PROJETO DE IMPOSIÇÃO DA BÍBLIA NAS ESCOLAS
A imposição de bíblias nas escolas é o começo para o
cristianismo adquirir novamente e poder e passar a matar os seus
adversários como fez no passado.
"Polêmica gerada em função do ‘Projeto
que obriga bíblias em escolas públicas’
Publicado por Cami França em 10 de setembro de 2011
Manaus - Tramita na Câmara Municipal de Manaus o Projeto de Lei
(PL) 154/2011, que estabelece aos espaços públicos, inclui-se ai
bibliotecas e salas de leitura de escolas, que possuam no mínimo
um exemplar da Bíblia. De autoria do vereador da bancada
evangélica, Marcel Alexandre (PMDB), o projeto poderá reacender
uma discussão antiga entre os defensores do Estado Laico e
líderes de manifestações religiosas, ditas ‘dominantes’.
Baseado em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), publicada
no último dia 24 de agosto, que aponta 67,68% (2,233 milhões de
pessoas) da população Amazonense de católicos, e outros 26,50%
(874 mil pessoas) de evangélicos, o vereador acredita que o
projeto deverá incluir estas duas vertentes do cristianismo que
se assemelham. Porém, parlamentar não fala nada em relação à
religiões afro-brasileiras, orientais e espiritualistas.
“Reconheço que o Estado é Laico, mas por outro lado, é
democrático e também percebo a falta de referências que a
sociedade tem sofrido. O uso da Bíblia nesse sentido não é sob o
caráter religioso, mas sim cultural. Como país que mais fabrica
bíblias e exporta para mais de 105 outros países de língua
portuguesa, é uma possibilidade de divulgar a língua do país”,
justifica Marcel Alexandre.
Ainda nas mãos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara, o PL ainda deverá passar pelas comissões de Educação e
de Finanças e Economia, antes de ser votado pelos vereadores. De
acordo com o presidente da CCJ, vereador Mário Frota (PDT), o
projeto ainda não foi discutido pela comissão, mas não deverá
encontrar impedimentos desde que não obrigue às escolas o ensino
religioso. “Mas se pedir apenas que haja um exemplar da
Bíblia, assim como poderia ser outro livro qualquer, como
o Alcorão, ou os livros de Alan Kardec, para mim não há
problema. É uma questão cultural”, adianta Mário Frota.
Sociedade Laica
Nas escolas de todo país, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) em seu artigo 33 – Lei no. 9.394/96, com redação
dada pela Lei no. 9475/97 – que trata sobre o Ensino Religioso
nas escolas – diz que o ensino religiosos é de cunho
facultativo, deve possuir “respeito à diversidade cultural
religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”.
Por outro lado, deixa aberto para que as Secretarias Estaduais
de Educação e Conselhos Estaduais de Educação de cada estado
façam suas regulamentações respeitando a diversidade de cada
região.
É justamente quando começarem a ocorrer as audiências públicas
para tratarem do projeto é que as questões mais delicadas
deverão ser discutidas, principalmente no que diz respeito às
demais manifestações religiosas. É o que pensa a diretora da
Escola Municipal Cândido Onório Ferreira, Profa. Elizabeth
Brandão, no bairro do Alvorada. “Há muito tempo não possuímos
mais o ensino religioso obrigatório na grade da escola. A Semed
(Secretaria Municipal de Educação) orienta que devemos tratar
temas que discutam valores éticos e morais com uma amplitude
maior junto à sociedade, sem fazer ligação com determinada
religião”, comenta.
Pais concordam
Por outro lado, para alguns pais de alunos, a aprovação do PL
154/2011, pode ser uma possibilidade de retorno do ensino
religioso nas escolas. “Acho sinceramente uma ótima ideia.
Não importa a religião da pessoa, se
crente, evangélico, católico ou candomblé, não importa. A Bíblia
serve para todos”, defende a dona de casa católica,
Rose Carvalho, 38, mãe de duas meninas que estudam no ensino
fundamental da rede pública.[Essa não sabe o que está na Bíblia
mesmo]
Para a evangélica, Ana Rita dos Santos, 39, mãe de dois
estudantes de ensino fundamental, o que deve existir,
independente de livros religiosos, é o respeito ao próximo,
apesar de defender a inclusão da Bíblia nas escolas. “É
importante na medida que ajuda na formação do caráter dessas
crianças. É uma leitura que procura ensinar valores
familiares e de respeito”, disse.
Outras Religiões
Para a coordenador geral da Coordenação Amazônica da Religião de
Matriz Africana e Ameríndia (Carma), Alberto Jorge, a posição de
presidente da CCJ, vereador Mário Frota, de não criar
dificuldade para a tramitação do projeto, é encarada como de um
‘inocente útil’.
“A fala do vereador, é de um inocente útil, porque ele não
está vendo a manobra por trás da ação de uma bancada evangélica”,
disse. Para Alberto Jorge, a criação de projetos que pregam a
segregação e não observam a laicidade do Estado devem ser
combatidas e faz duras críticas ao que chama de ‘cadeia
penosa de voto de cabresto evangélico’
“Esse é o expediente utilizado pelas
igrejas evangélicas que obrigam seus adeptos a votar em
políticos sob o risco de morrerem no inferno.
Utilizam o voto de cabresto. E isso deve ser encarado como
crime pelo Superior Tribunal Eleitoral (STE)”, afirma.
Alberto Jorge usa como exemplo a queda do projeto do ‘Parque
dos Orixás’, que pretendia criar espaço público para as
manifestações religiosas da Umbanda e do Candomblé em Manaus. Em
2006, o projeto foi derrubado pelo vereador Amauri Colares
(PSC), “sob a justificativa de que iria onerar o município
por uma questão religiosa. Agora querem fazer novo projeto,
exigindo Bíblias nas escolas. Quem vai pagar? O município,
claro. E como fica a justificativa anterior?”, relembra Alberto.
Se aprovado, o projeto irá multar em 500 Unidades Fiscais do
Município (UFM) a escola que descumprir a Lei. E se for
reincidente, a multa é duplicada. Ainda não existe estimativa de
gasto com a compra das Bíblias, nem qual edição do livro será
usado. “O PL passará pela Comissão de Finança, e ainda será
estimado o valor. Quanto à edição, vamos procurar um estudo que
aponte a mais utilizada e usaremos essa”, disse Marcel
Alexandre.
<http://noticias.gospelmais.com.br/projeto-que-obriga-biblia-nas-escolas-pubicas-causa-divergencia-em-opinioes.html>
"Não importa a religião da pessoa, se crente,
evangélico, católico ou candomblé, não importa. A Bíblia
serve para todos”. Quem disse isso mal deve conhecer
alguns versículos da Bíblia. Não sabe que a lei no chamado
antigo testamento ordenou matar quem adorasse outro deus, e o
novo diz que quem não crer em Jesus "será condenado". Como
poderia tal livro servir para todos de outras religiões?
A finalidade cristã atual é de fazer o que
fizeram os cristãos primitivos: cristianizaram a população
romana, chegando ao imperador, que passou a impor o
Cristianismo, e posteriormente a política cristã passou a
determinar a morte de quem não cresse.
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MALEFÍCIOS DA RELIGIÃO