar para colocar nos eixos a história da
quebra de sigilos. A intenção inicial era só divulgar os resultados após o
término das eleições. O objetivo era evitar que as conclusões fossem
interpretadas pelos tucanos como uma forma de tentar ajudar a campanha de Dilma
Rousseff. Mas a reportagem da Folha, enviezada, obrigou o governo a mudar seus
planos. E precipitou uma série de versões e um disse não disse, que acabou por
atingir o tucanato de modo irremediável.
Em entrevista coletiva na quarta-feira 20, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando
Corrêa, e o delegado Alessandro Moretti, da Divisão de Inteligência Policial (DIP),
anunciaram não existir relação entre a quebra de sigilo em unidades paulistas da
Receita Federal e a campanha presidencial de 2010. De acordo com Moretti, assim
como constou de nota distribuída aos jornalistas, as provas colhidas revelaram
que Ribeiro Júnior começou a fazer levantamento de informações de empresas e
pessoas físicas ligadas a tucanos desde o fim de 2008, por conta do trabalho no
Estado de Minas. A informação não convenceu boa parte da mídia, que tem arrumado
maneiras às vezes muito criativas de manter aceso o suposto elo entre a quebra
de sigilo e a campanha petista.
Em 120 dias de investigação, disse o delegado Moretti, foram ouvidas 37
testemunhas em mais de 50 depoimentos, que resultaram nos indiciamentos dos
despachantes Dirceu Rodrigues Garcia e Antonio Carlos Atella, além do office-boy
Ademir Cabral, da funcionária do Serpro cedida à Receita Federal Adeildda dos
Santos, e Fernando Araújo Lopes, suspeito de pagar à servidora pela obtenção das
declarações de Imposto de Renda. Ribeiro Júnior, embora tenha confessado à PF
ter encomendado os documentos, ainda não foi indiciado. Seus advogados
acreditam, porém, que ele não escapará. Um novo depoimento do jornalista à
polícia já foi agendado.
De acordo com a investigação, a filha e o genro do candidato do PSDB, Verônica
Serra e Alexandre Bourgeois, tiveram os sigilos quebrados na delegacia da
Receita de Santo André, no ABC Paulista. Outras cinco pessoas, das quais quatro
ligadas ao PSDB, tiveram o sigilo violado em 8 de outubro de 2009, numa unidade
da Receita em Mauá, também na Grande São Paulo. Entre elas aparecem o
ex-ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso, o economista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, e Gregório Preciado, ex-sócio de Serra. O mesmo
ocorreu em relação a Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil e
tesoureiro de campanhas de Serra e FHC.
Segundo dados da PF, todas as quebras de sigilo ocorreram entre setembro e
outubro de 2009. As informações foram utilizadas para a confecção de relatórios,
e todas as despesas da ação do jornalista, segundo o próprio, foram custeadas
pelo jornal mineiro. Mas o repórter informou aos policiais ter disposto de 12
mil reais, em dinheiro, para pagar pelos documentos – 8,4 mil reais, segundo
Dirceu Garcia – e outras despesas de viagem e hospedagem. Garcia revelou ao
Jornal Nacional, da TV Globo, na mesma quarta 20, ter recebido 5 mil reais de
Ribeiro Júnior, entre 9 e 19 de setembro passado, como “auxílio”. A PF acredita
que o “auxílio” é, na verdade, uma espécie de suborno para o despachante não
confessar a quebra ilegal dos sigilos.
A nota da PF sobre a violação fez questão de frisar que “não foi comprovada sua
utilização em campanha política”, base de toda a movimentação da mídia em torno
de Ribeiro Júnior desde que, em abril, ele apareceu na revista Veja como
integrante do tal “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff.
Embora seja a tese de interesse da campanha tucana e, por extensão, dos veículos
de comunicação engajados na candidatura de Serra, a ligação do jornalista com o
PT não chegou a se consumar e é um desdobramento originado da encomenda feita
por Aécio.
A vasta apuração da Operação Caribe foi transformada em uma reportagem jamais
publicada pelo Estado de Minas. O material, de acordo com Ribeiro Júnior, acabou
por render um livro que ele supostamente pretende lançar depois das eleições.
