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IMPRESSÃO DIGITAL
Um amigo me perguntou:
"Por que no meio de mais ou menos 7 a 8 bilhões de pessoas
(população mundial), não existem duas digitais iguais? Isso do ponto de vista
das regras de probabilidades matemáticas é praticamente impossível. No entanto é
uma realidade"
Olhando para uma impressão digital, imagino que haver duas iguais seria mesmo
muito difícil.
Vejam, por exemplo, um cálculo das probabilidades de combinações da Megassena
que encontrei:
C60,6=60!/6!*(60-6)!
C60,6=60!/6!*(54)!
C60,6=60x59x58x57x56x55 / 6x5x4x3x2x1=
C60,6=50.063.860 (cinquenta milhões, sessenta e três mil,
oitocentos e sessenta) combinações possíveis.
São apenas sessenta números. Todas as semanas, milhões de pessoas fazem
suas combinações, e, muitas vezes, o prêmio fica acumulado por várias semanas,
porque ninguém marcou a combinação coincidente.
Agora, imagine esse monte de linhas cheio de curvas, bifurcações,
interseções, poros, etc.! Saírem duas iguais é quase impossível mesmo.
"Os gêmeos tem a mesma impressão digital? Curiosamente não. E isso deixa a gente
com a pulga atrás da orelha, já que os gêmeos idênticos (ou univitelinos) são
clones perfeitos, eles possuem o mesmo DNA.
Afinal, são formados quando um único óvulo, fecundado por um espermatozóide, se
divide em dois embriões. A princípio, esses irmãos deveriam ser idênticos em
tudo. (Tanto que, enxertos entre gêmeos univitelinos tem 100% de chance de
sucesso, porque eles são geneticamente idênticos)
Mesmo assim, a papiloscopia, ciência que estuda as linhas das mãos e dos pés -
diz que as impressões digitais dos univitelinos podem até seguir a mesma
fórmula, mas nunca serão iguais. "A digital muda de dedo para dedo, de mão para
mão. Assim como não existem duas zebras com o mesmo desenho, não existem duas
pessoas com a mesma impressão digital” afirma José Luiz Lopes, papiloscopista e
presidente da Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas.
Como explicar o mistério então? A chave está no contato dos dedos dos fetos com
o ambiente intra-uterino. Como estão em posições ligeiramente diferentes na
barriga da mãe, eles travam contato com ambientes distintos. É por isso que, na
hipótese da existência de clones no futuro, estes também teriam impressões
digitais diferentes das da pessoa clonada.
A diversidade das digitais está nas papilas (aqueles minúsculos sulcos e
relevos que formam desenhinhos na camada mais externa da pele, a epiderme) São,
em média, 36 papilas por milímetro quadrado. Elas se dividem em inúmeras
ramificações, bifurcações, desvios, interrupções e orifícios.
Tal complexidade faz com que muitos peritos considerem o método de identificação
pelas digitais até mais preciso do que o exame de DNA. (Fonte: Mundo Estranho).
Considerando que a simples alteração da posição de um desses elementos faz que a
impressão seja diferente, as formas possíveis de impressão digital não devem ser
bilhões, mas trilhões ou mais.
Ver CIÊNCIA
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