Após intimação de Bolsonaro, Conselho de Medicina do DF apurará visitas em UTI
O ex-capitão foi notificado da abertura da ação penal no Supremo Tribunal Federal sobre a tentativa de golpe de Estado
Por Wendal Carmo 25.04.2025 20h13
O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal informou ter aberto uma sindicância para apurar as visitas que Jair Bolsonaro (PL) tem recebido na UTI do Hospital DF Star, em Brasília. O ex-presidente está internado na unidade devido a problemas intestinais.
Sem citar Bolsonaro, o CRM afirmou em nota que a regulamentação do acesso às UTIs deve seguir critérios técnicos. O aumento no número de pessoas circulando nesses espaços pode comprometer a evolução clínica dos pacientes e elevar o risco de infecções hospitalares, completou o conselho.
“Por isso, cabe à instituição — especialmente ao Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar — estabelecer critérios claros sobre a quantidade de pessoas e quem pode acessar a unidade, de acordo com as normativas legais vigentes no País”, completa o texto.
Mais cedo, o Conselho Federal de Medicina afirmou que o acesso às UTIs é restrito e deve obedecer a uma série de requisitos, inclusive para jornalistas e agentes públicos no cumprimento de ordens judiciais. A entidade cobrou ainda uma apuração sobre “o desrespeito a protocolos técnico-científicos de acesso” ao hospital.
O procedimento aberto pelo CRM do DF surge após Bolsonaro ser intimado por uma oficiala de justiça na UTI. O ex-capitão foi notificado da abertura da ação penal no Supremo Tribunal Federal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.
A Corte informou que aguardava uma “data adequada” para o réu receber a intimação, mas avaliou que o fato de ele ter participado de uma live direto da UTI na terça-feira 22 demonstrou a possibilidade de ser citado na quarta.”
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Já entrei muito em UTI, e lá todos têm que usar máscaras, fazer higienização das mãos com álcool antes de entrar. Diferentemente, na UTI onde se internou Bolsonaro os funcionários ficam sem máscara, e as pessoas de fora que adentram o local não precisam usar. No caso de pessoa realmente doente, seria um grande risco par ao paciente. Um hospital normal não admitiria isso.
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