Intitulado Os Porões da Privataria, a obra pretende denunciar supostos esquemas
ilegais de financiamento, lavagem de dinheiro e transferência de recursos
oriundos do processo de privatização de estatais durante o governo FHC para
paraísos fiscais no exterior. De olho nessas informações, e preocupado com
“espiões” infiltrados no comitê, o então coordenador de comunicação da
pré-campanha de Dilma, Luiz Lanzetta, decidiu procurar o jornalista.
Lanzetta conhecia Ribeiro Júnior e também sabia que o jornalista tinha entre
suas fontes notórios arapongas de Brasília. Foi o repórter quem intermediou o
contato de Lanzetta com o ex-delegado Onézimo Souza e o sargento da Aeronáutica
Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. O quarteto encontrou-se no restaurante
Fritz, localizado na Asa Sul da capital federal, em 20 de abril. Aqui, as
versões do conteúdo do convescote divergem. Lanzetta e Ribeiro Júnior garantem
que a intenção era contratar Souza para descobrir os supostos espiões. Segundo o
delegado, além do monitoramento interno, a dupla queria também uma investigação
contra Serra.
O encontro no Fritz acabou por causar uma enorme confusão na pré-campanha de
Dilma e, embora não tenha resultado em nada, deu munição para a oposição e fez
proliferar, na mídia, o mito do “grupo de inteligência” montado para fabricar
dossiês contra Serra. A quebra dos sigilos tornou-se uma obsessão do programa
eleitoral tucano, até que, ante a falta de dividendos eleitorais, partiu-se para
um alvo mais eficiente: os escândalos de nepotismo a envolver a então ministra
da Casa Civil Erenice Guerra.
O tal “grupo de inteligência” que nunca chegou a atuar está na base de outra
disputa fratricida, desta vez no PT. De um lado, Fernando Pimentel, ex-prefeito
de Belo Horizonte que indicou a empresa de Lanzetta, a Lanza Comunicações, para
o trabalho no comitê eleitoral petista. Do outro, o deputado estadual por São
Paulo Rui Falcão, interessado em assumir maior protagonismo na campanha de Dilma
Rousseff. Essa guerra de poder e dinheiro resultou em um escândalo à moda
desejada pelo PSDB.
Em um dos depoimentos à polícia, Ribeiro Júnior acusa Falcão de ter roubado de
seu computador as informações dos sigilos fiscais dos tucanos. Segundo o
jornalista, o deputado teria mandado invadir o quarto do hotel onde ele esteve
hospedado em Brasília. Também atribuiu ao petista o vazamento de informações a
Veja. O objetivo de Falcão seria afastar Lanzetta da pré-campanha e assumir
maiores poderes. À Veja, Falcão teria se apresentado como o lúcido que impediu
que vicejasse uma nova versão dos aloprados, alusão aos petistas presos em 2006
quando iriam comprar um dossiê contra Serra. Em nota oficial, o parlamentar
rebateu as acusações. Segundo Falcão, Ribeiro Júnior terá de provar o que diz.
As conclusões do inquérito não satisfizeram a mídia. Na quinta 21, a tese
central passou a ser de que Ribeiro Júnior estava de férias – e não a serviço do
jornal – quando veio a São Paulo buscar a encomenda feita ao despachante. E que
pagou a viagem de Brasília à capital paulista em dinheiro vivo. Mais: na volta
das férias, o jornalista teria pedido demissão do Estado de Minas sem “maiores
explicações”.
É o velho apego a temas acessórios para esconder o essencial. Por partes: A
retirada dos documentos em São Paulo é resultado de uma apuração, conduzida,
vê-se agora, por métodos ilegais, iniciada quase um ano antes. Não há dúvidas de
que o diário mineiro pagou a maioria das despesas do repórter para o
levantamento das informações. Ele não é filiado ao PT ou trabalhou na campanha
ou na pré-campanha de Dilma.
Ribeiro Júnior pediu demissão, mas não de forma misteriosa como insinua a
imprensa. O pedido ocorreu por causa da morte de seu pai, dono de uma pizzaria e
uma fazenda em Mato Grosso. Sem outros parentes que pudessem cuidar do negócio,
o jornalista decidiu trocar a carreira pela vida de pequeno empresário. Neste
ano, decidiu regressar ao jornalismo. Hoje ele trabalha na TV Record.
