A PRETENSA FOTOGRAFIA DE UM MORTO: JOÃO PAULO E
DANIEL
15/08/2001
De muitas afirmações espíritas não há como provar nem a
veracidade nem a falsidade, uma vez que são coisas da fé, sem qualquer evidência
material. Algumas vezes, porém, vão além, querendo dar provas materiais,
chegando a afirmar coisas que não passam por uma análise simples, como o que
transcrevo a seguir:
“Em um show para 20.000 pessoas, na cidade de Lençóis Paulista (SP), em maio
de 98, o cantor Daniel foi fotografado no palco duas vezes, por uma jovem
chamada Verônica, que é grande admiradora de músicas sertanejas.
Surprerendentemente, nas duas fotos apareceu a imagem de João Paulo,
desencarnado, ao lado de Daniel. A perícia técnica considerou autênticos os
negativos e aventou como explicação uma possível imagem tremida.” (Visão
Espírita, janeiro, 1999, pág. 8).
Se não tivesse assistido à prova do fato pela televisão, eu não poderia opinar
sobre a pretensa foto de João Paulo. Mas o que o perito demonstrou é que, assim
como havia a sombra próximo de Daniel, havia uma para cada lâmpada, para o
microfone e outras peças no palco.
Se a sombra próximo de Daniel era o espírito de João Paulo,
a sombra que
aparecia igualmente junto ao microfone seria o espírito de um outro microfone
acabado? A que aparecia junto de cada lâmpada seria o espírito da lâmpada
anterior que se queimara?
Pensar que temos uma parte imaterial
que vive independentemente do corpo é coisa que se incorporou nas mentes de
muita gente desde tempos muito antigos; mas aceitar esta da foto depois da explicação do perito, é por
demais grotesco.
Não resta qualquer dúvida que a foto refletiu uma sombra de Daniel, assim como
refletiu das lâmpadas e outras peças existentes. Nem seria necessária a
intervenção de um perito. Estava claro demais.
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