Ao contrário do
que pensa a maioria das pessoas, o universo não é uma coisa perfeita, simétrica
e sincrônica como querem fazer parecer os que dizem que tudo foi feito por um
criador perfeito.
Para o homem
primitivo, tudo acima era perfeito: um céu cheio de lindas estrelinhas que
seguem um caminho constante todos os dias, um grande Sol que aquece a Terra
durante o dia e uma Lua que dispersa as trevas da noite.
Com o avanço do
conhecimento, essa perfeição foi desfeita. Estrelas chocam entre si,
explodem, etc.; asteróides colidem com planetas, causando grandes estragos;
buracos negros engolem planetas e estrelas; e, onde surgiram seres vivos, todos
são defeituosos, especialmente nós, que temos mais defeitos biológicos do que os
quadrúpedes.
Quando o homem
aprendeu a medir o tempo, encontrou uma dificuldades enorme: a
falta de
sincronia entre o Sol e a Lua, que são as bases do ano, dos meses e dos dias.
Qualquer pessoa
percebia a sequência de períodos claros e escuros muito uniformes, com o
surgimento do sol de um lado do céu e seu desaparecimento no outro lado, a que
deram determinado nome, que a nós chegou como dia.
Mas o observador
atento percebeu que havia também um grande ciclo de aproximadamente trezentos e
sessenta dias em que o sol caminhava para o norte e depois voltava para sul.
Estava estabelecido o ano.
Semelhantemente,
não podia passar imperceptível que a Lua fazia o mesmo caminho do Sol todos os
dias, mas com determinado atraso, e mudando a sua forma dia a dia; nesse ciclo
viu-se que, cada atraso de uma volta era de aproximadamente trinta dias.
Estava aí imaginado o mês, que era aproximadamente um doze avo do ano.
Como nessa volta,
em que a Lua diminui até desaparecer e volta a surgir e crescer até parecer uma
bola, levando aproximadamente sete dias para ela se transformar do círculo para
meio círculo, e período igual para desaparecer, e dois períodos iguais para
voltar à sua forma redonda, criaram-se as quatro fase lunares. Os
sete dias, o homem dedicou em homenagem a setes astros especiais, que
representavam sete deuses (deuses eram os seres sobrenaturais criadores e
condutores dos destinos humanos que o homem primitivo imaginou existirem).
Na língua latina, falada pelos romanos, da qual surgiu a nossa e uma porção de
outras, esses sete dias foram chamados de septimanas (sete manhãs).
Outros povos imaginaram seus sete deuses. Os romanos homenagearam o Sol, a Lua,
Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno, nomes que deram aos sete astros.
Tudo pareceu bem
simples. Mas o que complicou as coisas foi a falta de sincronia.
Um
ano não coincide com um número exato de dias, um
ciclo lunar também não, e cada
ano cria um diferença muito difícil de se ajustar. O desenvolvimento
de instrumentos de grande precisão nos levou ao conhecimento de que um ano têm
uma duração de 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos aproximadamente.
"Ano
é, aproximadamente, o intervalo de tempo em que a Terra demora a dar uma volta
completa em torno do Sol.
Os anos têm uma duração de 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos
aproximadamente. Mas como não pode haver todos os anos um 366º dia com as cerca
de 6 horas que sobram, no calendário gregoriano realiza-se, a cada 4 anos, um
ajuste no calendário e adiciona-se mais um dia ao ano, sendo que este ano se
denomina bissexto (pois o número 366 é composto por dois algarismos "seis").
Existem outras correcções menores, que dão lugar a excepções à regra anterior. A
regra concreta é que um ano é bissexto se é múltiplo de 4 (ex: 2008). A 1ª
excepção é que se for múltiplo de 4 mas também de 100 deixa de ser bissexto (ex:
2100). E a 2ª excepção é que se for múltiplo de 4, de 100 e também de 400, então
é bissexto (ex: 2000). Por exemplo 1914 não foi bissexto e 2114 também não será
pois não são múltiplos de 4, mas 2004 foi ano bissexto pois é múltiplo de 4).
Também se usa o termo para designar o período orbital (também designado período
de translação) de qualquer planeta." (Wikipédia).
O que a moderna
astronomia prova é que o universo não surgiu de nenhum planejamento, mas,
aleatoriamente, se formaram astros de tamanhos os mais diversos, surgindo
planetas orbitando estrelas, e cada período orbital depende do tamanho do
planeta e da distância em que ele se encontra da estrela que orbita, daí não
haver nenhuma coincidência temporal entre rotação e translação de um planeta.
Dessa assimetria temporal, vem o complicado cálculo necessário para ajustar os
tempos, o que só foi possível bem recentemente.
Quando quase nada
se sabia da vida, naquele tempo em que todos acreditavam que um deus ou alguns
deuses criaram seres vivos e um ser especial bem parecido com seu deus criador,
pensava-se, como muitos ainda pensam, que tudo foi feito por um criador
perfeito, e o pecado (desobediência humana ao deus criador) trouxe todos os
problemas que enfrentamos durante a nossa curta existência. Hoje, com o
grande avanço em todas as área da Ciência, sabemos que evoluímos através de um
processo de seleção natural, mas que todos os organismos têm defeitos, e nós,
que antes éramos a imagem da perfeição divina, somos os mais defeituosos.
E o nosso mundo, que parecia tão perfeito está em constante risco de ser
extinto.