Quando o resultado do inquérito veio à tona, a primeira reação do jornal mineiro
foi soltar uma nota anódina que nem desmentia nem confirmava o teor dos
depoimentos de Ribeiro Júnior. “O Estado de Minas é citado por parte da imprensa
no episódio de possível violação de dados fiscais de pessoas ligadas à atual
campanha eleitoral. Entende que isso é normal e recorrente, principalmente às
vésperas da eleição, quando os debates se tornam acalorados”, diz o texto. “O
jornalista Amaury Ribeiro Júnior trabalhou por três anos no Estado de Minas e
publicou diversas reportagens. Nenhuma, absolutamente nenhuma, se referiu ao
fato agora em questão. O Estado de Minas faz jornalismo.”
No momento em que o assunto tomou outra dimensão, a versão mudou bastante.
Passou a circular a tese de que Ribeiro Júnior agiu por conta própria, durante
suas férias. Procurado por CartaCapital, Gimenez ficou muito irritado com
perguntas sobre a Operação Caribe. “Não sei de nada, isso é um absurdo, não
estou lhe dando entrevista”, disse, alterado, ao telefone celular. Sobre a
origem da pauta, foi ainda mais nervoso. “Você tem de perguntar ao Amaury”,
arrematou. Antes de desligar, anunciou que iria divulgar uma nova nota pública,
desta vez para provar que Ribeiro Júnior, funcionário com quem manteve uma
relação de confiança profissional de quase cinco anos, não trabalhava mais nos
Diários Associados quando os sigilos dos tucanos foram quebrados na Receita.
A nota, ao que parece, nem precisou ser redigida. Antes da declaração de Gimenez
a CartaCapital, o UOL, portal na internet do Grupo Folha, deu guarida à versão.
Em seguida, ela se espalhou pelo noticiário. Convenientemente.
O que Gimenez não pode negar é a adesão do Estado de Minas ao governador Aécio
Neves na luta contra a indicação de Serra. Ela se tornou explícita em 3 de
fevereiro deste ano, quando um editorial do jornal intitulado Minas a Reboque,
Não! soou como um grito de guerra contra o tucanato paulista. No texto, iniciado
com a palavra “indignação”, o diário partiu para cima da decisão do PSDB de
negar as prévias e impor a candidatura de Serra contra as pretensões de Aécio.
Também pareceu uma resposta às insinuações maldosas de um articulista de O
Estado de S. Paulo dirigidas ao governador de Minas.
“Os mineiros repelem a arrogância de lideranças políticas que, temerosas do
fracasso a que foram levados por seus próprios erros de avaliação, pretendem
dispor do sucesso e do reconhecimento nacional construído pelo governador Aécio
Neves”, tascou o editorial. Em seguida, desfiam-se as piores previsões possíveis
para a candidatura de Serra: “Fazem parecer obrigação do líder mineiro, a quem
há pouco negaram espaço e voz, cumprir papel secundário, apenas para injetar
ânimo e simpatia à chapa que insistem ser liderada pelo governador de São Paulo,
José Serra”. E termina, melancólico: “Perplexos ante mais essa demonstração de
arrogância, que esconde amadorismo e inabilidade, os mineiros estão, porém,
seguros de que o governador ‘político de alta linhagem de Minas’ vai rejeitar
papel subalterno que lhe oferecem. Ele sabe que, a reboque das composições que a
mantiveram fora do poder central nos últimos 16 anos, Minas desta vez precisa
dizer não”.
Ao longo da semana, Aécio desmentiu mais de uma vez qualquer envolvimento com o
episódio. “Repudio com veemência e indignação a tentativa de vinculação do meu
nome às graves ações envolvendo o PT e o senhor Amaury Ribeiro Jr., a quem não
conheço e com quem jamais mantive qualquer tipo de relação”, afirmou. O senador
recém-eleito disse ainda que o Brasil sabe quem tem o DNA dos dossiês, em
referência ao PT.
Itagiba, derrotado nas últimas eleições, também refutou as acusações de que
teria comandado um grupo de espionagem com o intuito de atingir Aécio Neves, no
meio da briga pela realização de prévias no PSDB. “Não sou araponga. Quando fui
delegado fazia investigação em inquérito aberto, não espionagem, para pôr na
cadeia criminosos do calibre desses sujeitos que formam essa camarilha
inscrustada no PT.”
Leandro Fortes
Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor, autor dos livros Jornalismo
Investigativo, Cayman: o dossiê do medo e Fragmentos da Grande Guerra, entre
outros. Mantém um blog chamado Brasília eu Vi. http://brasiliaeuvi.wordpress.com
(http://www.cartacapital.com.br/politica/violacao-da-logica)
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